segunda-feira, 11 de março de 2024

Bruxas Existem!

   

 Quem visse de perto aquela mulher, com os seus
 anos de estrada, dificilmente imaginaria que em outras épocas, - tempo de menos esclarecimento popular – ela teria sido queimada viva numa enorme fogueira em praça pública.
  Uma vez, há muito tempo, ela me disse: “Sou bruxa mesmo, mas e daí?” Garantia em tom jocoso os seus atributos pouco ortodoxos de sentir energias e receber algo parecido com premonições. No mesmo instante me lembrei daquelas bruxas que me faziam morrer de medo nos filmes de televisão, - ainda em preto e branco - isso já por volta dos meus sete ou oito anos de idade. Eram as bruxas pretensamente do mal, vestidas com roupas pretas, mais o chapéu pontiagudo e com uma ou duas verrugas no nariz comprido. Elas afirmavam aos quatro ventos que adoravam sexta-feira 13, especialmente em agosto, e a data 31 de outubro. Nunca esqueço aquela risada horrorosa e estridente que assustava os bichos da floresta (cruz credo!). Sempre no final de tarde tinha aquela bruxinha do bem que eu gostava de assistir, - por que achava muito engraçada e bonitinha - a Samantha, daquele seriado "A feiticeira". Lembram? Bom... De qualquer forma, naquele tempo ou hoje em dia, tudo parece historinha para criança. Acontece que depois cresci e aprendi a observar melhor as pessoas e acabei descobrindo que existem bruxas de verdade. Descobri que elas estão por aí em qualquer canto ou esquina da nossa vida. São muito mais numerosas do que qualquer ser normal poderia imaginar. Elas se parecem com qualquer um de nós e não voam em vassouras. Muito pelo contrário, elas viajam em carros, motocicletas ou barcos, lotam ônibus, metrô e até fazem uma longa caminhada no parque pela manhã. Podem ter curso universitário com várias especializações ou trabalham diariamente em escritórios, galerias de arte ou ateliês. Escrevem livros ou deixam suas opiniões em blogs. Fazem conferências e dão aulas de massoterapia ou se misturam como mestres e aprendizes nos cursos de artesanato e nutrição. Administram grandes ou pequenos negócios e, depois da jornada de trabalho, vão ao terapeuta holístico – onde desenvolvem técnicas de trabalhos naturais em busca do auto-equilíbrio corpóreo / psico / social. Trabalham a correção e a harmonização de seus próprios recursos físicos, emocionais e energéticos com o objetivo de transformar tudo em autoconhecimento.
    A grande diferença entre elas e os mortais comuns (nós) é que as bruxas têm hábitos um tanto esquisitos. Algumas até remexem caldeirões e fazem poções mágicas às escondidas - no melhor estilo de qualquer filme do Harry Potter. Conhecem a cabala e vivem murmurando palavras estranhas em noite de lua negra. São até capazes de inventar feitiços que curam os amados ou que amaldiçoam os desafetos. Usam palavras que transformam qualquer pequeno objeto num grande amuleto que atrai amor e dinheiro (putz... estou precisando de um desses!). Estes são os tipos de algumas bruxas que já conheci de pertinho. Eu disse de pertinho? Sim! Bem de pertinho mesmo! E garanto uma coisa: para os dois lados dessa vida - do bem e do mal.
   Essas pessoas demonstravam a sensibilidade desenvolvida, com o dom que os leigos chamam de “sexto sentido”. Foi assim que depois de muita pesquisa descobri que tive uma geração de bruxas em família.
    Minha mãe contava que durante a época da caça às bruxas, os objetos tradicionais usados pelas feiticeiras, como o bastão de pitonisa e as varetas mágicas, foram banidos para não despertar suspeitas - os quais foram substituídos por instrumentos de cozinha usados no cotidiano que não despertariam o olhar curioso, como, por exemplo, a colher de pau. Era apenas mais uma estória que a mãe contava para o filho pequeno, mesmo assim entendi por que bruxas adotam grandes colheres de pau para mexer no caldeirão. Ela, (a minha mãe) descendente de italianos misturados com um povo cigano que não sei falar o nome, aprendeu a feitiçaria com os requintes das mitologias grega e celta. Por uma dessas coincidências do destino, ela acabou sendo a caçula da dinastia das bruxas e não passou o “bastão” adiante por que não teve filhas e nem sobrinhas. Mas no fundo o seu desejo era ter 7 filhas. Ela me contou que logo aos 5 anos já era uma bruxinha muito malvada e sabia de cor as palavras para enfeitiçar. Foi crescendo e aprendeu entrar em sintonia com a natureza e seus elementos, – terra, fogo, ar e água – rapidamente conseguia transformar os frutos da terra em seus aliados – conversava dia e noite com as plantas e acariciava árvores. Aos 10 anos já sabia fazer um tipo de elixir contra inveja e dor de cabeça. Que maravilha! Uma bela surpresa com grande orgulho para a bruxa velha e caolha que só falava italiano; a minha avó. Ela ainda deu detalhes que na sua infância, dos 5 aos 10 anos, ouvia vozes estranhas, ruídos inexplicáveis pela casa e tinha visões de sombras passando pela parede. Foi assim que começou a se interessar pela bruxaria e outras coisas estranhas ao olhar comum. Afirmou durante anos todos os dias que bruxaria não é um privilégio das mulheres e eu, como seu único filho, deveria seguir os ensinamentos. Mas eu sempre fui muito dispersivo para certas coisas - achava bobagem aquelas alquimias estranhas feitas no fogão a lenha. Para ser bem sincero morria de dó dos gatos pretos presos nas gaiolas individuais lá no fundo do quintal. E fazia questão de passar bem longe dos livros de filosofia Rosa Cruz pendurados na velha estante da sala - alinhados e misturados com os de física Quântica que eu nem imagina o que deveria ser. Depois de anos descobri do que se tratava toda aquela literatura, bem diferente do tempo em que eu mal sabia o alfabeto e via aqueles livros como grandes volumes encostados um no outro. Era muito estranho quando eu pensava que eles voavam por serem livros de magia – mas a mudança de lugar era por conta de tantas consultas noturnas feitas por ela.
Os anos passaram e foram várias as noites que a via debruçada sobre a mesa tentando decifrar a cabala para desvendar o mistério das coisas que a perturbavam. Com base nesses conhecimentos ela preparava talismãs para algumas pessoas que começaram a pagar pelos serviços. As essências de florais viraram uma febre para alguns clientes especiais que pagavam caro por um frasquinho com meia dúzia de gotinhas. A conta bancária cresceu e a vida melhorou – até comprou um carro usado vermelho. Também tinha um tipo de reunião que ela fazia semanalmente com mais 12 bruxas em roupas de cerimônia. Eram organizadas gravuras do sol e da lua sobre a mesa comprida; traduções da energia masculina e feminina para o ritual. Enfileiradas apareciam adagas e, na sequência, vários pentagramas, um cálice, uma espada e pedras brilhantes; símbolos bem tradicionais da magia - que nada mais eram que os veículos da energia concentrada pela força do pensamento. No final faziam orações mentalizando soluções para os problemas individuais e exteriores – como os prejuízos causados pelo homem ao meio ambiente. Pareciam muito unidas e determinadas defensoras da natureza quando saiam juntas à rua. Odiavam, com olhos arregalados, quando algum leigo fazia chacota chamando cada uma de bruxa ou a todas de seguidoras de satã. Poucos passos à frente o infeliz camarada poderia dar uma topada ou cair num buraco enquanto elas se esbaldariam de tanto rir com o acontecimento. Mas se na queda ele quebrasse o pé ou a perna, imediatamente elas prestariam os primeiros socorros, como qualquer pessoa normal a acudir o coitado.
    A moral da história é que existem muitas bruxas que já flertaram com as práticas de satanismo antes de abraçar a bruxaria, a magia ou a crença Wicca - inclusive a minha mãe, mas não garanto que fosse nessa vida.
    Um dia as bruxas acabam ensinando aos incautos que tudo o que se faz de mal aos outros volta em dobro. Usam como filosofia de vida a forma cósmica da força do pensamento e orações transformadas numa energia que transcende o entendimento – e isso independentemente no que se crê.
    Para entender melhor acontecimentos como estes é preciso estudar mais, observar e vivenciar – de preferência por alguns anos. Assim se acaba tomando a Bruxaria como uma arte que é tão necessária à vida quanto outras com a mesma dedicação. No presente os hábitos danosos aos outros devem ser mudados e os pensamentos em constantes transmutações devem ser filtrados. Deve-se sempre estar disposto a enfrentar tempestades emocionais e sociais, ou mesmo – e as piores de todas – as tempestades internas. Eu sei que é difícil entregar-se totalmente quando não se conhece algo, porém, é necessário a entrega com árdua dedicação para vivenciar a magia na plenitude.       Minha mãe explicou que é muito comum a bruxa ter poucos amigos. Não por ser pessoa tímida ou algo assim, mas por gostar de apalpar durante muito tempo o terreno que pisa antes da plena confiança. E se você não for uma pessoa que respeita pontos de vista diferentes ou não sabe guardar segredos dificilmente conseguirá ser amigo de uma bruxa. Ela nunca lhe contará sobre suas experiências mágicas e certeiras. A magia nada mais é que a canalização de energia para um determinado ponto. Enfeitiçar não é privilégio só das bruxas, qualquer um pode ter esse poder que vai da sedução à vingança, da bondade à maldade. Eis aí o maior de todos os seus dilemas: escolha como será na hora que desprender tal energia de si. E saiba que mais cedo ou mais tarde ela voltará bem mais ampliada do que quando saiu”.
    Bom, diante de tudo isso, concluo o seguinte e fico a pensar num velho ditado espanhol: “No Creo en las brujas, pero que las hay, las hay”.  

