sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Direita ou Esquerda, violência e inércia.

        Críticas e olhar de censura daqueles que calam à força os desafetos poderão surgir deste protesto. Mas, na verdade, eu acho que todo aquele que tem acesso a qualquer meio de comunicação tem uma função maior que vai além da mera crítica vazia - ou da insatisfação com a vida e a sociedade. Ainda que seja assim ou assado, eu resisto e falo.
     O objetivo – além de resistir - também é de informar e envolver intelectualmente as pessoas, interagindo através da provocação que leva à reflexão contra injustiças e patifarias.
     Bem... Parece meio óbvio e vago falar assim, mas eu me sinto isolado. Eu me sinto como se fosse um nada a quem me representa.
      Pois é. Acontece que sempre optei em não pensar muito para poder dormir com a consciência tranquila. E não se trata de ser um alienado. Não, não! Somente por isso escrevo e me envolvo, e é disso que sobrevive o meu ímpeto e a minha crença numa vida melhor.
     Há um sentimento com uma energia esquisita no ar que me faz imaginar que adiante teremos tempos sombrios para o povo brasileiro. Um tempo perigoso e dramático, onde a verdade deturpada dos nossos lideres baterá de frente aos direitos básicos da maioria da sociedade. Quando o interesse espúrio da maioria da classe política e dos militares criam mecanismos para encobrir falcatruas e inocentar seus pares.
     Imagino que a deterioração da nossa democracia esteja maquiada por uma grave chantagem muito convincente que é advinda
 de mensagens subliminares repetidas até a exaustão em alguns meios de comunicação - imagino que logo aparecerão no rádio e tv justificativas para falsear ainda mais a verdade na tentativa de ludibriar novamente o povo menos instruído ou alegrar os radicais convertidos e convictos.
      Parece que a maioria do povo perdeu a medida de suas obrigações cívicas e até mesmo a memória dos que um dia lutaram pelo respeito ao estado de direito em tempos de chumbo quando por qualquer alguém poderia sentir o couro no lombo ou choque nas partes sexuais enquanto pendurado num pau de arara – um povo desmemoriado é um povo vulnerável e sem voz e que corre o risco de reviver seu passado cruel e injusto aos que discordam - muito conveniente aos que estão lá em cima.
     Enquanto isso acontece - ou deixa de acontecer - todos presenciam calados a representatividade de um estado moral e politicamente falido, que age através de uma força oculta que reprime em nome do poder da autoridade legitimamente nomeada pelo povo. Seria esse tipo de sociedade e lideres melhores que buscamos em cada novo pleito?
     O pior e injustificável é que nunca vemos a presença desses lideres, -  que pregam a moralidade e justiça com toda hipocrisia - em comunidades carentes, quando o que surge é apenas a falta de ética no exercício do próprio cargo ou de seus nomeados com comportamentos inadequados.  

