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quinta-feira, 11 de julho de 2019

Celular e Internet


"Ei, você! 
Você mesmo, pessoa inteligente. 
Larga um pouco esse celular ou saia desse computador por um minuto! 
       Venha passear e curtir a vida ao ar livre num lugar maravilhoso e com vista esplendorosa para o céu.
       Pare já com isso, você está ficando cego, magro e corcunda! Pare! Largue os joguinhos on line e outras coisas inúteis!. 
      Você vai passar mais quanto tempo olhando esse celular, ou a tela do computador, e não aprender nada da vida real?".

      Falando assim, alguém poderá pensar que eu sou uma personalidade difícil ou um individuo que parou no tempo.
     Mas numa coisa alguém haverá de concordar comigo: é absolutamente intolerável a falta de educação de algumas pessoas portando celulares em lugares públicos. Principalmente em plateias de shows. 
     Essa gente vai lá e permanece por longo tempo com seus Smartphones levantados, filmando o show como se fossem profissionais. E com essa ação idiota irritam e atrapalham totalmente a visão de quem está atrás.
     Poucas coisas são tão irritantes quanto essa turma que, inacreditavelmente,  paga uma grana preta para ir numa pista vip, fica bem pertinho do palco e, 

prefere assistir ao show olhando para o visor do celular, em vez de viver a experiencia real do artista diante de si. 
     No fundo esse tipo de pessoa, que faz esses videos toscos e posta em seus perfis das redes sociais, apenas quer mostrar para outras pessoas que ela esteve presente ao evento. E que estava  naquele show que outros também gostariam de estar.      
     Na verdade isso é uma grande carência, porque esse tipo de gente precisa de "likes" para ter a sensação de que a vida medíocre que ela leva tem algum 
sentido, ou, que, de alguma forma, é invejada pelas outras pessoas. 
     Se a gente for pensar um pouco mais a fundo poderemos notar que esse comportamento vai bem mais além do que a simples falta de respeito ao 
próximo: é um tipo de síndrome que espelha o excesso de individualismo que essa pessoa, dessa geração atual ou de geração anterior, apresenta. 
     A grande maioria dessas pessoas cresceu num ambiente familiar extremamente protegido, muito por conta da culpa que os pais têm em relação aos 
filhos, já que a sociedade moderna muitas vezes exige que esses pais trabalhem fora e seus filhos fiquem sozinhos em casa ou aos cuidados de alguém que recebe por isso.
    E a culpa por essa ausência faz com eles permitam que seus filhos ajam da maneira que bem entendem. Isto é: de uma maneira mimada e extremamente 
individualista que, evidentemente, descamba na falta de respeito para com as outras pessoas que estão ao redor, no caso, um evento musical. 
    Para piorar ainda mais essa situação caótica, é muito maluco pensar que esse tipo de pessoa faz o que bem entende, porque, de certa forma, cresceu 
livre de situações de riscos - tal qual, por exemplo, não aconteceu com a minha geração, que jogava bola na rua, quebrava o braço andando de bicicleta, pulava corda ou corria de carrinho de rolimã; coisas normais da infância e da adolescência.  
    Tudo isso que acontece agora faz com que o amadurecimento dessa geração seja bem mais lento do que de gerações anteriores - aquelas que estavam 
livres dessa tecnologia de Smartphone e internet, o que se tornou uma doença pelo objeto de desejo indispensável e inseparável. 
    Diariamente é possível perceber pessoas com 18 ou 20 anos agindo como se tivessem 14 ou 15, e gente adulta agindo como adolescentes. 
    É um negócio inacreditável! 
 As redes sociais são o exemplo típico disso. 
     O resultado é que essas pessoas quando chegam à vida adulta se tornam pessoas extremamente dependentes de afeto, o  que podemos chamar de carência. 
     O mais grave é que esses indivíduos se tornam muito indecisos e incapazes de tomar as próprias decisões na vida. Justamente pela falta da experiência 
social de corpo presente, ou seja, o convívio se restringindo unicamente à internet. 
Também pudera, a motivação de todas essas consequências, não 
é p´ra menos, já que as pessoas que vivem nesse marasmo passam mais de 8 a 10 horas por dia conectadas; mandando mensagens , jogando on line, 
participando de grupos no Whatsapp, Facebook e Instagram.      
     A vivência real, com socialização presencial, se torna praticamente nula com amigos, colegas e outras pessoas que poderiam contribuir para o 
desenvolvimento da habilidade social  e intelectual desse ser humano viciado em internet. 
     Como consequência chega-se a um alto nível de ansiedade que muitas vezes leva à depressão e por consequência à solidão. Daí essa necessidade da pessoa ser bem quista nas redes sociais com muitos "likes" e elogios.

     Mas, no entanto, quando isso não acontece o problema fica muito sério. 
     Existe um estudo internacional que revela que a taxa de suicídio de jovens entre 12 e 15 anos triplicou na última década devido ao excesso de vida virtual, o que, por sua vez, levou a personalidade dessas pessoas a um nível de psicose crescente até o ato final.
     Pois é... O problema é que para as pessoas, com essa dependência, a felicidade está nos 'likes' e elas não percebem que grande parte da 
infelicidade que elas têm está ligada diretamente ao tempo que elas passam no celular ou computador. 
     Se você é uma dessas pessoas, pense nisso que estou relatando aqui. 
     Se você tem filhos ou parentes que agem assim, pense no que pode fazer para melhorar a vida deles e evitar o pior. 
     Esse é um papo muito, muito sério mesmo! E só depende da sua iniciativa para a mudança fundamental de comportamento.


   

Cansado e Velho

Minha história gira em torno de mim mesmo, — uma vida quase nas portas do delírio na mente de muitos —, com o intuito único de conti...