Por favor, deixe um comentário, pois essa ação fortalece o blog nos mecanismos de busca do Google. Isso fará com esse texto chegue para mais pessoas, algumas que talvez precisam dessas palavras.

   Se você gosta e valoriza esse tipo de trabalho poderá contribuir com qualquer quantia via Pix. 
Essa é uma forma de incentivar o escritor a dedicar tempo e horas de trabalho na produção de novos textos. Agradeço a todos que lêem, incluindo os que possam ou não contribuir com esse humilde servo da escrita. Novamente muito obrigado por ter chegado até aqui.

Chave Pix: 11994029570 

sexta-feira, 8 de março de 2024

Crises Podem Salvar Uma Relação Amorosa?


A relação está mesmo acabando ou é apenas uma crise qualquer? Olhando assim até parece bem fácil a resposta. Mas não é não. Aí você pensa: "Se eu não estou feliz é porque está acabando". Acontece que podem ter muitos motivos para uma relação estar em crise, inclusive muitas situações externas que nada tem a ver com um ou outro, mas que influenciam e fogem ao controle da relação do casal. Agora... Fazer a distinção entre se é uma crise dentro de você ou motivada pela pessoa que está com você, é muitas vezes quase impossível de descobrir ou admitir. Mas é bom tentar desvendar esses mistérios antes de sair tomando atitudes drásticas que fazem piorar bem mais do que melhorar qualquer relação. O mais engraçado (o que poderia ser visto até como trágico) é que, às vezes, você fica se perguntando: "Ai meu Deus será que o amor da gente acabou? Será que a gente realmente chegou ao fim por causa das coisas que falamos sem pensar um para o outro?". Pois é... Essa é uma pergunta justa, mas as crises nas relações nada tem a ver com a própria relação de entrega de um para outro, digo isso me referindo aos carinhos, ao sexo, a troca de gentilezas e as preocupações com o bem estar, tipo: se chegou direitinho ao destino... Às vezes a pessoa (que pode ser você ou quem você ama) está passando por um grande problema em casa ou no trabalho. Essa pessoa, que você tanto ama, acaba envolvida em algum grande problema com a família dela ou com alguém que é rebelde e não se ajusta e causa problemas dentro daquele ambiente de convívio da sua pessoa amada. Ou seja, há enes motivos para que crises pessoais, familiares ou profissionais se pareçam com crises na relação do casal. Então você se pergunta: "Como é que eu vou realmente saber que a minha relação não é como um barco furado que afunda aos poucos em alto mar?". Bem... Para saber isso vou inventar aqui um método com 3 perguntinhas básicas e tentar encontrar essas respostas com muita honestidade e transparência. Ok? Vamos lá...

A primeira pergunta em duas partes é a seguinte: Apesar de todas as dificuldades que a relação está passando existe reciprocidade? Você faz o possível para se doar e tenta atender as necessidades e expectativas do outro dando o seu melhor, e isto é retribuído independentemente se o outro está com dinheiro ou sem, ou se está de bom humor ou de mal humor? Então... Na minha visão, não importa a retribuição, ou se você se sente como alguém que sozinha empurrasse uma enorme pedra ladeira acima, aquele tipo de pedra que nem sequer rola com facilidade. Mas você imagina, que para o bem da situação, deve continuar empurrando essa pedra sem pensar se isso lhe faz bem ou mal. Mas, de repente, quando você olha ao lado repara que não é só você que está empurrando, os dois estão empurrando, mas cada um uma pedra diferente. Entendeu? A partir deste momento você poderá observar o seu comportamento e o comportamento do outro, e como é que isto se reverte nessa relação. Então, parando para perguntar: "Será que não deveríamos unir esforços numa única pedra ou seria melhor largar as duas pedras rolando morro abaixo e daquele ponto diante começar um esforço em conjunto sem mais pedra nenhuma, apenas em prol um do outro? É algo para pensar onde a resposta não parece nada difícil...

A segunda pergunta é: "O seu nível de expectativa nessa relação é real ou é fantasioso?". Eu acredito que, independentemente da resposta, o outro não pode dar aquilo que ele não tem. Ou seja, aquilo que você deseja receber não é o que ele não queira lhe dar, ele simplesmente não pode, por exemplo: fisicamente, financeiramente ou psicologicamente. Não adianta você reclamar que a pessoa nunca tem disponibilidade para viajar com você, ou tempo para ir em alguma a festa de amigos ou de família, ou assistir um amigo de longa data tocar guitarra num barzinho de Rock... Não significa que a pessoa não queira, significa que dentro dos limites dela, ela não pode. Aí você vira e diz: "Mas quando a gente começou era diferente...". Olha... Esqueça isso. Toda pessoa muda, assim como você também mudou. É preciso entender que ao longo da relação a pessoa vai mudando junto com as expectativas dela e das suas também. Em algum momento as tais expectativas que você tem começaram a não ser tão reais como antes, por exemplo: as expectativas sexuais. A medida que a gente vai tendo mais intimidade ou mesmo vai envelhecendo, aqueles rompantes sexuais tendem a desaparecer. Já não acontecem com tanta frequência ou com a mesma disposição física de antes. Então, novamente, o que você quer é o real de antes e, às vezes, o outro não consegue atingir a sua expectativa ou suprir o seu desejo, seja do prazer sexual ou outro tipo de realização. O acerto das coisas, como você queria, às vezes não combina com momento da outra pessoa, e isso não precisa ser motivo de crítica, sabe por quê? Porque entender as coisas e amadurecer é aprender, mesmo que esse aprendizado esbarre em obstáculos que parecem intransponíveis. Nem todo mundo aprendeu ou amadureceu na mesma velocidade, então, você acha que as expectativas que você tem são reais e são possíveis como antes. Nesse nível de pensamento você terá duas possibilidades de pensamento ruim, uma é: Sim! O nível de expectativa é real e o outro não atende porque ele não quer; a segunda: porque ele já não se interessa mais tanto por você. Eis aí um bom motivo para começar a pensar diferente na situação ou em seu comportamento na visão que tem da pessoa amada.