      Não há determinação realmente forte do governo para ação aos menos favorecidos com acompanhamento de psicólogos, professores, enfermeiros, médicos ou pessoas que levem a paz aos aflitos. Enquanto isso personagens tipo padre Júlio Lancelotti são perseguidos. Aliás, é assim com qualquer um que traga conforto e segurança aos menos favorecidos, sem-tetos ou desorientados. Não! O que assistimos na tv é a mentira, os mesmos e já conhecidos caras-de-pau, com o dedo em riste ou com o sorriso irônico, em mentiras descabidas desqualificado boas ações e enaltecendo o crime.
     Por isso a sociedade em metamorfose cria seus próprios lideres ocultos, aqueles que trazem algum conforto e proteção através da lei do cão e do medo; são as milícias dominando morros no Rio de Janeiro, o crime criando e oficializando seu próprio partido em São Paulo, embalados pela a lei do cão à margem da lei oficial que se espalha pelo Brasil. Um poder paralelo surgido da omissão total do estado que dura décadas. 
       As novas leis do submundo do crime emergem para toda a sociedade com seus tentáculos. As regras são claras e determinam normas de comportamento e também punições muito severas para qualquer um de qualquer cidade dominada pelo submundo. 
     Os julgamentos aqui de fora acontecem lá dentro dos presídios (alguns até de segurança máxima) e se dão via tecnologia moderna: Smartfones de última geração em vídeo conferências; tudo diretamente de celas com TVs de leds de 60 polegadas, aparelhos de som potentes e freezer novinho. Chic isso! 
     Essas novas leis e forma de comportamento não foram criadas pelo bandidinho pé de chinelo sem dinheiro para pagar advogado. Essas novas leis impostas a toda a sociedade nasceram das mais perigosas e engenhosas mentes que nos oprimem silenciosamente - independentemente da vontade de mudança para o bem da maioria. Chega de lá, dos poderes executivo e legislativo que atuam para isso; um tipo de poder conjunto legitimamente eleito pelo povo contra ele mesmo.
       Continuo na mesma: eu me sinto isolado e perdido. Estou rodeado por quadrilheiros e novas leis que chegam de cima para baixo e de baixo para cima a todo momento, que me são impostas à revelia por todos os ângulos e parâmetros da minha existência.
       Eu me sinto totalmente vilipendiado e torturado, fico numa encruzilhada entre a violência e a inércia – tudo muito conveniente ao estado e ao governo que aí está, que já esteve ou que estará. 
     Eu me sinto como um suspeito, um criminoso e uma vítima; como alguém que deveria permanecer calado e de
 cabeça baixa e fazendo saudações: ora ao sistema dos poderosos lá do alto e ora aos poderosos do crime aqui embaixo. E dessa forma sofrer menos efeitos e consequências do inevitável. 
     Sou como alguém que sofre de um ímpeto que confunde em suas ações o certo e o errado, alto e baixo, direita e esquerda e que no final de tudo relembra do termo “dívida interna” que descreve bem o que os políticos devem à população e o que os criminosos, de todas as estirpes, dão a ela como premio de consolação. 
     Todos eles juntos e em consonância tomam muito ou pouco dos ricos, dos pobres, dos sem-teto, dos desmemoriados, dos desencaminhados, dos índios, brancos, pardos, mestiços e negros. Tomam nos parques públicos, ruas, becos, vielas e avenidas. Acharcam dos cristãos, espíritas, judeus, budistas e muçulmanos e novos convertidos (religiosa ou politicamente). Exploram da saúde, do transporte público e da educação. Oferecem ao povo água com cloro e insalubre, comida básica no prato-feito e lazer gratuito em logadouros públicos mal cuidados. Tomam dos sãos, dos loucos, enfermos e curados de suas iras. Tomam dos héteros, gays, lésbicas e também dos indecisos. Recomendam pela propaganda shopping center, cinema, teatro e circo, tudo sem incentivo e custando caro. E no final movimentam os pauzinhos desse enorme marionete com os qual se divertem todos os dias: nós, o povo! Pois, ora, o povo sempre servil do Brasil!



