sexta-feira, 8 de março de 2024

Crises Podem Salvar Uma Relação Amorosa?


A relação está mesmo acabando ou é apenas uma crise qualquer? Olhando assim até parece bem fácil a resposta. Mas não é não. Aí você pensa: "Se eu não estou feliz é porque está acabando". Acontece que podem ter muitos motivos para uma relação estar em crise, inclusive muitas situações externas que nada tem a ver com um ou outro, mas que influenciam e fogem ao controle da relação do casal. Agora... Fazer a distinção entre se é uma crise dentro de você ou motivada pela pessoa que está com você, é muitas vezes quase impossível de descobrir ou admitir. Mas é bom tentar desvendar esses mistérios antes de sair tomando atitudes drásticas que fazem piorar bem mais do que melhorar qualquer relação. O mais engraçado (o que poderia ser visto até como trágico) é que, às vezes, você fica se perguntando: "Ai meu Deus será que o amor da gente acabou? Será que a gente realmente chegou ao fim por causa das coisas que falamos sem pensar um para o outro?". Pois é... Essa é uma pergunta justa, mas as crises nas relações nada tem a ver com a própria relação de entrega de um para outro, digo isso me referindo aos carinhos, ao sexo, a troca de gentilezas e as preocupações com o bem estar, tipo: se chegou direitinho ao destino... Às vezes a pessoa (que pode ser você ou quem você ama) está passando por um grande problema em casa ou no trabalho. Essa pessoa, que você tanto ama, acaba envolvida em algum grande problema com a família dela ou com alguém que é rebelde e não se ajusta e causa problemas dentro daquele ambiente de convívio da sua pessoa amada. Ou seja, há enes motivos para que crises pessoais, familiares ou profissionais se pareçam com crises na relação do casal. Então você se pergunta: "Como é que eu vou realmente saber que a minha relação não é como um barco furado que afunda aos poucos em alto mar?". Bem... Para saber isso vou inventar aqui um método com 3 perguntinhas básicas e tentar encontrar essas respostas com muita honestidade e transparência. Ok? Vamos lá...

A primeira pergunta em duas partes é a seguinte: Apesar de todas as dificuldades que a relação está passando existe reciprocidade? Você faz o possível para se doar e tenta atender as necessidades e expectativas do outro dando o seu melhor, e isto é retribuído independentemente se o outro está com dinheiro ou sem, ou se está de bom humor ou de mal humor? Então... Na minha visão, não importa a retribuição, ou se você se sente como alguém que sozinha empurrasse uma enorme pedra ladeira acima, aquele tipo de pedra que nem sequer rola com facilidade. Mas você imagina, que para o bem da situação, deve continuar empurrando essa pedra sem pensar se isso lhe faz bem ou mal. Mas, de repente, quando você olha ao lado repara que não é só você que está empurrando, os dois estão empurrando, mas cada um uma pedra diferente. Entendeu? A partir deste momento você poderá observar o seu comportamento e o comportamento do outro, e como é que isto se reverte nessa relação. Então, parando para perguntar: "Será que não deveríamos unir esforços numa única pedra ou seria melhor largar as duas pedras rolando morro abaixo e daquele ponto diante começar um esforço em conjunto sem mais pedra nenhuma, apenas em prol um do outro? É algo para pensar onde a resposta não parece nada difícil...

A segunda pergunta é: "O seu nível de expectativa nessa relação é real ou é fantasioso?". Eu acredito que, independentemente da resposta, o outro não pode dar aquilo que ele não tem. Ou seja, aquilo que você deseja receber não é o que ele não queira lhe dar, ele simplesmente não pode, por exemplo: fisicamente, financeiramente ou psicologicamente. Não adianta você reclamar que a pessoa nunca tem disponibilidade para viajar com você, ou tempo para ir em alguma a festa de amigos ou de família, ou assistir um amigo de longa data tocar guitarra num barzinho de Rock... Não significa que a pessoa não queira, significa que dentro dos limites dela, ela não pode. Aí você vira e diz: "Mas quando a gente começou era diferente...". Olha... Esqueça isso. Toda pessoa muda, assim como você também mudou. É preciso entender que ao longo da relação a pessoa vai mudando junto com as expectativas dela e das suas também. Em algum momento as tais expectativas que você tem começaram a não ser tão reais como antes, por exemplo: as expectativas sexuais. A medida que a gente vai tendo mais intimidade ou mesmo vai envelhecendo, aqueles rompantes sexuais tendem a desaparecer. Já não acontecem com tanta frequência ou com a mesma disposição física de antes. Então, novamente, o que você quer é o real de antes e, às vezes, o outro não consegue atingir a sua expectativa ou suprir o seu desejo, seja do prazer sexual ou outro tipo de realização. O acerto das coisas, como você queria, às vezes não combina com momento da outra pessoa, e isso não precisa ser motivo de crítica, sabe por quê? Porque entender as coisas e amadurecer é aprender, mesmo que esse aprendizado esbarre em obstáculos que parecem intransponíveis. Nem todo mundo aprendeu ou amadureceu na mesma velocidade, então, você acha que as expectativas que você tem são reais e são possíveis como antes. Nesse nível de pensamento você terá duas possibilidades de pensamento ruim, uma é: Sim! O nível de expectativa é real e o outro não atende porque ele não quer; a segunda: porque ele já não se interessa mais tanto por você. Eis aí um bom motivo para começar a pensar diferente na situação ou em seu comportamento na visão que tem da pessoa amada.