A terceira pergunta é: "A minha relação amorosa com essa pessoa tem que fazer de mim uma pessoa melhor?" Não! O outro não tem essa obrigação de atender a tudo que você pensa e fazer todos os seus gostos. Eu me refiro a esse tipo de pensamento que muita gente tem de dizer que o convívio com a pessoa amada pode tornar alguém mais satisfeita, mais amável ou o inverso, uma pessoa menos caridosa, afetivamente miserável e assim por diante... bem, se definitivamente é o inverso do que você espera, então o convívio com essa pessoa não está lhe tornando um ser humano melhor, principalmente se essa pessoa sempre tenta lhe diminuir ou minar a confiança que você deposita nela, incluindo a famosas ameaças de rompimento ou de partir, de morar em algum local distante ou em outra cidade, mesmo que seja de outro país tipo: Nova Iorque, Paris, Roma ou Tóquio.

Sabe gente... Têm coisas que parecem tão simples e poderiam ser resolvidas tão facilmente, mas temos o hábito de sempre estragar tudo em vez de dar espaço ao outro. Exemplo: Eu tenho um casal de amigos, ele é um cara muito chato, e bota chato nisso, ele é um chato de galocha e ele sabe que é chato. Têm horas que ele se torna insuportável, porém, é muito grato à esposa dele, porque quando ele está numa grande crise de chatice, a esposa faz que não se importa. Ela sai do ambiente e deixa que ele viva sozinho a chatice dele num canto. Isso faz dela um ser humano melhor. Porque à medida que ela faz isso, ela entende que não é com ela, que não tem nada a ver com ela e não se ofende, é sim com as feridas de vida que carrega e que já vem antes dela. Ele, recebendo esse espaço, começa a ser menos chato com ela, ainda que ele esteja emburrado com o fato que ela sai e volta. Mas, com isso, dá-se um novo fôlego para manter a relação num bom nível de sanidade para ambos. Aí, agora você deve estar se perguntando: Muito bem, eu percebi que a crise que a minha relação vem passando não é só uma crisezinha como desses exemplos toscos que você deu nesse texto bizarro, pois, no meu caso, tem a ver com outras coisas que estão ocorrendo, coisas que eu não admito de jeito nenhum e nem tenho controle sobre elas. Por isso, vejo o risco de acabar tudo logo, porque ao ler essas perguntas e respostas acho que vou mesmo morrer afogado no meio do mar, na solidão desse meu barquinho furado, já que diante de um monte de expectativas e perspectivas criadas, nós nunca nos sentamos e conversarmos sobre elas…E se a gente não conversa sobre essas coisas o barco afunda de verdade, como está acontecendo agora comigo… Pois então... Para finalizar a prosa eu digo e reafirmo: Enquanto há vida ainda há tempo para mudar. Quem se ama e ama o outro deve salvar esse amor, porque quando há amor ainda é possível salvar uma relação, mesmo que existam alguns conflitos ou defeitinhos de lado a lado.... Entendeu? Olha só que coisa curiosa que eu acabei de pensar... Já estou até vendo.... Sei que vai ter gente que vai botar assim no comentário: "Quando a gente desiste é porque o outro não respondia a nada que fosse importante. Aí, quando um não quer mais nada, o melhor mesmo é botar a viola no saco e tocar em outra fogueira, pois essa já se apagou e alguém está passando muito frio. E eu detesto passar frio! Ok. Posso dizer? Eu penso um pouco diferente, aliás, bem diferente. O mais legal seria chamar a pessoa amada, aquela escolhida com tanto sacrifício entre tantas oportunidades que surgiram e que já passaram, para dizer o seguinte: Olha isso! Olha essa foto da nossa relação dos últimos tempos. Nós estamos emburrados, quase chorando. Nós sabemos que nos magoamos muito um com o outro, muitas vezes por bobagens ou até coisas importantes que poderiam ser resolvidas com mais comunicação. Vamos fazer uma outra foto aonde a gente vai estar rindo muito, porque finalmente aprendemos a conversar e nos tolerar através do amor que nutrimos um pelo outro, que tal? Topa?

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    Por favor, deixe um comentário, pois essa ação fortalece o blog nos mecanismos de busca do Google. Isso fará com esse texto chegue para mais pessoas, algumas que talvez precisem dessas palavras.

   Se você gosta e valoriza esse tipo de trabalho poderá contribuir com qualquer quantia via Pix. 
Essa  é uma forma de incentivar o escritor a dedicar tempo e horas de trabalho na produção de novos textos. Agradeço a todos que lêem, incluindo os que possam ou não contribuir com esse humilde servo da escrita. Novamente muito obrigado por ter chegado até aqui.

