quarta-feira, 24 de junho de 2020

Dear Miss C Capítulo 16

     Algumas palavrinhas do autor antes do capítulo final...

     "As palavras seduzem, encantam, aproximam - e por isso são realmente perigosas. Porém as palavras também chocam, horrorizam e distanciam - e aí passamos a correr outro tipo de perigo, o da não comunicação, da incompreensão. Por isso nada temos a temer, a não ser as palavras, pois as palavras revelam e as palavras escondem. Por isso, toda palavra é, em si, um mistério. 
    As palavras têm, ao mesmo tempo, um significado raso e outros, bastante profundos. As palavras são ambíguas (ainda bem!). Duplo sentido: as palavras falam e não falam aquilo que estão dizendo. Lutar com as palavras é a luta mais vã, no entanto, tome palavras e mais palavras!
    O romancista, o professor, o narrador, o contador de histórias, o padre, o palhaço, o profeta, o poeta, o roteirista, o repentista, o locutor, o jornalista, o redator, o advogado, o revisor, o Don Juan, a menina que escreve seu diário, o blogueiro que escreve suas ideias e criações, enfim, uma lista infinita de pessoas que exerce algum tipo de atividade que depende essencialmente da palavra. 
     O contador de histórias, de certa maneira, abriga todos esses exemplos num só, com o desafio de transformar com clareza, na forma e conteúdo, palavras em sensações. 
      É por isso que esse conto (Dear Miss C) se tornou tão necessário: porque ele nos dá uma visão simples e ampla (sem perder a consistência) da importância da palavra por todos os seus meios a serem explorados e, essencialmente, sem pudores. 
     Agora para vocês, que até aqui acompanharam essa narrativa frase a frase, paragrafo a paragrafo e capítulo a capítulo, eis as palavras finais, que servirão para mais uma vez nos encantar e aproximar. Assim, desejo a todos que divirtam-se com a leitura e façam dela suas próprias ideias e reflexões". 


     Dear Miss C Capítulo XVI (Final)  

     - Pode entrar Renato. Acomode-se no divã, tire os sapatos, relaxe e comece a falar do que achar melhor, porque hoje sou todo "ouvidos".
    -  Hummm, doutor, isso é muito bom... Vamos lá... Deixa ver... Hoje amanheci com vontade de filosofar ao estilo do capitão James T. Kirk. Ideias estranhas passaram pela minha cabeça durante o sono na noite passada. Eu viajava através do espaço cósmico; percorria toda escuridão e roçava a poeira estrelar na velocidade da luz, até que finalmente penetrei na atmosfera terrestre caindo diretamente na minha cama no momento presente; senti como se o passado não existisse mais e minhas lembranças de Miss C tivessem sido automaticamente apagadas. Então, eu me deparei com um novo mundo onde estava tudo tão sereno como o silêncio da via láctea. Ao abrir os olhos, uma luz se acendeu dentro da minha cabeça, a  nova energização foi um fenômeno estranho que me deixou com vertigem. O mundo novo começou a se expandir rapidamente. Imaginei por horas as coisas boas que aconteceram comigo nos últimos tempos - pessoas maravilhosas que conheci, gente que me trouxe amparo psicológico.

    De uns tempos para cá, tenho certeza que não vivo mais sozinho, as coisas da vida parecem mais bonitas quando divididas com a pessoa certa. Como um anjo que veio dos céus minha namorada apareceu do nada, foi colocada por Deus no meu caminho. Desde então, as cores dessa vida tornaram-se mais vivas e os desejos profundos plenamente correspondidos de forma sincera. Todos os olhares ganharam um sentido amplo, muito diferente de outrora.

    Nós sabemos que Miss C acabou sendo um dos motivos para que eu viesse me tratar, porém, existe o lado bom do acontecido, que se resume no aprendizado que levarei para o resto da vida. Tenho plena consciência que a imagem dela ficará ainda por um bom tempo no pensamento, talvez por toda a minha vida, porque é assim... E o mesmo, creio eu, acontecerá com ela em relação a mim, pois somos parte um do outro na essência natural. Eu já consigo conviver com isso tranquilamente sem maiores dores ou lamentações. Tudo graças a bom Deus, ao doutor e ao meu esforço na tentativa de mudar o foco gerador de tristeza. Eu venci! Ganhei muito mais do que imaginava que merecia.

