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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Dear Miss C Capítulo 07

      A caminhada debaixo do sol é árdua. Estou suando em bicas e praticamente me arrasto pelo acostamento da estrada que vai até o local onde os motociclistas se reúnem para acampar. A placa na estrada indica que faltam três quilômetros. Motos e mais motos passam em alta velocidade deitando em cada curva.
     Três quilômetros parecem trinta. Finalmente chego na cachoeira da porteira preta. Diante de mim uma turma de rapazes montando o palco na beira de um pequeno córrego e do outro lado há a área de Camping, onde quem veio para passar dias enfia varetas nos cós das lonas das barracas. Mais ao fundo um bar, onde alguns motociclistas, vestidos em jeans surrados, coletes de couro e botas tipo coturno, comemoram alguma coisa com cerveja e mortadela fatiada. 
     "Sabe, Miss C? Eu não reconheci ninguém daquela turma. Estou me referindo ao tempo que acampávamos com o pessoal desse estilo e todos nos recebiam com muita alegria".
    Fui até ao balcão contei minhas notas e pedi sanduíche de pernil com uma latinha de coca-cola, foi quando senti dois dedos me cutucando nas costas, apertando bem no meio das costelas. Sabe quem era, minha musa? Era Tom. O velho amigo do tempo dos nossos acampamentos. Tom estava com a namorada inseparável: Nanda. Ah, Miss C, você nunca se interessou muito em saber dos meus amigos, por isso vou te contar alguns detalhes que nunca soube: esses dois sempre foram meus parceiros desde os tempos que comecei me aventurar por cidades diferentes,- anos antes de conhecer você. Nanda é do tipo espevitada que não para um minuto no mesmo lugar. Filha de um diplomata americano com uma representante da elite Argentina. Nanda nasceu em Buenos Aires e veio bem novinha para o Brasil. Ela mora com os pais nas proximidades da Avenida Paulista. É um prédio chique, muito luxuoso, onde tive o prazer de ir uma vez a convide dela e do Tom. A avó dela mora em Nova Iorque para onde ela viaja pelo menos duas vezes por ano, porque adora a avó. Só tem uma coisa que sinto dó dela, e você sabe o que é. Pois é... Coitada dessa minha amiga... Quando na época da copa do mundo de futebol, ela desfilava pelo meio do Camping vestindo a camiseta da Argentina; pulava e gritava gol toda hora, mesmo quando não era gol. Dava um show de entusiasmo e gafes engraçadas, e você, Miss C, achava a moça ridícula e patética. Então... ela fez psicologia por dois anos na Puc, mas acabou desistindo. Ela sempre repetia nas conversas que tinha comigo que foi o maior erro da vida dela. Bem... Aí depois ela concluiu em designer de moda pela Anhembi Morumbi. Fato que deu grande orgulho ao velho diplomata. Na pouca conversa que tive com o pai dela reparei que o homem odeia Hitler pela perseguição aos judeus e maçons. Foi certa vez quando ela me convidou para um almoço de domingo junto de parte da família. Adorei! Um povo hospitaleiro que me deixou tão surpreendido que logo a minha timidez natural foi embora. Com essas pessoas gentis me senti completamente à vontade. O diplomata, senhor Smith, conversava comigo como se já me conhecesse há anos. Falava do tempo da segunda guerra mundial como se fosse um professor de história contando cada detalhe das perseguições dos nazistas aos maçons alemães e da literatura maçônica queimada em várias bibliotecas daquele país. Ia falando de jeito como se fosse um filme passando diante dos meus olhos da pilhagem de material cultural na França, Holanda, Bélgica e Noruega. (Ah, minha musa, fico pensando, que contradição sobre ética e censura a sua família vive agora, não é mesmo?). Bem...  O Sr. Smith deu mostras de não gostar muito dos comunistas e praticamente desfilou todas as teorias de conspiração e textos de Lênin que achava controversos. Olha só, também ouvi dele trechos de Goethe que nunca ouvira falar. Nossa! Que homem culto, educado e sociável. Nunca esquecia de Tom e falava do futuro genro com orgulho; dizia que a filha escolhera o homem certo para compreendê-la e acompanhá-la. Foram horas agradabilíssimas que passaram tão rapidamente que nem dava vontade de ir embora. Mas a boa educação reza que é melhor partir antes que abram a porta e te chutem para fora – o que jamais aconteceria nessa família que prima pela educação e respeito por visitas e pelo semelhante – fui embora com aquele gostinho de “quero mais”. Infelizmente a vida tomou outros rumos e pouco vi Nanda e Tom depois dessa ocasião. Ah... O meu amigo Tom veio de uma pequena cidade do estado de Alagoas. Sua família vive lá até hoje onde arrendaram um pequeno pedaço de terra de onde tiram o sustento com a agricultura e a criação de algumas cabeças de gado. Tom não se formou em nada e pouco estudou, pois trabalhou desde os sete anos na lavoura, mas gostava de música e aprendeu tocar violão e bateria. Ele é grande fã de Ronnie James Dio, inclusive sempre faz questão de usar camisetas do Rainbow e Black Sabbath.