Chave Pix: 11994029570 





sexta-feira, 1 de março de 2024

Quatro Passos


           
Existe um grande lema do conhecimento universal dividido em 4 passos “saber, querer, ousar e calar”. Quando você sabe o que quer, é o primeiro passo para que tudo comece a se manifestar; o segundo passo é o quanto você quer determinada coisa e está disposta a colocar foco naquilo abrindo mão de outras coisas importantes; ousar é trilhar com sabedoria o caminho, ainda que seja para travar os duros combates até a superação; calar é estar em vigilância dominando o mais que puder o cenário ao seu redor e depois se guardar em sua fé não aceitando a interferência dos outros.
      Uma coisa eu digo: quando se tem fé você tem certeza absoluta do “eu” que você é.
      Tudo na vida é treino. Ter fé é a absoluta concentração através dos 5 sentidos que fazem parte da essência de cada um e são sempre aliados prontos a nos servir. Viver o presente pleno de forma radiante e envolvente é como deveria ser para todo mundo. Bastaria aprender a observar, tocar e sentir os cheiros, e também ouvir com sabedoria qualquer palavra que se desse ou recebesse.
     Acompanhando esse raciocínio eu digo que dentro de cada pessoa deve existir um espaço vazio que precisa ser preenchido, pois quando esse vazio se apresenta existe a chance de ser envolvido com coisas boas. Enquanto o espaço permanecer lotado de preconceitos, dogmas, crenças e certezas absolutas sobre tudo, não haverá como colocar mais nada para dentro. Aprender a excluir, expurgando o que não serve parece uma boa ação. Desta forma se abrirá uma grande porta para que tudo comece a acontecer de forma satisfatória – talvez até com uma nova postura.
      Viver o presente sem pensamentos atormentadores e em estado de alerta, é importante para qualquer situação se transformar, é acima de tudo o caminho que leva ao amor. É bem obvio que a primeira coisa é aprender a amar a si próprio para amar ao próximo e saber respeitar. Quando você ama e respeita o próximo também será amada e respeitada. E por amar e ser amada tudo passará a acontecer de uma forma muito simples, sem sacrifícios, desavenças ou renúncias.
      Outra coisa: nunca é apropriado se remeter ao passado com comparações ou lamentações, muito menos se basear em experiências de vidas alheias em comparação ao que acontece com você agora. Viva o presente, pois, o futuro é incerto e quase uma profecia. Ou, dependendo de como enxerga a vida, pode ser uma energia jogada adiante para que ela se manifeste para você no tempo certo. Mas, na dúvida, do tipo de energia que está emanando, o ideal mesmo é viver o presente para chegar a algum lugar, só poderá fazer isso voltando toda a atenção para dentro de si. Quando se coloca essa atenção de forma interior tudo acontece, pois, o que se busca está dentro de nós, seja pelo lado sentimental, espiritual ou material.
     Quando se quer muito alguma coisa, mesmo que não a tenha, de tanto querer, um dia ela acontece. Então, se você deseja chegar a algum lugar, atraía essa energia para si. Tudo o que está buscando vem de dentro para fora. Quando ocorre o oposto a vida parece amarrada e chega uma frustração danada.
     Veja bem: logo que acontecerem algumas coisas chatas, ou alguém passar a depender de você, e isso for superior às suas forças, não imagine que o pior seria abandonar a luta, o pior seria esquecer que pode enfrentá-la. É muito triste quando uma pessoa começa a reclamar e se torna rabugenta, ou seja, quando não se dá conta que tem o dom do intelecto para infinitas possibilidades através de sua criatividade nata.
     Tudo o que se vive tem que ter foco e atenção definida, não se pode duvidar nunca daquilo que está buscando. Se por acaso a vida mudar e surgir um clima de tempestade não tem problema, não reclame, pois quando há o domínio daqueles 4 passos essenciais (saber, querer, ousar e calar), logo a tempestade passa. É importante sempre caminhar olhando adiante e em direção ao horizonte, e nunca, nunca mesmo, voltar para trás. Trabalhe apenas em cima dos seus sonhos e desejos mais profundos. Não olhe para os outros, olhe apenas para você. Entende o que eu quero dizer? Não é egoísmo. A vida dos outros não interessa, eles escolheram o próprio rumo, eles não têm a sua energia pessoal e não vivem a sua realidade, não estão na sua pele. Olha só: não importa como está a vida daqueles que contam que vivem bem ou dos que reclamam a todo instante, o mais importante é a sua vida que precisa crescer e ter uma base sólida onde manter o equilíbrio. Tem um momento na vida de todo mundo que se torna necessário entender uma série de coisas que passaram despercebidas. E se um dia alguém lhe prejudicou, e você se magoou por muito tempo com isso, e continua magoada, com certeza houve um por quê. Tudo tem uma motivação que vira um aprendizado quando nos damos conta do acontecido, e acabamos tirando novas energias não se sabe de onde para aguentar, ainda que possa ser muito dolorido.
   Pois é... Dominando aqueles 4 passos e entendendo melhor os 5 sentidos, tenho certeza que fará de você, ou quem quer que seja, uma pessoa melhor. Dê atenção a si mesma, não espere isso dos outros, não crie expectativas, tenha paciência com aqueles a quem considera diferentes de você – isso é uma grande virtude. Porém, nunca faça a alguém o que não deseja para si própria. Faça movimentos para enxergar a luz além da escuridão e nunca o inverso. Largue mão dessa visão turva ou de procurar por desespero crenças infundadas.
    Eu acredito que tudo na vida pode ser uma ilusão criada por nós mesmos, essa ilusão muitas vezes ultrapassa a realidade, e é nesse momento que a fé e o autodomínio são testados, pois parece muito difícil “se desiludir” ao abrir mão de tudo que já foi estabelecido – que foi ensinado. Principalmente na forma de encarar as pessoas; suas incoerências e contradições; os sentimentos alheios, as próprias ações, reações, orgulho ou arrependimento tardio diante do caminho escolhido. Sempre há tempo. E se você não pode controlá-lo, com certeza, poderá administrá-lo, basta querer e agradecer por existir nesse universo que lhe propicia experiências a respeito de tudo. Esse é o princípio da vida e o caminho que cada um tem para trilhar. Quando você sabe de verdade o que quer e sabe como tratar disso, abrem-se todos os caminhos. Tente, vá em frente, atravesse as fronteiras, quebre os bloqueios, não permaneça no deserto! E que a sua vontade sempre prevaleça para o bem.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Por favor, deixe um comentário, pois essa ação fortalece o blog nos mecanismos de busca do Google. Isso fará com esse texto chegue para mais pessoas, algumas que talvez precisem dessas palavras.

   Se você gosta e valoriza esse tipo de trabalho poderá contribuir com qualquer quantia via Pix. 
Essa  é também uma forma de incentivar o escritor a dedicar tempo e horas trabalho na produção de novos textos. Agradeço a todos que lêem, incluindo os possam ou não contribuir com esse humilde servo da escrita. Novamente muito obrigado por ter chegado até aqui.

Chave Pix: 11994029570 

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Aconteceu em São Pedro

   

     Acho que foi num shopping Center no centro de São Paulo que nos conhecemos. Eu pedi um café expresso, ela um capuchino – ou talvez ninguém tenha pedido nada e ficamos apenas conversando. De qualquer forma prefiro dizer que pedimos cafés e escolhemos uma mesa perto da janela. Logo fomos servidos e trocamos algumas palavras sorrindo – aquele tipo de sorriso misturado com insegurança e timidez.
    Na verdade, talvez, nós poderíamos ter nos conhecido numa fila de banco - na qual a espera e a falta de paciência levam muitas pessoas a conversar. Ou em alguma dessas festas estranhas na serra da Cantareira pertinho da casa dela. Ou, ainda, quem sabe, lugares semelhantes, onde servem porções de fritas e contra filé em fatias - um tipo de ambiente com meia luz, próprio para namorados. Pensando melhor... Talvez fosse legal num bar escuro e enfumaçado onde tocasse jazz com saxofone ou heavy metal com guitarras estridentes. É... Talvez... Poderia ser em qualquer local onde iríamos curtir juntos pela primeira vez “November Rain do Guns & Roses”, e essa canção se tornaria a nossa trilha sonora predileta – (Poxa vida, nem gosto tanto do Guns, mas pode ser essa mesmo! Fazer o quê?).
     Não importa. A verdade é que não me lembro direito como aconteceu, porque agora parece nao ter tanta importância.
     O que me lembro é que nunca viajamos em férias para Argentina ou Chile e nem passamos o final de ano num Cruzeiro pelo litoral brasileiro. Não tiramos fotos um do outro, - foram pouquíssimas juntos - e muito menos escrevemos declarações num tronco de árvore, tipo, “Eu te amo”.
     Eu acabei odiado pela família dela e ela nem conheceu o meu cachorro, que, tenho certeza, faria festa toda vez que ela me visitasse, por que, afinal, ela gosta de cachorro e leva o dela para passear pela vizinhança numa rua de ladeira - a cadela usando uma linda tiarinha na cabeça e roupinha de cachorro sob medida feita pela mãe dela.
     Nunca assistimos os clássicos de Hollywood; apenas aqueles desenhos e filmes antigos que dão sono depois de meia hora. Por isso nunca paramos para discutir sobre o teor de qualquer daqueles filmes chatos. Justamente por não haver o que discutir de tão ruim que eram e, por outro, porque ela não parava de falar de como é maçante ouvir sempre a mesma ladainha em casa.
     Ela fez uma única vez fondue de queijo com pão italiano, foi lá no Guarujá e, eu, nem sabia escolher o vinho que combinasse com aquilo, – sempre fui totalmente ignorante no conhecimento de vinhos – mas, para minha salvação, ela trouxe a garrafa certa para a ocasião.
Nunca passamos a noite entrelaçados e aconchegados – dormíamos um virado de costas para outro, quase caindo da cama. Nem observávamos um ao outro enquanto dormíamos para sentir se aquilo poderia proporcionar algum prazer ou admiração furtuíta. Acho que poderíamos ter dormido de conchinha ao menos uma vez. (Que coisa mais insensível não ter sido assim, não é mesmo?).
     Talvez a relação não tenha sido como deveria, pois, com o passar do tempo, não permitimos, por nossos bloqueios e preconceitos, que isso acontecesse. Não nos envolvemos o suficiente e, lá no fundo, acreditávamos que não éramos as “pessoas certas” um para o outro. Nem sequer nos conhecemos direito, pois escolhemos o pragmatismo para não perder tempo com quem pudesse ser indiferente ou excessivamente apegado.
     Em alguns momentos preferimos a simples troca de ofensas ao invés da troca de carinho. Foram muitas e muitas noites com cara emburrada e mal dormidas quando deveriam ter sido de amor, sexo e melhor vividas.
     A despedida aconteceu fora de tempo para ambos. Havia à espera uma nova vida totalmente independente. Nem pensamos que poderíamos ter aproveitado mais um final de semana, mais um mês, mais um ano...
     Deixamos tudo passar, esquecemos se algo foi bom...
    Agora nos mantemos distantes e solitários imaginando encontrar alguém com quem ouvir “November Rain” - (Não poderia ser outra música? Acho essa muito comprida e dramática.)Ou, quem sabe, passar alguns dias na cordilheira dos Andes e, depois de pisar nas águas geladas do oceano Pacifico, voltar para casa com um enorme sorriso no rosto e muita história para contar.
     Ela nunca percebeu que já tinha encontrado esse alguém e a oportunidade passou. Mas, de uma coisa eu me lembro bem, de um lance marcante que aconteceu em São Pedro. Foi numa manhã de sábado no começo de Julho. Lá íamos nós passeando devagarinho de mãos dadas enquanto admiramos as árvores da praça principal, logo entramos numa sorveteria por quilo chamada Oasis, pertinho da Igreja Matriz. Eu escolhi bolas de sorvete sabor pistache e morango, e ela foi de creme e chocolate. Atravessamos a rua e nos sentamos em um dos bancos antigos de madeira, que era bem desconfortável, com ripas brancas (já com a tinta descascando). Olhamos um para o outro, trocamos e destrocamos os potinhos algumas vezes e, sem trocar uma só palavra, nos comunicamos através de olhares e gestos que determinaram cada atitude. Talvez tenha aparecido uma ou outra frase solta meio assim: “Eu dizia: adorei esse de pistache! E ela retrucava: não gosto muito de pistache”). Mas de resto era o silêncio e apenas aquele olhar. Não houve reclamações, nem reprimendas, tampouco exaltação; nada com duplo sentido ou má interpretação. Era apenas o sorvete nos unindo de uma forma que até então nos era desconhecida. 
     A derradeira cumplicidade aconteceu num raro instante: um beijo gelado, tipo selinho, bem descontraído e sem pretensão. Agora eu percebo que o começo do fim aconteceu em São Pedro, logo após aquele último selinho embalado por um gole de sorvete. Quando o sonho de ambos se foi para sempre.
Por favor, deixe um comentário, pois essa ação fortalece o blog nos mecanismos de busca do Google. Isso fará com esse texto chegue para mais pessoas, algumas que talvez estejam precisando dessas palavras.