    Além da parte emocional melhor resolvida, também adquiri um aperfeiçoamento intelectual esplêndido com tudo isso, justamente quando já estava sem esperanças comigo mesmo e imaginava que a tendência era só piorar. Mas os ciclos se romperam violentamente e os dogmas foram derrubados. Então este é o momento mais oportuno para dizer que, se algum dia eu tive um sonho, ou um ideal firme na vida, chegou o momento de realizar sem medo. De que outra maneira eu poderia ter aprendido a dar valor ao que é tão simples? Com esse mesmo espírito agora me permito fazer coisas nas quais não me sentia bom o suficiente. Eu imaginava que não existiam outras grandes possibilidades oferecidas pela vida e me sentia um covarde por medo do fracasso. Agora quero que se danem as pessoas negativas, aquelas que nunca acreditaram em mim ou no meu potencial. São essas pessoas que tentam a todo custo desanimar ou se aproveitar da gente. Elas não têm nada melhor a fazer a não ser falar mal de quem tem coragem para se expor. Eu saí da minha zona de conforto e fui em frente, aprendendo a me doar sem parecer um bobo alegre. E caso não tentasse agir assim, jamais saberia o lucro que teria. E diga-se de passagem: foi excelente o encaminhamento até agora. Desculpe se estou novamente com os olhos cheios de lágrimas, como já aconteceu em outras sessões, o doutor sabe que sempre fico muito emocionado quando penso sobre tudo o que aconteceu na minha vida nos últimos tempos. Eu digo sempre que já me acostumei tanto em ser assim emotivo que nem fico mais constrangido por isso. Acho que finalmente aprendi o que nunca soube como fazer, essa coisa de demonstrar sentimentos – pode ser o quanto gosto de alguém ou o quanto tenho orgulho de ser o que sou - as lições da vida estão sendo os maiores exemplos para mim. Não tinha me dado conta do quão grande seria essa mudança depois de tudo que aconteceu nesses tempos. O meu mundo criança cresceu e me tornou adulto rápido demais, e diante de mim um monte de exemplos tristes, de pessoas esperando que talvez eu fracassasse comigo mesmo nesse mundo, mas, para o desânimo delas, eu não fracassei. Quase caí, mas me ergui a tempo. Sei que frustrei a expectativa de muita gente, mas assim é a vida e só tenho a agradecer todos que passaram por ela até aqui - seja aos bons e aos ruins, sem lástimas. Agradeço pessoas que me ouviram, que escutaram de verdade o que eu estava falando e tiraram bom proveito das palavras, e, simultaneamente, enviaram-me as respostas adequadas no tempo certo. Descobri que era alguém amado e que existia gente disposta a me apoiar. 
     Muitas vezes, depois de adulto, achei que a minha família era uma aberração, que não era uma família normal dentro dos padrões determinados pela sociedade, o pior é que eu estava certo. Sabe de uma coisa, doutor? Vou contar uma novidade: não existe família normal. Descobri que seria muito chato almoçar ou jantar ao lado de pessoas perfeitinhas – ou que aparentassem ser perfeitas – pois todos têm lá os seus problemas. O importante é saber como lidar com essas questões no seio da família, permanecendo nela ou buscando o seu próprio caminho. É simples assim. É só aprender a perdoar para ser perdoado e seguir adiante sem medos e ressentimentos. Se Deus perdoa a todos, quem somos nós para impingir martírio ou colocar alguém na cruz? Não custa nada deixar as rivalidades no passado. 
    Sabe doutor, toda manhã agradeço as bênçãos que recebo e não fico mais pensando: “E se as coisas tivessem sido diferentes?” ou “Bem que podia ter sido de outro jeito...”. Eu mudei doutor. Hoje a minha vida tem sido muito boa por que aprendi a ser diferente com a ajuda de quem me quer bem. Porém... No que diz respeito aos nossos encontros semanais, sei que não concorda, mas vou parar, pois acho que 25 sessões já foram suficientes para que eu enxergasse  que não há mais motivo em falar de Miss C em tom de desabafo e lamentação. Acho que tudo o que tinha que ser dito já foi cansativamente repetido e repassado por nós em cada sessão. Por sua orientação, continuarei com as sessões de musicoterapia em casa. Elas me fazem muito bem.

- Parar com as sessões agora não seria a melhor indicação para o seu caso. Não tem como encontrar um horário alternativo? Eu poderia atendê-lo aos sábados no período da manhã. Que tal?

- Eu bem que gostaria... Mas... De agora em diante eu trabalharei nos finais de semana o dia todo, praticamente todos os finais de semana até o final do ano. Seria complicado ter apenas uma sessão por mês. O doutor acha aconselhável um tratamento assim?

- Não seria o ideal, mas pode ser feito.  