A terceira pergunta é: "A minha relação amorosa com essa pessoa tem que fazer de mim uma pessoa melhor?" Não! O outro não tem essa obrigação de atender a tudo que você pensa e fazer todos os seus gostos. Eu me refiro a esse tipo de pensamento que muita gente tem de dizer que o convívio com a pessoa amada pode tornar alguém mais satisfeita, mais amável ou o inverso, uma pessoa menos caridosa, afetivamente miserável e assim por diante... bem, se definitivamente é o inverso do que você espera, então o convívio com essa pessoa não está lhe tornando um ser humano melhor, principalmente se essa pessoa sempre tenta lhe diminuir ou minar a confiança que você deposita nela, incluindo a famosas ameaças de rompimento ou de partir, de morar em algum local distante ou em outra cidade, mesmo que seja de outro país tipo: Nova Iorque, Paris, Roma ou Tóquio.

Sabe gente... Têm coisas que parecem tão simples e poderiam ser resolvidas tão facilmente, mas temos o hábito de sempre estragar tudo em vez de dar espaço ao outro. Exemplo: Eu tenho um casal de amigos, ele é um cara muito chato, e bota chato nisso, ele é um chato de galocha e ele sabe que é chato. Têm horas que ele se torna insuportável, porém, é muito grato à esposa dele, porque quando ele está numa grande crise de chatice, a esposa faz que não se importa. Ela sai do ambiente e deixa que ele viva sozinho a chatice dele num canto. Isso faz dela um ser humano melhor. Porque à medida que ela faz isso, ela entende que não é com ela, que não tem nada a ver com ela e não se ofende, é sim com as feridas de vida que carrega e que já vem antes dela. Ele, recebendo esse espaço, começa a ser menos chato com ela, ainda que ele esteja emburrado com o fato que ela sai e volta. Mas, com isso, dá-se um novo fôlego para manter a relação num bom nível de sanidade para ambos. Aí, agora você deve estar se perguntando: Muito bem, eu percebi que a crise que a minha relação vem passando não é só uma crisezinha como desses exemplos toscos que você deu nesse texto bizarro, pois, no meu caso, tem a ver com outras coisas que estão ocorrendo, coisas que eu não admito de jeito nenhum e nem tenho controle sobre elas. Por isso, vejo o risco de acabar tudo logo, porque ao ler essas perguntas e respostas acho que vou mesmo morrer afogado no meio do mar, na solidão desse meu barquinho furado, já que diante de um monte de expectativas e perspectivas criadas, nós nunca nos sentamos e conversarmos sobre elas…E se a gente não conversa sobre essas coisas o barco afunda de verdade, como está acontecendo agora comigo… Pois então... Para finalizar a prosa eu digo e reafirmo: Enquanto há vida ainda há tempo para mudar. Quem se ama e ama o outro deve salvar esse amor, porque quando há amor ainda é possível salvar uma relação, mesmo que existam alguns conflitos ou defeitinhos de lado a lado.... Entendeu? Olha só que coisa curiosa que eu acabei de pensar... Já estou até vendo.... Sei que vai ter gente que vai botar assim no comentário: "Quando a gente desiste é porque o outro não respondia a nada que fosse importante. Aí, quando um não quer mais nada, o melhor mesmo é botar a viola no saco e tocar em outra fogueira, pois essa já se apagou e alguém está passando muito frio. E eu detesto passar frio! Ok. Posso dizer? Eu penso um pouco diferente, aliás, bem diferente. O mais legal seria chamar a pessoa amada, aquela escolhida com tanto sacrifício entre tantas oportunidades que surgiram e que já passaram, para dizer o seguinte: Olha isso! Olha essa foto da nossa relação dos últimos tempos. Nós estamos emburrados, quase chorando. Nós sabemos que nos magoamos muito um com o outro, muitas vezes por bobagens ou até coisas importantes que poderiam ser resolvidas com mais comunicação. Vamos fazer uma outra foto aonde a gente vai estar rindo muito, porque finalmente aprendemos a conversar e nos tolerar através do amor que nutrimos um pelo outro, que tal? Topa?