- E aí Re? Você sumiu... O que houve? Por que desistiu de acampar com a gente todo final de semana?
- Nossa! Que alegria em encontrar você aqui. Onde está Nanda?
- Ela está terminando de montar a nossa barraca. Perdi a paciência com aquelas varetas que não se encaixam. Mas, então... O que aconteceu com você? Cadê a namorada?
- A gente terminou faz um bom tempo. Já são mais de dois anos. Nós brigamos e nunca mais nos falamos.
- Como o tempo passa e a gente nem percebe, já foram dois anos? Caramba!
- E você e Nanda já se casaram?
- Sim, sim. Como sabe? A gente se casou alguns meses depois que perdemos contato com você.
- Eu já imaginava que daria nisso, pois, vocês sempre foram ligados um ao outro.
- Venha ficar com a gente. Monte a sua barraca ao lado da nossa.
- Putz, Tom... Não vai dar. Estou só de passagem por aqui. Para falar a verdade nem trouxe barraca.
- Para onde está indo?
- Vou para a caverna dos morcegos no meio da serra. Certa vez, quando eu tinha 17 anos, explorei esse lugar. Achei o máximo porque tem tudo o que uma pessoa precisa para sobreviver. A mata é sortida de frutas de todo tipo, no rio é fácil pescar, os peixes nadam bem na superfície que até dá para pegar com a mão ou com um chapéu se você for esperto. Lá é um lugar isolado onde ninguém incomoda, estou precisando muito disso. Eu me lembro que a caverna é escura na entrada, mas no fundo, uns dez metros adiante, há um vão no teto por onde entra sol praticamente o dia inteiro. Olhando para cima parece ter uns vinte metros ou mais de paredão. Ela é sequinha em algumas partes escondidas por debaixo da pedra, principalmente onde não tem bosta de morcego no chão. Ainda guardo bem viva a lembrança daquele local depois de tantos anos. Espero que esteja igual ou bem parecido com o que era, pois quero ficar lá pelo menos uns dois ou três dias para colocar o pensamento em ordem. Estou estressado e com decisões importantes que podem mudar a minha vida.
- Terminou o lanche? Vamos até lá na barraca que Nanda ficará feliz em vê-lo.
    Mal demos cinco passos e Nanda aparece pulando em nossa frente. Ela dá um salto no meu pescoço quase me dobrando até o chão. Dá um beijo demorado no rosto e continua pendurada praticamente destroncando o meu ombro e coluna. Eu a seguro pela cintura e ponho os seus pés no chão. Ela segura o meu rosto e olha firme dentro dos olhos:
- Cara! Quanta saudade a gente tem de você. Por que você sumiu sem avisar? Tanta gente me pergunta o que aconteceu com você. Onde se enfiou? Recebeu as mensagens nas datas do seu aniversário, natal e ano novo?
- Recebi sim, mas foi um bom tempo depois. Eu fico muito feliz por tanta gente gostar de mim desse jeito e com tanta consideração. Mas eu lamento não ter podido responder na ocasião porque estava num lugar onde não podia levar o celular.
- E a namorada? Ela veio com você?
- Não namoramos mais.
- Caracas! Finalmente! Ninguém merece passar pelo que ela fazia com você. Ainda lembro como hoje quando ela aprontou lá em São Vicente.
- É mesmo. Aquilo foi demais, mas... Puxa vida... Eu gostava tanto dela que não sabia como contornar certas situações que surgiam do nada.
- O Tom nem ficou sabendo direito da história. Conte para ele como foi. Você não se importa em lembrar disso agora, não é?
- Claro que não. Já passou. Você quer mesmo ouvir isso Tom? Está com saco para saber de pecuinhas de casal? 
- Quero sim. A Nanda nunca soube me contar direito tudo o que aconteceu, agora acabei ficando curioso.