O Gado

     Eu sei que não está sendo nada fácil e que talvez nada de útil eu possa lhe dizer que ainda não saiba sobre todos os problemas diante dos nossos olhos incrédulos. Nós sabemos das diferenças, das dificuldades e de todas as desavenças que estão acontecendo - ou nem tanto - e que o tempo para sair de tudo ainda parece muito difícil. Penso comigo: será que alguns desses momentos tão complicados um dia não passaram pelo íntimo de cada um de nós antes de tudo acontecer? E se passaram, será que anteriormente e depois disso muita coisa não foi mudando dentro da gente? Algum lugar mais profundo do meu ou do seu ser não teria mudado enquanto estávamos tristes e apenas vivíamos um dia após o outro como se o amanhã nunca trouxesse mudanças ou esperanças? 
    Pois é... Saiba que são extremamente perversas essas tristezas levadas adiante - sem perdão - quando se tenta explicar a si mesmo as atitudes daqueles que um dia agiram de um jeito tão filha da puta com a gente, e que não sabíamos de nada antes de tudo vir à tona. Isso aconteceu como uma doença a qual não se dá muita importância e os sintomas desaparecem de repente e, depois de um tempo, ressurgem pior do que poderia se imaginar e vai ao fundo da alma, a tudo que se possa julgar incorreto formando uma emaranhado de situações difíceis de entender - destes que repudiam os outros e se perdem aos poucos em suas ambições. 
     Ahhh, se fosse possível enxergar além dos curtos limites da pura ilusão... Talvez o saber indicasse o caminho certo vindo dos pressentimentos, e com isso haveria mais confiança para suportar essa tristeza e indignação. 
    Há um momento em que algo novo entra na gente, algo que é completamente desconhecido: novos sentimentos com aquele gostinho de má interpretação de sinais. Todos ao redor podem convergir ou recuar diante de um enorme silêncio da novidade aparente que nem era tão desconhecida assim e que surgiu no noticiário dia após dia; novidade que se ergue pouco a pouco, caladinha, e bate lá dentro quando o humor novamente muda para pior. 
    As tristezas com o passado nem parecem momentos de tanta tensão, diante do desastre causador de paralisia, justamente porque de determinado momento em diante aconteceu a sensação de perda de rumo com uma novidade de manhã, de tarde e de noite; e num único relance todo o sentimento, que parecia tão familiar é abandonado novamente quando há a transição de onde não se pode sair ileso. Eis porque toda depressão demora a passar: ela entra, vai fundo e penetra no coração da gente até machucar a alma. Talvez por outros motivos inconscientes à nossa própria  vontade de acreditar e de ser feliz ela nem esteja mais lá no fundo - já tenha se diluído nas memórias do ontem que se foi, afinal de contas hoje existem novos motivos. A certeza é que nunca se pode saber exatamente o que há de verdadeiro nas sensações e suas motivações. Facilmente alguém poderia dizer que nada demais acontece se a gente não quiser que aconteça, no entanto, as cicatrizes ficam e novos machucados aparecem fazendo questão de mostrar a cada dia o porquê do transtorno e estranheza durante tanto tempo com essa situação interminável.
     Muitas vezes, num momento de calmaria e de pouca importância, ou aparentemente sem significação, é que a visão de algum futuro entra em nós, uma visão mais próxima da vida normal do que antes, e assim novamente tudo se sucede como um grande acontecimento de redenção. E quanto mais possível for olhar para si mesmo de fora, com um olhar de neutralidade e paciência, mais profunda será a conquista por um destino feliz. E quando no dia seguinte ele vier a acontecer – isto é, quando os bons fluídos saírem de nós para chegarem aos outros – com toda certeza nós os sentiremos tão próximos e unidos que nem daremos conta que o tempo tão esperado de igualdade para todos demorou mas chegou. 
É preciso – é uma construção que aos poucos tem que se desenvolver no sentido lógico, emocional e espiritual da vida – e nada de estranho irá nos acalmar, exceto aquilo que já estava lá dentro há muito tempo - a nossa vontade de usufruir de uma vida digna.
      É necessário reconhecer com isso que aquilo que alguns chamam de “destino e atitudes” está dentro de cada um de nós, e com as noções relativas daquilo que se pratica no lugar que cada um tem dentro da sociedade. Muitas pessoas não conseguem perceber o que delas sai, talvez isso tenha mesmo acontecido conosco aos sermos tomados pela cegueira - o que levou receber isto que vem dos palácios, das côrtes, dos discursos, das promessas, das leis, da repressão, da censura, dos debates e desse ímpeto incontrolável dos canalhas por poder e dinheiro. Porém, ao parecer o quanto estranhos e confusos todos nós estamos, não percebemos o que de nós sai e o que nos falta para reagir verdadeiramente, porque a inércia demonstra que ainda não absorvermos com real intensidade o destino que nos é oferecido. 
     O julgamento de cada um sobre cada momento insólito leva à opinião de que nada igual já houvera acontecido. Por isso sempre surge um movimento em busca de uma solução tão próxima que nunca chega para um futuro promissor - engraçado como às vezes sorte e destino não combinam muito bem nessas ocasiões, não é mesmo?  
      O medo interior se carrega de nos manter nessa inércia e nos engana o tempo todo, quando o melhor seria admitir que estamos completamente sós, e que todos os pontos nos quais nos apoiávamos antes com relativa segurança, foram retirados. E assim ficamos entregues ao inominável como se estivéssemos sendo arrastados pelos ares e caindo como uma pedra despedaçada e nada fôssemos além de pó. 
      É claro que de momento em momento alguém sempre inventará uma mentira enorme para acalentar o estado dos sentidos primordiais, fazendo com que todas as medidas, distâncias e transformações se alterem na conveniência daqueles que insistem em continuar se prevalecendo em detrimento da maioria. Para sair disso é preciso coragem. No fundo, mas bem lá no fundinho mesmo, a única coragem que parece que dispomos é a coragem inconsciente de aceitar na total plenitude a própria existência, e que tudo é possível dentro dela para sobreviver, para o resto prevalece apenas a insegurança e os desmandos aos quais estamos submetidos. A coragem diante do absurdo e a força inerente à massa, é exigida em determinados momentos para a superação. Somente quem já está preparado para tanto, quem não exclui nada, nem mesmo o diferente, e nem aceita tantas mazelas e desmandos, poderá viver algo empolgante e vivo em busca de uma real mudança dessa situação. 
     Ao redor de nós criaram laços e armadilhas que nos angustiam e atormentam enquanto permanecemos calados e trancafiados dentro si mesmos. Todos os abismos, perigos e incertezas também foram criados assim. Se, por causa disso fosse possível basear a organização da vida, segundo o princípio que aconselha sempre o isolamento social, tudo o que parece estranho agora se tornará muito difícil depois - e poderá chegar um desamparo ao ponto da sociedade inteira implorar auxílio. Deve-se então imaginar que algo de novo deverá acontecer, por que a sociedade não esquece, como alguns  pensam insistentemente. A vida ainda nos segura e não nos deixa cair no desamparo e falta de esperança. Por isso não vale a pena tentar fazer de conta que não existe inquietação, traumas ou decepções, pois não há como saber por quais motivos isso foi bom para o aperfeiçoamento social. Muito menos viver na auto-penitência com a cruel pergunta do por que o mundo é assim tão injusto para alguns? 
     Não tema... Tanta coisa já aconteceu, seja paciente e mantenha a confiança que a mobilização definitiva terá a hora certa para acontecer. Creia que há dias em que nada se pode fazer senão esperar para não tirar conclusões com antecipação daquilo que ainda não aconteceu. Pense alto, pense que mais que os erros que condena, e aparecem como um vício na esteira da vida daqueles que estão lá em cima, grande parte da culpa de tudo é da permissão que demos para nos acorrentarem como escravos ao destino cruel sem que houvêssemos pedido. Sabe de uma coisa? Muitas vezes uma ação se torna uma necessidade que não se pode evitar e poderá ser acolhida pela vida com uma habilidade dolorida, no entanto, essa ação não poderá naufragar pelos nomes dados pela regras da sociedade, pela educação ou pela ética comportamental a determinadas atitudes, e sim pelas intenções por detrás delas. Mas logo em seguida, quando tudo passar e voltar ao normal, a ordem será resgatada em silêncio pela chegada da grande vitória do povo marcado a ferro e fogo. 
     Sem esclarecimento e união jamais é possível triunfar, pois, se assim fosse, o triunfo seria apenas uma reação moral sem significação ampla e sem um rumo para o futuro; com conhecimento e a união despojada de interesses escusos sempre existirá a oportunidade de encontrar uma parte da vida que se desconhecia até então. 
   A vida exige sempre o abandono do degrau anterior para alcançar o próximo, eis porque agora é preciso entender que a luta nunca deixará de ser difícil em busca do melhor para todos e não apenas para poucos privilegiados que conduzem o gado ao seu bel prazer e conveniência.