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7 comentários:

  1. Lindo texto, conflitos em relacionamentos são muito difíceis.
    Diante de tantos conflitos que já vivi, digo sem medo de errar que a maior causa é a falta de diálogo. As vezes um lado quer dialogar e o outro lado não tem interesse de ouvir.
    Depois de tantas fases difíceis vividas, relacionamentos estão desacreditados.
    Ninguém tem tempo, ninguém tem paciência, ninguém quer dar o braço a torcer, as pessoas não admitem que amam, preferem terminar um relacionamento pra se livrar de qualquer problema. Independente se ele está de fora e da pra reverter, ou se está entre nós e podemos dialogar, se entender e continuar.
    Eu ainda sonho com um amor verdadeiro, recíproco, aquele que nos entenderemos apenas no olhar. Acredito em viver um amor com vários conflitos, e que no diálogo tudo e resolva e acabe em beijo não em finais sem volta.
    Bjos
    Sil

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  2. O autor consegue com muita habilidade criar um quadro mental que fixa em nossa mente quando fala sobre rolar a pedra ladeira a cima. Quantas vezes fracassamos tentando cada um empurrar nossa própria "pedra", sendo que o correto é unirmos nossos esforços e juntos venceremos os obstáculos que surgem em toda relação.

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  3. Casamento pra dar certo tem que ter paciência e diologo se não tiver isso pessoa só te humilhar não dar valor a você e como empurrar uma pedra sozinha aí vc cansa prefere ficar sozinha proque casamento e ser um casal pra horas boas ou ruim pra ficar juntos só por ficar melhor cada um ir cuidar da sua vida sozinho

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  4. Tudo é possível quando os dois se esforçam e querem que de certo, do contrário é ladeira a baixo,isso serve para todas as relações.
    Hoje está faltando respeito e empatia, a grande maioria vive em disputa aonde no final nínguem ganha

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  5. Bom dia! Falar de relacionamento já é difícil, imagina um relacionamento que está acabando ou em crise.
    É difícil saber se estamos retribuindo o que o outro está oferecendo e se está oferecendo. Se estamos sonhando ou criando expectativas sozinho. Pois relacionamento tem que ter muita paciência ,respeito e muito diálogo sempre.
    Como a pessoa me faz melhor? Eu sou melhor pessoa possível. Sim a pessoa não tem que adivinhar os nossos anseios, por isso sempre tem que ter o diálogo. Uma conversa sincera. Sem medo de ser expressar, de ser julgado pelo o outro. Se tem ameaça temos que pensar sempre vale apena esse relacionamento. É a melhor coisa é sentar e conversar o que está acontecendo. Procurar uma solução em comum para o relacionamento do casal.

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  6. Eu não acho q relacionamentos só acabam quando termina o amor. Às vzs, o q falta é outra coisa q, tbém mto importnt, foi deixada de lado, esquecida num canto qlqr. E isto acontece porque a maioria sempre deixa esta responsabilidade para o amor e não considera outras coisas/sentimentos q tbem compoem uma relação. E ainda tem os acontecimentos externos q acabam por influenciar negativamente, por mais q tentemos não nos deixar atingir.
    Então, fica difícil definir se crises podem salvar qlqr tipo de relação, Sr. Autor! Acho q o melhor para manter ou melhorar uma relação é, como você mencionou, honestidade, transparência e diálogo, pois, muitas vzs, aquilo q fazemos ou dizemos não é interpretado cm deveria, causando incômodo e deixando aquele climão!
    Se formos levar a fundo, a lista de perguntas será muito maior ou msm infinita, pois quando encontramos uma resposta, aparecem outras inúmeras questões.
    É vrdd sim, td mundo muda com o passar do tempo, seja pela necessidade, pela perda do viço, seja pelas vivências doces ou amargas, muda sim! E estas mudanças vão causando outras mudanças e alterando o ciclo normal das relações ou da própria visão de mundo. É preciso entender e aceitar isto!
    Em suma, se formos enumerar tds as intervenções q podem atropelar um relacionamento, infinita seria a tentativa de encontrar argumentação e impossível seria o início de qlqr relacionamento, não é msm?!
    Então, melhor msm é fazer aquela bela foto!…
    Sabe, Sr. Autor, acho q terei q dar a minha contribuição com o pagto da consulta terapêutica feita aqui no seu blog; pela oportunidade q você nos dá de fazermos uma auto análise e de direcionar nossos olhos buscando visões diferentes das q habitualmente nos acomoda.
    BJSSS!!!

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  7. Quando se trata de relacionamento a coisa é séria, pois estamos falando de pessoas de personalidade diferente, criação diferente e que resolvem ficar juntos. É claro que para isso dar certo, à que se ter uma dose grande de amor principalmente, paciência, colaboração, ceder em benefício do outro, não se anular, mas entender o lado do outro. Se não houver comprometimento das duas partes em querer dar certo, não há relação que dure.
    Márcia.

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