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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Direita ou Esquerda, violência e inércia.

        Críticas e olhar de censura daqueles que calam à força os desafetos poderão surgir deste protesto. Mas, na verdade, eu acho que todo aquele que tem acesso a qualquer meio de comunicação tem uma função maior que vai além da mera crítica vazia - ou da insatisfação com a vida e a sociedade. Ainda que seja assim ou assado, eu resisto e falo.
     O objetivo – além de resistir - também é de informar e envolver intelectualmente as pessoas, interagindo através da provocação que leva à reflexão contra injustiças e patifarias.
     Bem... Parece meio óbvio e vago falar assim, mas eu me sinto isolado. Eu me sinto como se fosse um nada a quem me representa.
      Pois é. Acontece que sempre optei em não pensar muito para poder dormir com a consciência tranquila. E não se trata de ser um alienado. Não, não! Somente por isso escrevo e me envolvo, e é disso que sobrevive o meu ímpeto e a minha crença numa vida melhor.
     Há um sentimento com uma energia esquisita no ar que me faz imaginar que adiante teremos tempos sombrios para o povo brasileiro. Um tempo perigoso e dramático, onde a verdade deturpada dos nossos lideres baterá de frente aos direitos básicos da maioria da sociedade. Quando o interesse espúrio da maioria da classe política e dos militares criam mecanismos para encobrir falcatruas e inocentar seus pares.
     Imagino que a deterioração da nossa democracia esteja maquiada por uma grave chantagem muito convincente que é advinda
 de mensagens subliminares repetidas até a exaustão em alguns meios de comunicação - imagino que logo aparecerão no rádio e tv justificativas para falsear ainda mais a verdade na tentativa de ludibriar novamente o povo menos instruído ou alegrar os radicais convertidos e convictos.
      Parece que a maioria do povo perdeu a medida de suas obrigações cívicas e até mesmo a memória dos que um dia lutaram pelo respeito ao estado de direito em tempos de chumbo quando por qualquer alguém poderia sentir o couro no lombo ou choque nas partes sexuais enquanto pendurado num pau de arara – um povo desmemoriado é um povo vulnerável e sem voz e que corre o risco de reviver seu passado cruel e injusto aos que discordam - muito conveniente aos que estão lá em cima.
     Enquanto isso acontece - ou deixa de acontecer - todos presenciam calados a representatividade de um estado moral e politicamente falido, que age através de uma força oculta que reprime em nome do poder da autoridade legitimamente nomeada pelo povo. Seria esse tipo de sociedade e lideres melhores que buscamos em cada novo pleito?
     O pior e injustificável é que nunca vemos a presença desses lideres, -  que pregam a moralidade e justiça com toda hipocrisia - em comunidades carentes, quando o que surge é apenas a falta de ética no exercício do próprio cargo ou de seus nomeados com comportamentos inadequados.  

      Não há determinação realmente forte do governo para ação aos menos favorecidos com acompanhamento de psicólogos, professores, enfermeiros, médicos ou pessoas que levem a paz aos aflitos. Enquanto isso personagens tipo padre Júlio Lancelotti são perseguidos. Aliás, é assim com qualquer um que traga conforto e segurança aos menos favorecidos, sem-tetos ou desorientados. Não! O que assistimos na tv é a mentira, os mesmos e já conhecidos caras-de-pau, com o dedo em riste ou com o sorriso irônico, em mentiras descabidas desqualificado boas ações e enaltecendo o crime.
     Por isso a sociedade em metamorfose cria seus próprios lideres ocultos, aqueles que trazem algum conforto e proteção através da lei do cão e do medo; são as milícias dominando morros no Rio de Janeiro, o crime criando e oficializando seu próprio partido em São Paulo, embalados pela a lei do cão à margem da lei oficial que se espalha pelo Brasil. Um poder paralelo surgido da omissão total do estado que dura décadas. 
       As novas leis do submundo do crime emergem para toda a sociedade com seus tentáculos. As regras são claras e determinam normas de comportamento e também punições muito severas para qualquer um de qualquer cidade dominada pelo submundo. 
     Os julgamentos aqui de fora acontecem lá dentro dos presídios (alguns até de segurança máxima) e se dão via tecnologia moderna: Smartfones de última geração em vídeo conferências; tudo diretamente de celas com TVs de leds de 60 polegadas, aparelhos de som potentes e freezer novinho. Chic isso! 
     Essas novas leis e forma de comportamento não foram criadas pelo bandidinho pé de chinelo sem dinheiro para pagar advogado. Essas novas leis impostas a toda a sociedade nasceram das mais perigosas e engenhosas mentes que nos oprimem silenciosamente - independentemente da vontade de mudança para o bem da maioria. Chega de lá, dos poderes executivo e legislativo que atuam para isso; um tipo de poder conjunto legitimamente eleito pelo povo contra ele mesmo.
       Continuo na mesma: eu me sinto isolado e perdido. Estou rodeado por quadrilheiros e novas leis que chegam de cima para baixo e de baixo para cima a todo momento, que me são impostas à revelia por todos os ângulos e parâmetros da minha existência.
       Eu me sinto totalmente vilipendiado e torturado, fico numa encruzilhada entre a violência e a inércia – tudo muito conveniente ao estado e ao governo que aí está, que já esteve ou que estará. 
     Eu me sinto como um suspeito, um criminoso e uma vítima; como alguém que deveria permanecer calado e de
 cabeça baixa e fazendo saudações: ora ao sistema dos poderosos lá do alto e ora aos poderosos do crime aqui embaixo. E dessa forma sofrer menos efeitos e consequências do inevitável. 
     Sou como alguém que sofre de um ímpeto que confunde em suas ações o certo e o errado, alto e baixo, direita e esquerda e que no final de tudo relembra do termo “dívida interna” que descreve bem o que os políticos devem à população e o que os criminosos, de todas as estirpes, dão a ela como premio de consolação. 
     Todos eles juntos e em consonância tomam muito ou pouco dos ricos, dos pobres, dos sem-teto, dos desmemoriados, dos desencaminhados, dos índios, brancos, pardos, mestiços e negros. Tomam nos parques públicos, ruas, becos, vielas e avenidas. Acharcam dos cristãos, espíritas, judeus, budistas e muçulmanos e novos convertidos (religiosa ou politicamente). Exploram da saúde, do transporte público e da educação. Oferecem ao povo água com cloro e insalubre, comida básica no prato-feito e lazer gratuito em logadouros públicos mal cuidados. Tomam dos sãos, dos loucos, enfermos e curados de suas iras. Tomam dos héteros, gays, lésbicas e também dos indecisos. Recomendam pela propaganda shopping center, cinema, teatro e circo, tudo sem incentivo e custando caro. E no final movimentam os pauzinhos desse enorme marionete com os qual se divertem todos os dias: nós, o povo! Pois, ora, o povo sempre servil do Brasil!



Cansado e Velho

Minha história gira em torno de mim mesmo, — uma vida quase nas portas do delírio na mente de muitos —, com o intuito único de conti...