   Se você gosta e valoriza esse tipo de trabalho poderá contribuir com qualquer quantia via Pix. 
Essa é uma forma de incentivar o escritor a dedicar tempo e horas de trabalho na produção de novos textos. Agradeço a todos que lêem, incluindo os que possam ou não contribuir com esse humilde servo da escrita. Novamente muito obrigado por ter chegado até aqui.

Chave Pix: 11994029570 


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

A Escolha

         Se eu começar a pensar a fundo sobre tudo o que acontece com as pessoas que eu conheço eu fico mal. Pois vejo determinadas pessoas fazendo escolhas que não acho interessantes e nada posso fazer quanto a isso. Tenho a consciência de não ter o direito de intromissão ou muito menos o poder de imposição. E cada qual faz as escolhas ao seu próprio jeito e de acordo com o processo de vida que leva.
       Então, diante disso, resolvi fazer uma escolha e falar um pouco de você nesse post.
       Eu imagino que alegria e confiança no futuro não precisam de motivo para existir dentro da cabeça de cada um. A alegria é a força que sustenta a energia boa que damos e recebemos. Acho que essa é uma ideia que todos concordam, não é mesmo? Então... Entenda isso: se você não se dá força, quem vai dar? Você tem que dizer a si mesma: “Vá em frente! Fique no positivo e acredite na vida!”
      Quanto mais confiar em si e em seus propósitos, maior a chance do bem prevalecer em sua vida. Afinal de contas, imagino que você seja uma pessoa de fé e confia na força do universo; inclusive através de tudo que pratica para o lado do bem, não é mesmo? No entanto, você sabe que antes de tudo é necessário ter atitude para que as coisas aconteçam.
      Você sabe que precisa em primeiro lugar promover o seu bem-estar. Não estou dizendo que deva ser pedante, egoísta ou se sentir melhor que os outros. Não é isso. Estar em primeiro lugar significa estar em primeiro lugar consigo mesma e não ficar absorvendo os problemas dos outros.
        Eu sei que você tem uma sensibilidade maior para sentir a dor daqueles que pedem a sua atenção, e procura ajudar. E ao mesmo tempo consegue notar as bobagens que essas pessoas fazem ou já fizeram na vida. Você enxerga que algo não vai acabar bem, mas sabe que não adianta falar e repetir a mesma velha ladainha.
        Então... A sua vontade de participar é imensa, mas reconhece que se falar fica pior e a pessoa vai acabar ficando de cara virada com você. É capaz de dizer que não é da sua conta e é melhor não se meter.
         Você não percebe que se for ficar insistindo em ajudar vai acabar captando para si aquela energia negativa? É bem provável que a carga de energia venha para cima de você e, depois, é você que vai ficar numa pior por causa daquele problema.
        Já observou como certas pessoas que podem viver numa boa vão atrás de confusão sem necessidade? Tem gente que não tem problema nenhum, mas fica toda preocupada com o problema dos outros e quer pegar para si a solução de um problema que não lhe cabe. E, ao mesmo tempo, não entende que a melhor maneira de lidar com a situação é manter-se um pouco distante - não criando expectativas e nem dependência naquela pessoa. Demora a perceber que o ideal é transmitir uma luz, um carinho ou uma oração para que a pessoa fique na paz vivendo o momento dela.
       Sabe... É duro dizer isso, mas, nem mesmo com familiares podemos interferir, pois, a pessoa está no aprendizado de vida dela e isso tem que ser respeitado. Não é bom tirar de uma pessoa a experiência que só ela tem que ter, e achar com isso que está fazendo o bem. Ela está no momento dela, no processo de vida dela e conforme ela reagir, terá ou não benefícios na vida.
      Você sabia que, quando você faz por uma pessoa algo que ela mesma deveria ter feito, você acaba fazendo mal a ela? Porque aquela experiência que você evitou ia trazer um conhecimento sobre as coisas - ela ia ganhar algo e ia para frente e você impediu isso, você rompeu um ciclo importante daquela vida.
      Pois é... Um tipo de discernimento muito bem medido, no auxilio a alguém que a gente gosta, é extremamente necessário nessa hora. Também porque não há como entrar no íntimo daquela pessoa para fazê-la entender o que está muito óbvio para você. Ela não está madura o suficiente para compreender o que você sente – e isso não tem nada a ver com a idade cronológica que ela tem. Sabedoria não tem idade e tudo tem o momento e hora certa para acontecer. A experiência adquirida é que faz com que a pessoa avance e melhore.
     Às vezes você capta uma carga e não consegue sair daquela energia. Não é fácil sair fora! Ainda mais no seu caso, com toda essa sensibilidade de sexto sentido - quanto mais uma pessoa está voltada para as energias espirituais do mundo ou das pessoas com quem convive, maior a chance de absorver as energias ruins dos outros.
     As forças do universo estão em conexão com a nossa alma, e a alma está ligada ao sentimento mais profundo que vai dentro do peito (ou da mente, se preferir).
     Diante disso, quando é necessário o equilíbrio, o caminho é a busca interior para que venham as ideias boas para solução dos problemas. Nessa condição você está na fé e não no medo, pois o medo é paralisante e inibidor. A confiança com que você entra em seu mundo interior faz com as forças do universo trabalhem a seu favor para que saia da mesmice. A vida exige movimento.
     Então, querida, todos os desafios nos acenam para mostrar que é necessária a mudança. Que é tempo de descobrir novos dons, pois todos têm esses dons em estado latente que não são valorizados por descuido – tenho certeza que você sabe disso.
     Quando aparecer um novo desafio em sua vida, e estiver com a cabeça quente ou de saco cheio com a situação, jogue fora a pressa e aflição. Imagine que, mesmo que seja uma situação difícil de enfrentar, não será de modo aflitivo que tudo se resolverá. O modo correto é ter calma e lidar com sabedoria - de maneira espiritual, e com as escolhas de atitudes feitas com o sentimento verdadeiro. Se for necessário dizer “Não!”, diga com todas as forças que tiver. Mesmo que seja para tomar uma atitude que nunca teve coragem antes. Dizer “não” também é uma escolha sua. O “não” pode ser muito positivo para sua vida, porque é um tipo de sinal de libertação enviado do fundo da alma – e assim não se meter em encrencas ou parar a sua vida em prol do problema de alguém que não é para você resolver. Jamais embarque numa canoa furada que pode lhe levar ao fundo mais rápido do que imagina.
     Bom... A escolha está em suas mãos. E as coisas só estarão bem quando você se colocar em seu caminho com total independência para evoluir. A evolução depende de fazer tudo do seu próprio jeito e com o coração. Do seu jeito mesmo! Também com alma, força e tudo aquilo de bom que você sente aí dentro. Porque a sua força vem do seu sentimento e com o impulso do seu pensamento chegará longe.
     Por que não fazer já? Pense nisso!  
     Aquela conversinha de “pobre de mim” ou “estou sofrendo por causa dos outros e não aguento mais” tem que acabar. Foi você que fez isso a si mesma, principalmente quando ficou perguntando para um e outro como deveria resolver os seus problemas.
      Entenda que só quando a vida manda uma tragédia daquelas bem bravas mesmo, é que a pessoa acorda e percebe que é tarde demais. Não espere isso acontecer com você, não permita que suguem a sua energia. Deixe as pessoas viverem o próprio destino que escolheram. Liberte-se do sentimento de culpa. Largue o passado lá atrás e permita que as forças do universo trabalhem no equilíbrio de tudo o que você não entende. Porque a vida é um eterno aprendizado, independentemente de nossas escolhas ou das escolhas dos outros.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Por favor, deixe um comentário, pois essa ação fortalece o blog nos mecanismos de busca do Google. Isso fará com esse texto chegue para mais pessoas, algumas que talvez precisem dessas palavras.