- Certo, vou resumir, porque também nem vale a pena ficar remoendo o passado. Foi assim: acho que você se lembra que naquele final de semana chovia muito, certo? Aí, quando chegamos na sexta-feira já era fim da tarde, fomos a barraca porque havia dado uma estiada. O solo estava encharcado e fomos obrigados a pegar pedaços de madeira, algumas ripas largas e tábuas de andaime; tudo o que desse para forrar o chão no tamanho certo para montar a barraca em cima. Mesmo assim iriamos dormir praticamente com a umidade subindo do chão umedecendo o colchão por baixo. Nesse meio tempo, em que eu encaixava aquelas tábuas no chão, a moça foi tomar banho no vestiário com chuveiro quente destinado aos acampados. Ela deixou a sua mala marrom, imitação de couro, e uma blusinha de frio pendurada na única cadeira que tínhamos para sentar. Com medo que a blusa escorregasse da cadeira e caísse no chão enlameado, eu, delicadamente, dobrei em duas partes e enfiei dentro da mala. Quando ela retornou notou que a blusa não estava no lugar que deixara e o seu rosto se transformou. Imediatamente eu disse que havia guardado para não sujar. Então, numa explosão de fúria exclamou: “Eu não te autorizei a mexer nas minhas coisas. Você amassou toda a minha blusa. Não dou o direito que abra a minha bolsa e mexa nas minhas coisas!”. Então saiu pisando duro pelo meio do Camping, atolando o pé na lama, quando eu disse: “Por que está tão irritada por bobagem? Tem alguma coisa para esconder ali dentro?”. Nesse momento ela virou-se e mostrou o dedo do meio, naquele tradicional gesto obsceno de “vai se foder” e continuou pisando duro, agora se dirigindo para fora do Camping. Bem... Fui atrás pedindo que voltasse, mas ela não me deu ouvidos. Mas, algumas horas depois ela voltou. Eu, de raiva, deixei a arrumação do jeito que estava no começo. Ela vendo que nada havia sido feito pediu as chaves do carro e disse que iria descansar, quando eu terminasse a chamasse para dormir. Dei as chaves e ela foi. Muito contrariado por ter sido ofendido, continuei a arrumação para que tivéssemos algum conforto. Ao terminar, enchi o colchão inflável, estiquei o lençol, puxei o zíper da barraca e deitei. E ela ficou no carro. A noite passou, a madrugada chegou e o dia clareou. Eram oito e meia da manhã e o Sol já estava estorricando. O carro estava no mesmo lugar e completamente fechado,  todos os vidros fechados. Fui ao banheiro escovar os dentes e encontrei Nanda na volta. Convidei-a para irmos até a padaria mais próxima que ficava há uns quatro quarteirões. No caminho contei detalhadamente o que havia acontecido e ela só ouviu sem interromper. Chegando à padoca, pedimos café e pão com manteiga e em seguida sentamos numa mureta do lado de fora. Ali abri o meu coração para Nanda e chorei de raiva pelo que a moça vinha constantemente fazendo. Se fosse essa a primeira vez, tudo bem... Mas não... Tudo estava piorando. A minha pressão arterial caiu e fiquei mal, muito mal. Nem conseguia beber o café, que acabei jogando fora. Diante da minha total impotência, o conselho que ela me deu foi que eu deveria desistir. Mas isso eu já sabia e não queria acreditar. Quando eu me recuperei e voltamos ao Camping já eram dez horas e o carro continuava fechado debaixo do Sol ainda mais quente. Decidi não me aproximar e ver até onde ia chegar a história. O tempo passou. Já era quase meio dia quando a moça resolveu dar o ar da graça. Veio até mim e perguntou: “Por que você não foi buscar?”, eu respondi: “Porque você não merecia”. Desse dia em diante entendi que não podia mais me submeter aos caprichos e chantagens emocionais dela. Ao voltarmos para São Paulo, ela ficou quinze dias sem qualquer contato comigo. Quando eu ligava não atendia, se mandava mensagem, nada; se entrava no Facebook, nada também. Um belo dia ela apareceu no chat do Facebook e disse: “Oi”, eu disse: “Oi”. Era como se nada tivesse acontecido e tivéssemos que começar do zero outra vez. Tudo era muito natural para ela quando tinha o domínio da situação. Foi assim, Tom, foi assim que tudo aconteceu.
- Olha Re, nem sei o que dizer. Não pensei que fosse tão grave. Que mulherzinha complicada e mal educada! Ainda bem que ela não faz mais parte da sua vida. Logo você arruma alguém que vai valer a pena.
- Obrigado Tom. Espero que sim. Deus te ouça.
