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segunda-feira, 8 de junho de 2020

Dear Miss C Capítullo 11

      O dia passou dividido entre altos e baixos - um dia cheio de situações que nunca imaginei que viveria. Com o passar da meia-noite nada de mais importante deveria acontecer que não fosse o descanso do corpo para a nova jornada logo cedo. O início da madrugada parecia fluir bem mais tranquilo depois daquelas duas horas passadas em total delírio, mesmo que ainda sentisse o efeito que o espírito havia deixado o corpo por um tempo. Olhava o teto da barraca e pensava em todas alucinações que tive e nos desgastes mentais que sofri, principalmente nos últimos dois longos anos longe de você, minha musa. No passado – tempos depois do que vivemos junto - eu tinha visões estranhas enquanto caminhava pela rua; eu via pessoas que nunca existiram. Vou assim, pensando em todas essas situações antigas e nas atuais enquanto tento relaxar buscando a melhor posição para o corpo no repouso necessário. Mas, de repente, algo mexe com meus sentidos quando ouço música no estilo Celta-Indiano vindo do palco. Abro um pedaço do zíper da barraca tentando identificar o que acontece lá fora. A trilha sonora eu reconheço porque tenho o CD na coleção: é Loreena McKennitt. Vejo o restinho do público se dispersando preguiçosamente para a saída principal, imaginando que todos os shows já haviam terminaram. Então, inesperadamente, Nina, que gosta de ser chamada de Mary Shiva, toma o centro do palco, e é iluminada pela luz forte cor lilás do holofote no teto, reflete ao longe o reflexo de seus badulaques em prata e dourado pendurados no busto e na cintura. Os que estavam saindo olham para trás e retornam curiosos para assistir a apresentação mística. Ela vai buscando o ritmo com paciência determinada em movimentos medidos, faz sua dança com ritmo de pura sensualidade, coloca uma perna à frente e balança os quadris ao som de uma castanhola amarrada ao pulso, os braços sobem e descem sobre a cabeça, as mãos se juntam e se separam no alto para descerem devagar; como se alisassem o seu corpo esguio que se movimenta em ondas. A barra da saia longa é jogada de um lado para outro no giro do corpo; são passos para frente e para trás; tudo feito com perfeita elegância na dança dos véus. A pedra vermelha pregada na testa emana energia positiva de equilíbrio. Os seus seios durinhos balançam enchendo a meia-blusa feita sob-medida em tecido transparente. O tempo parece parar para os espectadores incrédulos em seus três números de dança, - os homens boquiabertos e suas mulheres impacientes com ar de ciúmes silencioso - por tamanha destreza de movimentos e sensualidade da linda dançarina. O último número coroa o Grand-Finale chegando num giro duplo, seguido de um pouso ornamental em espargata ao som de Ravi Shankar, agora acompanhado de assovios entusiasmados e palmas dos espectadores. Assim se fecha a apresentação mística e a luz lilás vai sumindo aos poucos. 
     Então, minha musa, eu conheci Nina uns cinco anos antes de conhecer você, quando eu já beirava os trinta anos e ela, assim como você, os vinte e cinco; foi por intermédio de Zé Louco, só podia ser! Bem... Tudo aconteceu num festival cultural que envolvia música Rock, dança cigana e artes plásticas (estilos variados). Um magnífico evento realizado na cidade de Várzea Paulista. 