   Se você gosta e valoriza esse tipo de trabalho poderá contribuir com qualquer quantia via Pix. 
Essa  é também uma forma de incentivar o escritor a dedicar tempo e horas trabalho na produção de novos textos. Agradeço a todos que lêem, incluindo os possam ou não contribuir com esse humilde servo da escrita. Novamente muito obrigado por ter chegado até aqui.

Chave Pix: 11994029570 



sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Falando de família e relacionamento amoroso

     


   Oi pessoas. Estou novamente por aqui para conversarmos um pouco sobre dois assuntos que influenciam a vida de todos nós no dia a dia. É um pouco de tudo o que penso sobre pessoas que não se ajustam ao meio em que vivem e, ou, tratam desrespeitosamente o seu semelhante por puro capricho, ciúmes ou arrogância. E pior, em quase 100% das vezes, muito claramente, sem um motivo justo para tal façanha. E
spero sinceramente que divirtam-se, reflitam com a leitura e pesem bem as atitudes que dão e que recebem. E, acima de tudo, pensem bem antes de pisar no mesmo tapete ou compartilhar o mesmo ambiente com quem não merece consideração. Sabem por quê?

   Porque a vida é como um bumerangue: tudo o que você faz volta cedo ou tarde, de alguma forma, para você. Pode demorar um tempinho, mas, tenha certeza, volta mesmo.
É uma pena que não descobrimos isso quando agimos impensadamente. Se assim o fizéssemos, aprenderíamos desde cedo que lapidar nosso caráter traz um efeito benéfico e multiplicador ao longo da vida e nos faz viver com mais conforto e tranquilidade.
É fácil perceber pessoas a nossa volta que têm problemas de comportamento ou emocionais e, por consequência, puxam seus próprios tapetes. Essa situação aparentemente caricata assemelha-se a um desenho animado, onde o personagem, no intuito de fazer algo em seu benefício, caí ao puxar o tapete em que está pisando. Vemos isso todos os dias! E já aconteceu comigo recentemente.
Como dizer a essas pessoas que a deficiência está no pensamento arredio que elas desenvolveram? A má notícia é que, infelizmente, não existe como melhorar. É o típico "pau que nasce torto, morre torto". Se você agir da mesma forma, obterá problemas em curtíssimo prazo.  Não se arrisque ao pisar no mesmo tapete daquele que tenta sempre sabotar um ambiente ou uma relação amorosa!".
  