- Então doutor... Vamos esperar o melhor momento, até que o agito do lado profissional se acalme e eu tenha consciência que minha vida agora é outra.  Talvez daqui alguns meses eu volte aqui, mas, entenda, é talvez, ok?

- Está bem. Se esse é o seu desejo e necessidade não tenho como ir contra. Combinado! Então, aproveitando os minutos que nos restam, conte mais... Falando em musicoterapia: veio ouvindo alguma música em especial até chegar aqui?

- É claro, né, doutor! Eu não vivo sem música. A música faz parte da minha vida como se fosse uma linha divisória de tempo. Quando olho para o passado vejo uma trilha sonora correspondente aos fatos de cada época. Várias lindas canções passam pela minha cabeça e, de vez em quando, uma delas vem à mente quando me lembro de alguém ou de um caso marcante. Antes de chegar aqui eu ouvia AC-DC (Touch Too Much), até botei no repeat por 3 vezes. Tentava espantar os fantasmas do passado com o agito do ritmo e a letra alegre, porque minutos antes tocava uma música que me causa raiva até hoje.

- Que música é?

- É da Legião Urbana, chama-se: “Mais uma vez".

- Por que essa música mexe com você?

- Ah, doc... Talvez seja a letra e o sentimento que o Renato Russo expressa no canto. A letra diz muito do que eu queria ter dito numa fase que vivi. Estou me referindo a um determinado tempo da minha reclusão e até das fugas e andanças. São coisas que ficam guardadas e só encontramos as palavras certas em músicas. O Renato Russo tinha um lado rude e, digamos, poético, que eu gostava muito. Transmitia sinceridade. Foi tão verdadeiro que morreu sozinho.

- Você também deseja morrer sozinho?

- Sinceramente? Não sei. Nunca pensei em morrer. Sei que a morte é a única coisa certa e absoluta na vida. Mas não penso nela. Quero apenas viver o melhor que puder, oferecendo aos outros tudo o que tenho de bom; sem neuras, controle alheio ou perseguição, e, essencialmente, sem intimidar ou ser intimidado com palavras ásperas ou ameaças. Eu quero apenas ser feliz! Entende, doutor?  

 - Já que a música faz parte da sua vida farei uma pergunta delicada sobre isso: tem alguma música que o faz lembrar com carinho de Miss C?

- Bem delicada mesmo essa pergunta, hein..r.rs.rs.rs Bom... Deixa ver.. Vou pensar... Tem sim! É uma canção do Lynyrd Skynyrd chamada FREEBIRD. Eu costumava assoviar e traduzir os primeiros trechos desta música para Miss C lá pelos meus 20 anos, quando ela ficava brava comigo. Eu iniciava assim: “Se eu partisse amanhã, você ainda se lembraria de mim? Preciso seguir viagem agora. Há muitos lugares que ainda preciso conhecer...”

- O que ela dizia quando você fazia isso?

- Não dizia nada. Era muito difícil conviver com ela em determinados momentos, e por mais que eu quisesse quebrar o gelo, - para botar as coisas nos eixos - nunca dava certo, pois ela, no afã de me proteger, queria que eu cumprisse a vontade dela e não a minha.

- Você ainda tem amiga imaginária?

- Sim, mas apenas nos meus sonhos loucos e eróticos que não conto para ninguém além do doutor... rsrsrsrsrsrs...

- Deseja mudar de assunto e falar um pouco do seu novo trabalho?

- Sim. Vamos lá! Ele é basicamente igual ao que eu fazia antes, com algumas inovações no método de atuação. A minha namorada está comigo nessa empreitada – (ela não gosta quando eu uso o termo “empreitada”, acha uma palavra feia..rs.rs). Nós vamos rodar  pelo interior paulista e mineiro, pegaremos estrada ouvindo Rock And Roll nas viagens. Nem contei, né? - Eita nóis, olha eu quebrando novamente a linha de raciocínio... Pois então... O senhor acredita que ela já foi atrás dos ingressos do Lollapalooza que vai rolar em Sampa no ano que vem? Ela insiste em ver o Aerosmith e Whitesnake. E fica de bico quando digo que o David Coverdale está só o pó da rabiola e o Steven Tyler muito parecido com aquele rockeiro brasileiro dos anos 70 chamado Serguei. Vai ser legal, pacas. Será mais um grande evento na agenda para irmos depois do show do Bon Jovi; assim passaremos muito tempo nos divertindo e curtindo as coisas que gostamos. Eu sei que daremos muitas risadas juntos.