     Naquela ocasião reuniram-se ali os mais diferentes artistas anônimos e do underground, alguns já teriam participado de exposições em feiras ou pequenas galerias de arte. Também havia iniciantes aproveitando a oportunidade para divulgar seu trabalho. Por bastante tempo a amizade com Nina se resumia a cumprimentos com beijinhos no rosto e a troca de poucas palavras. Confesso que desde o primeiro instante passei a admirar sua beleza. Relacionava os seus traços físicos aos de Mila Kunis, e isso, tenho certeza, fazia com que todos a olhassem de modo diferente quando estava em trajes de dança, principalmente sendo dona do centro do palco. Bem... Pouco tempo depois ela começou namorar Billy, até então, um colega meu e amigo mais próximo de Zé Louco - que com o seu puro dom de convencimento acabou fazendo os dois se tornarem namorados. Billy era um motociclista estilo anos cinqüenta, tinha Rock-a-Billy na veia e um jeito incomum de falar, jogava a todo instante o topete para trás, naquele estilo Elvis Presley dos primeiros tempos, com roupas pretas da moda James Dean - talvez, se fosse loiro, ele se parecesse com Brian Setzer do Stray Cats. Numa noite de sábado, - um ano e pouco depois do tempo que conheci Nina – por volta das oito da noite, quando o casal ia de moto para o Camping em Salesópolis, tiveram um acidente em uma das curvas mais perigosas da estrada, o piso estava com areia e cascalho o que comprometeu a aderência fazendo a moto rodopiar e bater no guard-rail. Por uma dessas coincidências da vida eu acampava sozinho nessa cidadezinha que fica bem próxima da nascente do Rio Tietê. Billy teve apenas escoriações, mas Nina perdeu alguns dentes e teve luxação no ombro. Ela foi levada às pressas ao pronto-socorro da cidade por um morador do local e logo em seguida de ambulância ao hospital em Mogi Das Cruzes. Quando eu soube do acontecido, fui rapidamente até a delegacia em socorro dos amigos e passei praticamente a madrugada inteira tentando liberar a moto de Billy, pois ele havia me  deixado lá para resolver o caso enquanto ia de carro com um amigo ao hospital saber notícias de Nina - o delegado estava impassível, não queria entregar a motocicleta porque o vidro do farol havia quebrado no acidente. Às cinco horas da manhã Billy retornou com a notícia que Nina ficaria internada pelos menos um dia. Foi então que ele deu o dinheiro que tinha ao delegado e pudemos regressar ao Camping para finalmente descansar. Nina só foi obteve alta do hospital na quarta-feira. Nem cheguei a encontrá-la na ocasião, mas, alguns dias depois, ela me agradeceu por telefone dizendo que estava de viagem marcada para concluir um curso de dança na Índia. Eu soube que ela ficou por lá pouco mais de dois anos e depois seguiu para a República Tcheca, a sua terra natal, onde ficaria estudando dança cigana por mais um tempo, enquanto se apresentava em espetáculos em bares de Praga e em toda região da Boêmia. Atualmente o casal de namorados não está mais junto porque ela ficou muito tempo distante e Billy, completamente transtornado, virou um bêbado inconsequente e drogado contumaz que não reconhecia mais os amigos - ele acabou como um porra-louca intragável e impertinente com quem logo rompi amizade, principalmente por sua falta de consideração em nem me agradecer pelo socorro no caso do acidente. E ela, no seu retorno ao Brasil alguns anos depois, criou má fama por ficar com um e outro em cada festa que aparecia para dançar. Reparei, de longe, que Zé Louco conversava com Nina, ainda nos degraus de acesso ao palco - uma conversa muito próxima e aparentemente íntima, revelada, a quem quisesse ver, por um sorriso permanente no rosto da moça. Notei que o amigo apontava para as barracas, enquanto ela tentava focar o olhar por cima das outras à minha frente - percebi que era uma insistente tentativa de identificar onde eu estaria. Eles desceram da escada e foram saindo aos poucos do meio das pessoas que assistiram a apresentação até o final, alguns a cumprimentá-la pela perfomance majestosa e outros solicitando a atenção de Zé Louco, que praticamente já a arrastava pelo braço em minha direção. Fechei o zíper rapidinho para não ser incomodado e fiquei o mais imóvel impossível. Zé Louco começou a balançar a barraca pelo teto e chamava o meu nome:
- Re... Acorda meu véio! Veja quem está aqui.
- ----------------------- (Silêncio)
- Meu patrão... Acorda caralho! Nina está aqui e quer ver você!
- Está bem... Já vou, aguarde um momento.