    Nem precisa ir muito longe para perceber esse tipo de situação, basta olhar ao redor, em nossas ações, ou nos momentos que nos afetam e não obtemos uma resposta tão imediata o quanto gostaríamos. Todo mundo tem um parente que às vezes chuta as oportunidades para escanteio, por problemas de índole, caráter ou intolerância. Não bastasse encrencar-se sozinho, leva todo mundo junto em suas “peripécias” e, por vezes, causa sérios danos aos mais próximos. Isso é um fato nitidamente observável em algumas famílias, apesar de serem situações bem diferentes umas das outras. Algumas até reúnem-se no Natal, ano novo ou em algum passeio na praia num feriado prolongado, para tentar uma proximidade entre tantos inaproximáveis; seja por opinião, visão de como é a vida ou conflito de idade.  
    Numa ocasião assim, onde existe certa deformação de comportamento de algumas pessoas, há o desvirtuamento do objetivo, criando-se animosidade nas relações e estabelece-se um clima tenso em momentos que deveriam ser melhores aproveitados. Essas
 pessoas não aprenderam a lidar com limites e desconhecem a noção de respeito na convivência e, geralmente, não se afinam nas relações interpessoais vivendo num mundo que é uma redoma de desconfiança e falsidade. Em suas mentes, todos podem participar e merecem desfrutar uma boa vida, sejam amigos, primos e agregados, contanto, que elas sejam as primeiras da fila e tenham sempre os melhores benefícios. Enfim, por trás de pessoas assim existem diversas ramificações perniciosas que trazem malefícios para quem se envolve com elas.
     Porém, a maneira como lidamos com nossas experiências cotidianas, alegrias, decepções, problemas e soluções poderá formar um vinho muito aromático e saboroso ou poderá ser o pior dos vinagres.
   Para muitos, é até difícil descobrir qual é o seu sabor real.
  Exatamente porque boa índole não se ensina, infelizmente. Todavia, pode ser aprendida através dos exemplos e das boas experiências dos outros. É paradoxal algo que não se ensina, mas que se aprende, não? É simples explicar esse aspecto tão controverso: ocasionalmente, fala-se algo, por melhor que seja, a alguém e não se obtém a devida atenção; entretanto, esse alguém aprende por meio da observação e das invertidas que lhe causam algum tipo de dor, seja sentimental ou física. É assim que acaba funcionando a índole desse ser.
  Com essa experiência trata-se de uma tendência do ser humano de se auto-desenvolver, preferencialmente sem a imposição de terceiros. E assim, através da mera observação, ser uma excelente pessoa ou o contrário.
   O comportamento vem de dentro para fora. Se a pessoa, desde a mais tenra infância, acostuma-se a resolver de forma amarga, preconceituosa ou mesmo desonesta as situações apresentadas pela vida ou causadas pelos pais, terá sérios dissabores e problemas. Conheço pessoas que falam  que "inexplicavelmente, afastam aqueles de quem mais gostam". É um processo de sabotagem, só que de si mesmos(as). Isso é apenas o fim da linha, a resposta definitiva, após diversas atitudes impensadas, grosseiras e mal direcionadas.
  Elas não compreendem, por mais que se fale, que o problema está nelas mesmas. Têm uma sede absurda de reconhecimento dos seus esforços em nome de uma relação amorosa, mas, ao longo do caminho, puxam os tapetes por onde pisam e caem sempre, mas acabam se levantando depois com alguma dificuldade. Até se vêem impingidas a recomeçar suas histórias, sem mesmo se dar conta do que já foi iniciado por elas mesmas atrapalha qualquer reinício. Aí vem o pior: indiferença, distanciamento e, até mesmo, em alguns casos, a colocação da pessoa amada no "freezer", principalmente quando aparecem oportunidades de compartilhar algum passeio juntos. O método é de subterfúgios ou desculpinhas bobas do tipo: "não chamei você porque já sabia que não viria ao passeio", o fazem sem qualquer constrangimento ou peso no consciência, só para tapar o buraco, piorando cada vez mais esse festival de crateras autofágicas emocionais que só prejudicam a elas mesmas.
  Já viu aquelas pessoas que vivem enroladas nas palavras impensadas que proferem ou em ações intempestivas? Se você fechar os olhos, com certeza, vai se lembrar de alguém assim. Ou até de muitos ou, quem sabe, de você mesmo(a)...
   Pessoas que agem assim simplesmente não funcionam: elas andam dois passos para frente, dois para trás (quando não retrocedem três). Não adianta tentar dar chances. Tudo o que fazem de errado uma vez, farão a segunda. E todos nós sabemos que tudo o que acontece duas vezes, fatalmente acontecerá uma terceira, quarta e assim por diante. Desista de tentar entender. Querer fechar os olhos para isso, e continuar acreditando numa mudança, fará de você uma pessoa constantemente insegura e insatisfeita a cada nova situação.
     O mundo às vezes cria muitas dificuldades de relacionamento e ajustes para essas pessoas.
Quer saber como é ou se você se encaixa em tudo, ou em parte do foi dito até agora? Imagine se você estivesse sendo filmado(a) nos últimos meses em todas as suas atitudes com os outros. Porém, leve essencialmente em consideração suas “atitudes de bastidores”, ou quando você fica sozinha(o) após uma conversa tensa. Quantas imagens você aprovaria para publicação sem cortes no youtube?
   Há pessoas que possuem atitudes e pensamentos que não podem ser mostradas publicamente. Elas têm comportamento problemático em seus bastidores, em seu interior conturbado. Tudo o que fazem podem visar o benefício e interesse próprio ou o prejuízo de outrem (acho que já falei disso em outro texto...). Para ter noção de como é alguém, você precisa ser um observador(a) do mundo, detendo-se, principalmente, nas atitudes de quem lhe rodeia ou, mesmo, com quem você está de vez em quando.
    As pessoas têm diversas formas, especialmente nos seus procedimentos. É sempre bom reparar, fundamentalmente, o linguajar, a expressão facial, os gestos e a postura. A partir do momento em que você consegue adquirir um tino nesse sentido, dificilmente se enganará com as pessoas.
    Por mais incrível que pareça, apesar do seu tino que foi apurado através dos anos,  há o fato que o mundo sempre corrompe o ser humano por meio de seus exemplos e sentimentos. E somos colocados à prova desde a primeira infância. Isso permanece em nós enquanto estivermos vivos. Traços do nosso caráter são sulcos na nossa personalidade,  e estão gravados para toda a existência.
Como não sucumbir diante da mediocridade de alguns que nos rodeiam e ofendem? É sabido que diariamente somos expostos a ações que nos impelem a gerar reações impróprias. São os nossos princípios, desenvolvidos desde os primeiros anos de nossas vidas, que vão manter as bases estáveis para lançar a âncora no local preciso, permitindo que saibamos até onde é permitido ir e quando parar. O conceito de valores (o que é importante e o que não é, o que é certo e o que é errado) é que evita a distorção dos pensamentos e informações que vão passando e sendo transformadas na mente criativa, através das expectativas e modelos que cria o outro como perfeito ou como algoz. Bem complicado viver dentro dessas incoerências dos pensamentos...
     Pois é... Nós vivemos numa sociedade cheia de regras e limitações, apesar de haver momentos em que acabamos submetidos a tal síndrome de  Robson Crusoé. No entanto, na medida do possível, a regra básica é formar um círculo de equilíbrio na vida, no qual não haja espaço para a entrada de pessoas que mais atrapalham do que ajudam. O círculo deve ser protegido para estar isento de pessoas assim. Pois, existe um ditado que diz: "Quer conhecer a índole de uma pessoa, observe como ela reage nos momentos em que está com raiva". Eu já observei e me lasquei todinho...
      Estar com pessoas equilibradas e tranquilas requer uma garimpagem de quem você escolhe como parceiro(a). Coloque critério em suas escolhas e lembre-se: não adianta dar chances depois que foi desprezado(a), ofendido(a) ou humilhado(a) por algum motivo fútil.
     Para fechar a prosa, reforço dizendo: no âmbito familiar funciona da mesma forma. Minha mãe diz: "quando já somos adultos, para o convívio familiar, devemos ser sempre visitas: chegamos, cumprimentamos, conversamos um pouco, tomamos um bom café e vamos embora para o nosso cantinho - e se não temos um, então corremos rapidinho para ter e assim bater asas para a liberdade da realização pessoal e individual. Mais do que isso, acarretará prejuízo a curto prazo de convivência". Creio que ela tem toda razão e é mesmo verdade: compartilhar o mesmo espaço com quem sempre rebate, retruca e bate de frente com a nossa liberdade de expressão, opinião e visão de vida, para causar uma permanente frustração ou mudança de humor, bastam algumas horas ou talvez apenas minutos.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


Por favor, deixe um comentário, pois essa ação fortalece o blog nos mecanismos de busca do Google. Isso fará com esse texto chegue para mais pessoas, algumas que talvez precisem dessas palavras.

   Se você gosta e valoriza esse tipo de trabalho poderá contribuir com qualquer quantia via Pix. 
Essa  é uma forma de incentivar o escritor a dedicar tempo e horas de trabalho na produção de novos textos. Agradeço a todos que lêem, incluindo os que possam ou não contribuir com esse humilde servo da escrita. Novamente muito obrigado por ter chegado até aqui.

Chave Pix: 11994029570 




sábado, 27 de janeiro de 2024

Instinto Carnal

 


   Todas as nossas dores prosseguem com suas asas estendidas feito as palavras que deixamos para trás num lamento. Motivos daquelas frases inacabadas que provocaram tristeza e discórdia com um certo inconformismo meio abstrato. Mas ainda sobraram as imagens soltas feitas de alegrias, paixão e luxuria que persistem. Mesmo sendo por uma luta sem sentido criada por frivolidades, sabemos que o nosso êxtase foi muito bem vivido.