   Voltando ao trabalho... Ela vai me acompanhar nos contatos comerciais para a venda de artigos raros relacionados com música dos anos 50 e 60. Ela não entende muito sobre essa época, mas é esforçada e aprende rápido. Eu boto fé que será uma convivência excelente dividindo tarefas, tenho certeza disso!

Nesse final de semana estivemos no Sul de Minas Gerais a passeio. Passamos rapidamente em Extrema e seguimos até Pouso Alegre, de lá entramos pelo trecho conhecido como borda da mata e chegamos até Ouro Fino - pousamos a noite de Sexta para Sábado num hotel de beira de estrada. O céu estava limpo. Quando deu mais ou menos meia-noite cruzou o céu uma chuva de meteoritos. Como é lindo ver os brilho das chamadas estrelas cadentes, que maravilha doutor! A gente se cansou de tanto fazer pedidos. De manhã seguimos para Bueno Brandão, passamos antes em Inconfidentes para um lanchinho básico e ligeiro numa vendinha parecida com padaria. Percorremos o dia todo por estradas de terra em busca de cachoeiras nas trilhas - tudo debaixo de Sol quente, quase estorricando a pele. Sem querer acabamos em frente a uma pousada com vários chalés pintados de azul e branco. Uma senhora muito gentil nos atendeu e ofereceu café com pão caseiro que acabara de sair do forno. Nós aproveitamos o convite e nos hospedamos ali para passar a noite - já estávamos muito cansados e famintos do dia movimentado. Ela, muito gentilmente, nos indicou uma pizzaria da cidade: "- É na beira da estrada de terra que vai para Socorro. Um lugar chamado vizinho das estrelas. Provem o brigadeiro de capim-santo que é uma delícia!” - disse ela. Achamos curiosa a indicação e depois do banho fomos até lá provar o tal brigadeiro de capim santo tão recomendado por nossa anfitriã. Foi sensacional! Um ambiente aconchegante, com luzes externas parecidas com pequenas lamparinas no estilo velho oeste. Muito, mas muito romântico mesmo. Sabe doutor? Eu evito bebida alcoólica, mas, não resisti e tomei um pouquinho do vinho local na taça do meu amore... Eu a chamo sempre de "meu amore"... Parece mais meigo e carinhoso do que chamar pelo nome... Quando ela fica brava eu digo que é Miss C cover, aí ela fica mais brava ainda e me xinga aos montes... Eu dou risadas com as caretas que ela faz tentando imitar uma bruxa, levantando a sobrancelha e dando risada estridente de canto de boca. E tudo acontece assim sem maldade e com a maior naturalidade. É claro que jamais poderei contar a ela a minha vida, como faço aqui com o senhor... Isso estragaria o relacionamento e, acima de tudo, eu jamais falaria dos detalhes, porque a respeito e gosto demais dela para magoá-la com tantas barbaridades pelas quais passei. Então é melhor poupá-la dos detalhes mais sórdidos, porque ela não merece ouvir tantos desacertos e maldades do tempo anterior ao nosso primeiro encontro, já que eu desejo botar uma pedra em tudo isso e começar do zero... É tudo passado agora, doutor. E esse passado serve apenas como uma lição que não deve ser repetida.

- Pensando no que passou... Se pudesse dedicar uma música a Miss C qual seria?

- Então... Eu mandaria uma versão traduzida de SIMPLE MAN do Lynyrd Skynyrd. Cada frase cairia perfeitamente no tempo em que a verdade de sentimentos de mãe para filho era a única coisa que prevalecia.

- Muito bem, Re! Esse nosso papo foi excelente. O tempo da sessão acabou. Mas vou deixá-lo pensando sobre uma frase dita por James T. Kirk da saga Star Trek. Quero encerrar dessa forma para ficar bem ao seu estilo de hoje: “Você sabe que o maior perigo que enfrentamos é nós mesmos, um medo irracional do desconhecido. Mas o desconhecido não existe – apenas coisas temporariamente escondidas, temporariamente incompreendidas”.  
     E para completar, como diria o Senhor Spock: "Vida longa e próspera". 


    Vá lá, Re! Siga sempre em frente sem olhar para o retrovisor! A Enterprise o espera no estacionamento, vi quando chegou voando nela. Ela parece prontinha para levá-lo onde desejar; audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve, onde apenas você poderá viver cada momento de acordo com a sua própria vontade.

Espero que esteja de volta em breve para continuarmos de onde paramos, pois a terapia é essencial para aprender a entender as reações emocionais frente às situações, sendo de fundamental importância para o exercício de controle e equilíbrio. A busca do autoconhecimento é o primeiro passo para encontrar formas assertivas de administrar as próprias emoções.