   Saí da barraca pensando em como seria a reação dela ao notar tantas diferenças em mim. Mal fiquei em pé e Nina jogou os braços nos meus ombros,  imediatamente colou a boca na minha como se fossemos namorados, e não desgrudou até que eu mesmo me desgarrasse dela. O seu cheiro era bom apesar da "ginástica no palco, cheirava ervas com um leve toque de alguma bebida doce no rosto suado; um suor gostoso com aroma cativante. Isso me excitou tanto que na hora fiquei de pau duro. Ela me olhou e disse: - Nunca tive a oportunidade de agradecer pessoalmente tudo o que fez por mim na noite do acidente, e durante meses pensei como seria quando nos encontrássemos novamente. Eu sei que segui outro caminho e você sumiu, mas agora o destino fez a parte dele para nos ajudar. E finalmente posso lhe agradecer do meu jeito. Você aceita? Zé Louco soltou um sorriso safado e nos deixou a sós. Ela novamente me abraçou silenciosamente, foi se apertando em mim e se grudou inteirinha no meu corpo enroscando a perna na minha e dando uma tremidinha como se estivesse com frio. Sem trocarmos nova palavra enfiou a língua na minha boca e fez a minha língua se enroscar na dela. Agarrei no mesmo instante um dos seus seios que quase saltava da blusinha fina e ajeitei os seus braços ao redor do meu pescoço, para sentir cada vez mais o seu corpo ardendo de desejo num aperto mais longo. Ela entrou comigo na barraca e se ajeitou no fundo enquanto eu puxava o zíper com uma das mãos e com a outra procurava tirar a blusa transparente, mas ela foi mais rápida que eu e seus peitinhos apontavam diretamente para os meus olhos- eles eram muito parecidos com os daquelas estátuas mitológicas. A saia cigana já rolava pelo canto enquanto nos entrelaçamos formando um arco. O cheiro de suor parecia misturado com o de colônia fresca e grama molhada com os dois ali girando sem parar e violentamente excitados procurando a melhor posição.
- Re. Estou perplexa com você. Como consegue demorar tanto sem tirar de dentro?
- Você acha que demoro?
- Sim! Os caras com os quais eu namorei pareciam galos.
- Talvez seja experiência, e também porque eu gosto de fazer bem feito. Vou tirar agora, posso?
- Ai, não tira, não! Mexe mais e toma cuidado para não gozar dentro, parei com o anticoncepcional há 3 meses, voltarei a tomar no próximo mês.
- Você fala bastante e gosta de conduzir, né Nina? Já estou ficando um pouco cansado dessa posição. Os meus joelhos doem. Vamos ficar de ladinho.
- Vamos mais um pouco assim, por favor. Mexe ritmado, estamos indo bem. Vamos acabar junto.
- Certo, então vamos. Vou tentar seguir o seu ritmo.
- Não tira de dentro, hein!
- Não tiro.
-  Tive uma ideia, espera, pare um pouco. Fica embaixo que eu vou por cima. Quero galopar e te ensinar uns truques. Já ouviu falar em sexo tântrico?
- Só de ouvir falar, não sei como funciona. Tem no Kama Sutra?
- Tem sim. Pouca gente sabe como é. E por mais que eu tente ensinar, os caras nunca aprendem que não podem agir como galos. Presta atenção: existe uma posição, um eixo de energia onde não devemos sentir cansaço. Será feita assim a nossa união física e espiritual e ela ditará o ritmo. Mas é preciso concentração e desapego nessa hora. Será muito importante sentir os movimentos internos e externos do meu corpo para que a troca de energia seja satisfatória para ambos. Você tá entendendo?
- Estou tentando entender, venha, pode soltar o corpo em cima de mim, você é leve. Mexe como se estivesse num balanço, para frente e para trás, começando devagar.
- Não Re. Não é assim, seja mais sutil. É algo abrangente e erótico em busca do melhor que podemos desfrutar nesse momento. Percebo que você está um pouco cansado, então não vou exigir muito, mas precisa entrar em conexão comigo para sentirmos coisas idênticas e um tipo de prazer que vem de dentro e seja recompensador.