   Logo, você, derramando-se entre os seus alegres devaneios, escutará um carro buzinando em seu portão, correrá com seus pés trotando no escuro e abrirá a porta. Do nada surgirá um homem... Mas esse novo homem não se parece comigo, com meu eu real - ou com aquele homem especial que você um dia tanto idealizou. Rapidamente através de uma imagem do tempo passado o seu mundo girou e os ponteiros correram na velocidade da luz para a saudação a esse que em nada se parece comigo. Ainda assim a sua porta foi aberta novamente para mim. E a porta que leva ao fundo do seu útero continua sempre aberta, totalmente escancarada a esse alguém que acaba de chegar e cruzar o seu portão... Como seria a verdadeira significação da sua nova pose nesse ritual de puro instinto carnal em busca de um orgasmo solitário? 

   Palavras saltam da minha mente como luzes que poderiam deixar qualquer pessoa estonteada ou sem rumo, - feito o meu gozo e o seu orgasmo solitário - enquanto imagino que você é alguém que um dia teve o coração protegido por uma cúpula de aço e agora vive amesquinhada, mastigada, esfrangalhada como quem se perdeu no meio do caminho por tanta insegurança, teimosia e orgulho. Parece que ainda não acabou o tempo que ninguém a ouvia e nem sentia como você queria ser sentida. E o seu lamento permanece. Talvez por isso o espírito discordante que a acompanha atirou aos pés um homem que se expressava de modo diferente; pelo qual você se sentiu atraída e refém da situação em troca de orgasmos múltiplos de vez em quando. Chegou a quase chorar pela confusão que alimentava o seu ego inseguro e pela força do amor dada por esse homem, até que sentiu que poderia finalmente derrubar alguns dos seus valores arraigados - aquelas velhas determinações existentes há muito e muito tempo em sua vida. Mas, assim como numa fase anterior, você não aguentou a paz e semeou a discórdia, fomentando uma carga emocional tão forte que trouxe à tona velhos dilemas de desejo, prazer e paixão - assuntos praticamente encerrados diante da antiga boa convivência. Isso foi música para sua dança, assim como um caminhar que deixa pegadas sujas. Nada pareceu ter ordem depois disso, pois você apenas manteve o absurdo de ser quem era no escuro. Pensou e agiu como quem seguisse e tivesse tudo a ver com crenças antigas, princípios conservadores e educação reacionária. Passou a ter orgulho em dizer que não pertenceria a ninguém e não se dobraria ao prazer do instinto carnal e primitivo ou ao desejo de pertencer. No mais alto objetivo que almejava não sabia que poderia estar destinada a destruir por completo seus instintos carnais repletos de desejos inconfessáveis. De repente, numa simples frase solta numa conversa boba, o seu mundo transbordou além das fronteiras conhecidas, tornou-se um mundo miserável, triste e empobrecido pelos seus sentidos de sabedoria sem-sentido. É bem possível que tenha tido naquele exato momento a sensação de ser um juiz que dá um veredicto de condenação sem a esperança de perdão ao réu. Se você tivesse o menor sentimento de compreensão do significado real das palavras, tanto quanto igualmente do instinto animal que todo ser humano faz questão de omitir, o seu mundo não teria caído aos pedaços com os fenômenos correspondentes à comunicação. E a relação amorosa com diferenças de opinião a respeito de qualquer coisa não lhe causariam horror e nem arrependimento ao se olhar hoje no espelho. 
   O seu mundo, com esses ideais do passado de não aceitação das explicações da ciência em consequência da natureza humana, está esgotado e vive em declínio. Na minha visão não resta mais qualquer  enigma ou tabu no chamado ao prazer e ao orgasmo. Sei muito bem que o raro prazer de ter orgasmo é difícil de descrever para um homem, nenhum jamais saberá como é isso, pois é feminino. Esse orgasmo para você não reside apenas nessa imensa cratera escancarada ao mundo que leva entre as pernas, mas também no instinto desesperado de nunca estar sozinha pela noção de incompletude diante da vida - assim foi antes e será depois. Sabemos que o mundo poderia partir-se em pedaços se alguém lesse os seus pensamentos na hora do sexo solitário. Na sua “racha” praticamente cansada e reduzida a zero pode residir um mundo novo cheio de instintos básicos e naturais, porém desiludido quando o conflito de opiniões é permanente a ponto de lhe causar frigidez. Mas, mesmo assim, você tem esperança e ainda vive à espera de algo que nunca teve e que possa dar um sentido maior à vida. Mas todo desejo e admiração terminam quando o seu interior é preenchido com aquele maravilhoso líquido quente e leitoso e, então, no fim do ato, você se lembra que aquilo que o outro pensa é diferente do que você gostaria que ele pensasse. Poxa... É uma pena quando o seu mundo vira a premonição de um futuro cheio de sordidez e tristeza, comandado pelas mesmas dores que prosseguem sem cura, porque você só acorda para a realidade desse tempo atual na hora do sexo.
  Peço que acorde da letargia atemporal, pois o tempo voa e não dá mais para esperar um milagre. Sabia que a ignorância sempre é de quem ignora? Dizer ao outro que o tesão acaba quando a discordância de opinião chega é o quê? 
      Olha só, vou dizer: eu ando tão inquieto e inconformado com certas coisas, que não tenho mais paciência para lidar com a intolerância e hipocrisia dos outros – menos ainda com gente que não percebe que é preciso se mexer – ou aprender que isso, de permanecer num estágio paralisante de um passado de ideias fixas, não deve ser levado adiante por mais tempo.
   O medo a domina e a faz tremer quando pensa se vai gozar ou não, não é mesmo?
   Aí, você se encolhe cada vez mais, até o ponto de quase nem conseguir reagir ou não saber como se defender argumentativamente e, então, grita para dentro e geme. Não tema, um dia tudo vai passar. 
  Eu compreendo bem tudo isso agora. Por isso me dirijo desta forma metafórica e tão cheia de significados - o que pode parecer mais complicada que todos os seus chamamentos pelo prazer sexual litúrgico dessa negação do que seria um instinto básico.  
  Paro, penso e fico bastante estupefato até onde essa ligação filosófica poderia me levar sem reconhecer a fundo as distâncias percorridas, ou as metas não atingidas no nosso momento a dois.
 Imagino que as palavras possam correr num vai e vem por sua cabeça como um refrão repetitivo e aborrecido, igualzinho aquela coletânea com as mesmas músicas internacionais que você ouve todos os dias. Mas, talvez com esse refrão você tenha a oportunidade de ouvir e assimilar melhor; tornando-se uma observadora silenciosa e analista de si mesma. Isso seria fascinante. A maior contradição que você nunca esperou talvez aconteça assim numa repetição infinita.
  Bem... O tempo voa e não dá mais para negar o que deveria ser aceito sem remorso ou arrependimento de ambos, ou seja: diferenças de sensações. 
  Tente praticar o que algumas dessas palavras possam lhe ensinar, pois nisso há verdades nas quais acredito e talvez lhe sirvam. Eis agora o destino de ambos podendo ser refeito para tornar-se uma realidade simples e sem neuras. Que haja nela afeto, harmonia e compreensão. De preferência, com maior profundidade no foco erótico, embalado pelo desejo da nossa natureza cheia de possibilidades e instintos básicos de sensualidade, lascívia e sexo selvagem rumo ao prazer.
       


                                                


xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


Por favor, deixe um comentário, pois essa ação fortalece o blog nos mecanismos de busca do Google. Isso fará com esse texto chegue para mais pessoas, algumas que talvez precisem dessas palavras.

   Se você gosta e valoriza esse tipo de trabalho poderá contribuir com qualquer quantia via Pix. 
Essa  é uma forma de incentivar o escritor a dedicar tempo e horas de trabalho na produção de novos textos. Agradeço a todos que lêem, incluindo os que possam ou não contribuir com esse humilde servo da escrita. Novamente muito obrigado por ter chegado até aqui.

Chave Pix: 11994029570 



Bruxas Existem!

      Quem visse de perto aquela mulher, com os seus  anos de estrada, dificilmente imaginaria que em outras épocas, - tempo de menos esclar...