- Com certeza! Por isso estive aqui. Um dia voltarei, doutor, pode crer. Tchau e obrigado por tudo.



        xxxxxxxxxxx    Fim    xxxxxxxxxxx



Nota do autor: “Agradeço aos que incentivaram este humilde contador de histórias na conclusão dessa produção. 

Deus abençoe a todos vocês.


Renato



7 comentários:

  1. Nos dezesseis capítulos da trama, foram abordados diversos temas que me instigava para saber o que era, tal o volume de assunto citado. Agora a saga de Dear Miss C chegou ao final com louvor. Nesse período fui transportada diversas vezes para lugares através das palavras. O autor transmitiu com perfeição o tormento e a luta que o personagem passou, mostrando porém uma força interna para buscar seu objetivo maior que é a aceitação que todos nós, somos imperfeitos e que precisamos nos adequar a situações, para prosseguirmos em nossa jornada neste planeta.Registro meu agradecimento, aguardando novos contos, desejando sorte, abundância e paz. Ziza

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  2. Palavras acariciam, emocionam, alegram, dão força e também podem magoar, entristecer, causar raiva, dor. Por isso muito cuidado com o que sai da nossa boca, não tem volta.
    Que bom quando encontramos nosso ponto de equilíbrio, a paz interior, mente e coração em perfeita harmonia.
    Dois pontos:- quando a gente aprende a ligar o "Dane-se" e vive a nossa vida sem se importar com o que os outros pensam, tudo fica muito melhor. E quando a gente deixa de colocar o "E Se...", nas coisas que aconteceram, o passado já foi, o que vale é o presente e o futuro é consequência, a vida fica mais leve.
    Independente do que aconteça..."O Sol voltará novamente amanhã..."
    Então concordo com Capitão Kirk..."o desconhecido não existe, as coisas estão apenas escondidas!"
    Parabéns Sr Autor, achei esse texto, um dos melhores que li...encontrei nele paixão que faz a pessoa esquecer de si em favor de outro, busca por paz de espírito, confrontos familiares e finalmente reencontro com seu Eu interior...fiquei indignada, triste...emocionada....parabéns!!
    Márcia.

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  3. Parabéns,que história emocionante,tenho certeza que muitas pessoas se identificaram em algum momento.

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  4. Nesse capítulo observei como Re cresceu, amadureceu, apesar de tudo que passou.
    Aprendeu a agradecer,a perdoar.
    Não quis mais saber de se lamentar pelo que houve, grande passo dado.
    Desistiu, por ora, da terapia convencional e fará musicoterapia.
    Acredito que sempre devemos fazer aquilo que mais nos faz feliz, apesar, de às vezes, necessitarmos de tratamentos necessários, que fogem a nossa vontade.
    Como é bom ver uma pessoa crescer e saber que tudo aquilo que aconteceu realmente ficou no passado.
    E saber que temos uma vida "longa e próspera" e não precisamos " olhar no retrovisor".
    Porque a vida e seguir em frente, ela é esse presente que vivemos, é essa fórmula mágica que não sabemos que vai acontecer.
    É o tudo de bom!!!!!!
    Sonia

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  5. Chegamos o final desse conto .fico feliz pelo Re .que hj está curado .essa namorada nova esta fazendo muito bem pra ele .agora sua história e real. Nao imaginaria .como com a miss c .agora vai seguir sua vida feliz ao lado da namorada .com esse novo trabalho. Ela ajudando tudo vai ser diferente .nada de pessoas imaginaria.como falou o dortor nao se deve olha pra traz .sempre devemos andar pra frente ..mas uma veis Renato parabéns .foi um final excelente ....silvana

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  6. Um contador de histórias brilhante, convincente, extremamente afetivo e conhecedor do espírito humano e suas mazelas, com uma linguagem direta e uma riqueza de detalhes nos traz para dentro da história e nos faz ver com os olhos de cada um dos personagens os cenários e as nuances por eles vistos, e nos convida a sentir e vivenciar toda uma imensa gama de sentimentos por eles experimentado. Uma verdadeira viagem!

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  7. Um contador de histórias brilhante, convincente, profundo conhecedor do espírito humano e suas mazelas. Ao longo de toda a trama o leitor se sente convidado a ver, conhecer, amar, ter empatia, por vezes até detestar cada um dos personagens em suas particularidades. Aqui ficamos conhecendo as fraquezas, as imperfeições, os medos e também a doçura, a beleza do querer bem. Um final surpreendente! Parabéns

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