   Ela se ajeita e encaixa perfeitamente o pau lá dentro, vai até o fundo e fica parada por um instante de olhos fechados só sentindo o espaço preenchido. Tomba o tórax um pouco para trás e apóia uma das mãos sobre a minha coxa, com a outra tampa a frente para que o pau não escorregue para fora enquanto se ajeita e rebola em círculo devagar. Seus movimentos internos parecem como se os nós dos dedos massageassem todo o meu pau enquanto ela se apóia num sobe e desce até quase o limite do desencaixe. Ela é ágil e apara com a mão quando ele ameaça sair e o empurra para que fique firme em seu percurso. Os seus músculos internos se mexem de cima abaixo numa sensação que nunca senti, mordiscando, apertando, latejando... Ao mesmo tempo noto que os músculos do seu abdômen se movimentam na mesma energia que flui de dentro para fora e de fora para dentro. A sua cavidade vaginal é apertada com a parte interna tendo vida própria em movimentos contíguos e prolongados.
- Nossa! Re. Há quanto tempo não me sinto leve assim. Que gostoso você é! Não goze agora, por favor! Podemos ficar nessa posição por horas.
- Pode deixar... Não vou gozar.
- Mas quando gozar, goze com vontade. Avise antes e tire para que eu chupe cada gota do seu líquido precioso.
- Farei isso.
- Vou mudar de posição. Quero inverter. Vou sentar olhando para os seus pés.
- Certo, vem.
- Agora... Encaixa devagar. Mexe e mete bem fundo, o mais fundo que puder. Vou prender o seu pau lá dentro até sentir que foi tudo.
- Não aguento mais de tanto tesão... Pode ir saindo de cima que depois dessa enfiada e da mexida que deu estou quase gozando.
- Segura mais um pouco! Não tenha pressa! Concentre-se! Desvie o pensamento.
- Então pare de rebolar, assim acabo gozando dentro sem querer. Não dá mesmo. Tira e mexe nele com a mão até o fim, mas faça devagar para sair muito esperma.
   Depois de poucos toques toda aquele jato saiu e explodiu direto no rosto de Nina. De pronto ela abocanhou e foi delicadamente passando a língua em cada ponto do suco leitoso que escorria pelo lado do pau. Engolia com gosto e em seguida lambia o que teimava em sair pelo canto dos seus lábios. Sugou até que não restasse uma única gota.
- Caracas, Re! Nunca imaginei que viria coisa melhor depois de meia hora de dança. A dança sempre me deixa muito excitada. Essa hora de sexo nesse ritmo torna tudo muito perfeito. Você é um quarentão em plena forma! Meus parabéns. Olha... Faz tanto tempo que eu te desejava. Você nem imagina o quanto pensei nesse momento.
- Eu ainda vou fazer quarenta! 
- Ah tá. Isso não importa. O importante é que manda bem.
 - Obrigado. Você pensava o que?
- Pensava em agradecer. Mesmo no tempo em que eu estava com o Billy.
- Mentira.
- Juro por Deus.
- Que legal saber disso. Eu sempre admirei o movimento dos seus quadris. Quando eu a via no palco imaginava como você seria nessa hora. Não me conformava do desperdício de uma pessoa tão especial na mão daquele babaca. Agora, finalmente, já sei como você é. Antes tarde do que nunca, não é mesmo?
- Queria te pedir uma coisa. Posso?
- Peça.
- Quero dormir aqui com você.
- Por mim tudo bem. Mas amanhã saio cedo.
- Não me importo, também quero acordar cedo para ir embora.
- Combinado.