    Nanda arremata:
- Até hoje não compreendo o que você viu nela. Ela nunca valorizou o seu talento ou esforço. Nunca te apoiou ou incentivou em nada, nunca fez crítica construtiva ou qualquer palavra que lhe pusesse para cima. O esforço dela era baseado nos interesses que ela tinha em se manter fora de casa depois de brigar com todo mundo por lá. Mas você é tão persistente e teimoso que nunca percebeu que ela te usava, que mentia e manipulava. Eu nunca gostei de ver a forma como ela te tratava. Aquilo de sair mostrando o dedo no meio de todos os nossos amigos foi ridículo, tanto para ela quanto para você. Não adiantava falar nada naquele tempo. Você não ouvia a gente. Ela era uma pessoa sem senso de respeito, responsabilidade e compromisso - a ideia de compromisso fazia com que ela sentisse arrepios -, mas, no nosso ambiente, ela estava livre das pressões da família que exigia disciplina; a desordem de caráter dela é bem aparente no comportamento - aprendi a observar esse detalhe nas pessoas quando fiz psicologia. Você se deixou envolver pela ilusão do sexo fácil, bom e relaxante; mas sexo não é amor - os homens entendem melhor disso que algumas mulheres. Ela se comportou com você como homem, e você foi perceber isso tarde demais. Um dia você me disse que as principais reclamações dela eram por solidão e isolamento, mas que mesmo se julgando muito inteligente não conseguia se sentir popular. Veja bem: ela se sentia culpada por ser assim e descontava em quem não tinha nada a ver com o motivo que a levava a tudo isso. Na minha opinião ela sempre será indecisa, pessoa sem poder de escolha e nunca, nunca mesmo, admitirá estar errada. Eu lembro bem que toda vez que você a convidava para um passeio fora das viagens ela respondia: “eu vou ver”, “se der eu vou”, “preciso me programar” e assim por diante. Isso demonstra que ela não se considerava dona da própria vontade. Todas as ações dela estavam relacionadas com situações que implicassem a influência de outras pessoas. Se ela não precisasse atender outros compromissos - mesmo que insignificantes - “talvez” ela saísse com você. Ela jamais conseguirá distinguir as maiores responsabilidades das menores, ou as responsabilidades dela mesma e do mundo. Só com o amadurecimento ela poderia ganhar esse discernimento, estou me referindo ao amadurecimento emocional, entende? Sem esse amadurecer ela continuará estragando a própria vida e a vida dos outros. Justamente porque, quando algo não atender aos seus desejos mais caprichosos, com certeza, a culpa será do outro e nunca dela mesma. Ela tem um problema, você teve um problema enquanto esteve com ela. Todos que a cercam têm um problema agora. Isso é contagioso. O mau humor desse tipo de pessoa contamina o ambiente deixando a vida escura e sem perspectiva. Ela nunca parará para avaliar a dor e as conseqüências desse comportamento nos outros.
- Eita nóis... Você está inspirada hoje. Tudo isso é alegria pelo nosso reencontro? Acho que deveria concluir o curso de psicologia logo.
- Eu fiquei revoltada com a situação, por tudo que me contava naquele tempo, mas não podia interferir. Pensei nisso durante meses, tentando entender o comportamento dela. E quanto mais eu tentava entender menos chegava a qualquer conclusão. Ela tinha o prazer sádico de ver você implorando para que ela voltasse e, por um bom tempo, reconhecesse a superioridade “moral” dela. Era como se provocasse a briga e você que tivesse que pedir desculpas, então, na seqüência dos fatos, ela provaria que tinha um tipo de benevolência espontânea enquanto decidia se o recebia de volta ou não. O que era mentira para ambos. No fundo ela nunca queria ficar distante de você. Mas ela precisava provar a sua lealdade de tempos em tempos, mesmo que para isso fosse obrigada a humilhá-lo publicamente. No fundo, a opção de vida dela era para a vingança. Muito provavelmente foi humilhada na infância e como resultado disso cresceu desconfiando de tudo e todos. Ela passará a vida em busca de vingança porque julga que o mundo não a trata bem. Provavelmente dirá: “Todos os homens são iguais!”, ou, “Ninguém me entende”. Sempre haverá uma tendência exagerada para generalização e banalização de ações dos sentimentos comuns. Ela é do tipo que considera que a submissão aos maus-tratos – o comportamento que ela esperava que você tivesse – deve ser a motivação básica da vida. Isto é, na mente dela o ódio nunca será a negação do amor e sim a afirmação dele. Então, que quem estiver com ela que tolere maus-tratos e ofensas, é o sacrifico esperado por ela em qualquer circunstância da vida. Pode parecer meio abjeto isso, mas é assim mesmo que funciona.
Nesse momento Tom aparta e conversa:
- Hoje você vai ficar com a gente. Vou arrumar uma barraca, um colchão de dobrar e o que mais precisar. Mais tarde vamos fazer churrasco, depois assistiremos o cover do Raul Seixas que subirá ao palco meia-noite. De foma alguma aceito não como resposta.
- Ok. Vou ficar por hoje. Mas amanhã continuarei a caminhada. Tem algum lugar onde posso tomar banho?
- Tem sim. Atrás do bar tem um depósito e vestiário, lá tem chuveiro quente, mas vá com cuidado que lá dorme um cachorrinho do Camping. Ele é manso só quando não pisam no rabo dele.
- Ok. Deixa comigo.

   Miss C, novamente me despeço desejando que Deus esteja presente no seu coração.
   Nas próximas mensagens revelarei novos fatos dessa longa jornada.

   Até breve.




Cansado e Velho

Minha história gira em torno de mim mesmo, — uma vida quase nas portas do delírio na mente de muitos —, com o intuito único de conti...