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terça-feira, 31 de março de 2020

O Vírus Machuca e o Amor Cura

      Nos primeiros dias eu andei prá lá e prá cá pela casa, eu tive dificuldade de me manter produtivo e quase chorei. Mas eu consegui me adaptar e ajustei minhas tarefas pessoais, profissionais, inclusive as comuns do lar, aos novos desafios das circunstâncias. O que direi a seguir não é pregação de regras com empáfia, certeza ou arrogância. Não, não! O que vem a seguir sou eu tentando entender minhas novas circunstâncias, dúvidas e limitações, que igualmente servirão a todos vocês.  
     Então... A minha primeira preocupação é com as pessoas dentro de casa. Pois, muita gente que pode não estar no grupo risco sai para trabalhar - ou porque é gente mais jovem ou porque tem uma rotina diária a cumprir. Essas pessoas não se dão conta que possam ser expostas e levar a pandemia para dentro de casa contaminando quem está tomando todas as precauções.  
     Agora... Quem fica em casa tem que ter uma paciência enorme, além de qualquer limite anteriormente impensável, ou mesmo do que já aguentou na vida, com os que vão e vêm ou com os que ficam. Nós nunca vivemos uma situação assim nos últimos 70 anos e imaginamos, com certo conformismo, que tudo pode ser suportável pela evolução tecnológica que dispomos; telefone celular, internet, Whatsapp e afins e, para alguns, Netflix ou joguinhos virtuais. Mas agora temos a oportunidade de perceber que meios tecnológicos, por mais avançados que sejam, não preenchem a nossa necessidade primordial que é a da socialização presencial. A era de modernidade que vivemos pode ser muito legal, afinal basta um toque e já estamos em qualquer lugar do Brasil ou do mundo, mas ainda assim estamos sós. 
    O confinamento dentro de casas ou apartamentos exige que se tenha muita paciência com quem convivemos e, se acaso todos estivermos temerosos pelo futuro incerto, é preciso imaginar que aqueles que amamos, que gostamos ou admiramos, tanto quanto nós, também estão expostos a um mal terrível. É o mal da tristeza causado pela separação, o distanciamento, a falta do abraço e aquele carinho mais próximo delicado e singelo. 
     Antes, nós sempre ouvimos falar que as famílias estavam desunidas, quando cada pessoa ia atrás dos seus interesses exclusivos no aspecto profissional, de lazer ou estudos. Que a família não tinha tempo de todos se juntarem na sala para conversar numa conversa solta, leve e divertida. Porém, hoje há tempo até demais, mas alguns ainda não sabem como se socializar com aqueles que sempre estiveram tão próximos e praticamente passaram anos despercebidos pelo vai-e-vem de despertadores, rotinas e repouso para enfrentar o mesmo desafio no dia seguinte. 
    Nesse momento de incerteza é importante exercer o amor, a serenidade e o carinho para os que estão nesse momento de isolamento - praticamente em prisão domiciliar. Não interessa os nomes dados a essa situação, não importa se é distanciamento ou isolamento social, o que vale mesmo é a abnegação em nome de um bem maior, pois, o vírus também machuca psicologicamente e apenas a paciência e o amor poderão trazer a cura. 
    Se você é religioso e acredita em algum Deus, faça isso, aja assim. Se você não acredita então pelo menos faça em nome da ética e da razão. Pois, quem você ama e que também ama você, está preso dentro de casa, sem a liberdade total, assistindo tudo acontecer através dos noticiários que chegam sempre com as piores projeções possíveis. 
     Todos merecem uma palavra de otimismo, sempre reafirmando precauções. Os seres humanos precisam uns dos outros, é muito importante isso! É fundamental ter a família preservada, os parentes e amigos preservados, os amores preservados, o mundo preservado. A interação é o elo de ligação, é a filosofia do amor, da solidariedade e da compaixão. Pratique! 
      Existem pessoas nesse exato momento que já estão desesperadas, perdidas em suas lamentações e querendo a todo custo sair de casa. Mas quem não gostaria de sair, não é mesmo? Quem não gostaria de poder dar um passeio ao acaso no shopping ou pegar um cineminha ao lado da pessoa escolhida ou mesmo de algum familiar? 
     Esse vírus que nos separa, na verdade, está nos mostrando o quanto faz falta uma coisa simples do cotidiano. Ele nos ensina que a coisa mais simples, que nunca demos tanto valor, pode ser a mais bela e a mais profunda do relacionamento humano. É certo que a maior salvação do mundo passa pela compreensão, a união e o amor em todas as suas formas, pois se o vírus machuca só o amor cura. Fique em casa! Ainda que algum energúmeno se apresente em rede nacional, trazendo confusão de ideias e orientações tortas, conclamando as pessoas ao contágio e provável suicídio.

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