    Dear Miss C, estou contando tudo isso porque me voltou à memória o jeito que fizemos as coisas. Era sempre assim: o sexo pelo sexo no instinto natural que nos chamava de tempos em tempos. Nesses momentos com Nina lembrei de você, não só por vocês duas terem a mesma idade, mas, especialmente, a forma como era importante cada movimento que fazíamos com tanta excitação. No caminho de cada situação em que vivi no Camping ao lado dessa turma, fui reconstruindo a nossa história pouco a pouco, e no auge dessas lembranças lembrei um trecho de Henry Miller, no qual está representado o nosso papel nesse curto período da vida contada em minhas mensagens: “Relembro de relance as mulheres que conheci. É como uma cadeia que eu tivesse forjado com minha própria miséria. Cada elo está preso ao outro. Um medo de viver separado, de permanecer nascido. A porta do útero sempre destrancada. Medo e anseio. No fundo do sangue o puxão do Paraíso. O além. Sempre o além. Tudo precisa ter começado com o umbigo. Cortam o cordão umbilical, dão-lhe um tapa na bunda e – pronto – você está aqui fora no mundo, desgovernado, um navio sem leme. Olha para as estrelas, e depois para o umbigo. Olhos crescem em você por toda parte – nas axilas, entre os lábios, nas raízes dos cabelos, nas solas dos pés. O que é distante torna-se próximo, o que é próximo torna-se distante. Para dentro e para fora, um fluxo constante, um soltar de peles, um virar de dentro para fora. Você vagueia assim anos e anos, até encontrar-se no centro morto e lá vagarosamente apodrece, vagarosamente se reduz a pedaços, dispersa-se de novo. Só o seu nome permanece.”
   Minha musa, eu sei muito bem que critica o meu jeito de ser, minhas inspirações e essa loucura aparente. Mas eu preciso ser espontâneo, solto-me e faço disso o sentido da vida, ainda sabendo que considera os meus pensamentos como atos desprezíveis. Não preciso mais do que uma vírgula para continuar a minha busca e me sentir muito bem assim. E não me lembro, depois disso que contei aqui, que algum dia nos últimos tempos, tenha me sentido tão bem como nesses momentos. Acho que estava precisando de um maluco, aliás, vários malucos que mexessem com a minha emoção de um jeito diferente, que me ensinassem pequenas coisas simples que eu nunca parara antes para observar. Estava a todo instante envolvido numa situação que me fazia aprender como desanuviar a cabeça, inclusive próximo da hora de dormir. Fiquei literalmente comovido com todo esse cenário, onde eu já não era mais aquele rejeitado e infeliz dos nossos velhos tempos, pois o seu fantasma estava me abandonando aos poucos e a minha autoestima sendo lustrada. Finalmente caí em mim, e quando me imagino criticando você novamente por suas atitudes, ou a colocando como vítima de um sistema de criação, num ímpeto inesperado, volto e vejo que nunca fui muito diferente disso que critiquei em você, que nunca entendi que pensamentos tão simples poderiam ser tão reveladores. Passei muito tempo me apegando em ideias complexas que nunca revelavam a fundo à origem dos meus problemas, sonhei a vida toda em ser uma pessoa feliz, mas me tornei insuportável – assim como você também. Eu tentei viver uma vida diferente da que meu pai viveu, mas acabei sendo uma cópia de tudo o que detestava nele – novamente assim como você. Eu desejei, do fundo do coração, ser uma pessoa mais comunicativa e festeira que a minha mãe, mas, infelizmente recebi em transferência todos os seus medos e amarguras – um comportamento idêntico e comprovado ao seu. Garanto que nunca lamentei o que perdi na tentativa de cultivar novos sonhos - eu não me sentia digno em ter sonhos que não pudesse realizar. Jamais poderia comprometer a reputação que tinha no meio dos meus amigos e familiares, submetendo-me a riscos desnecessários - os meus riscos pareciam meticulosamente medidos.
     Houve um tempo em que fiquei vazio por dentro, não tinha novas ideias e as antigas não funcionavam como o esperado, aí, nessa seqüência, veio a faixa de tempo que jamais gostaria de lembrar outra vez, e depois de todo o acontecido, eu queria me esconder sem dar notícias e virar a página de uma só vez para nunca mais pensar na dor que tudo aquilo causou. Assim, simplesmente me desligar da tola frustração que me emburreceu até o final – assim como também, creio eu, aconteceu a você.

Novamente me despeço desejando que Deus esteja ao seu lado.


Re.


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