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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Pios De Coruja

   

  Numa noite de setembro o céu estava limpo e a lua crescente. O seu brilho marcava revelações de um amor com muita entrega, - bem além do habitual – sem contar, as experiências imaginárias de cada um com a magia romântica do luar, que sempre parece mais encantador no alto da serra.
      A porta da entrada rangia um pouco nas dobradiças, a noite não estava fria e nem quente, parei, ainda do lado de fora, e me acostumei com a claridade mínima do lado de dentro. - "Eu gostaria da escuridão total, mas para isso eu teria de voltar e recomeçar do zero, mas me pareceu impossível na atual circunstância da vida em que preciso usar óculos". Dei dois ou três passos e me aprofundei, até marcar o meu novo ponto para uma experiência romântica cheia de novidades.
     Fitei o ambiente repleto de ideias e sugestões, fiz até a metade, porque seria pedir demais que ele estivesse tomado por todos os cantos até o teto. Descobri que o tom azul-pálido que iluminava o céu foi capaz de produzir mais loucura do que medo durante a viagem, e assim prossegui com o olhar altivo e as mãos suando.
     Parei os pensamentos por um segundo e tentei respirar fundo, mas como sempre acontece, não consegui. Senti um enorme desespero pela ansiedade do passo seguinte.
     Olhei, desta vez a porta totalmente aberta atrás de mim, parecia que a lua ficou lá longe, me convenci de que não haveria perguntas inconvenientes e muito menos picuinhas. E para falar a verdade, se houvessem, eu não saberia o que responder, porque me vi perplexo diante da mesma conclusão que sempre volta quando penso nisso: estou completamente envolvido! 
     Então me pus a imaginar como seria se eu soubesse desenhar e alguém me pedisse um retrato seu. A resposta viria  rápidamente: não conseguiria nem que fosse com traços simples. No máximo ficaria limitado a um risco, a uma simples tentativa de intenções de traçar no papel a sua imagem que me cativa. E esse pseudo-desenho que nunca existiria seria como uma espécie de arrependimento, uma declaração de que ainda não a conheci o suficiente para poder desenhar uma imagem fiel aos seus traços físicos magníficos.
      Certas coisas quando faladas dessa maneira, podem até dar a impressão de nunca termos conseguido construir um enredo consistente o suficiente para irmos além da vida comum. Mas somos criativos, isso somos, é óbvio! 
       Parece bem simples quando dito assim. Mas ainda há tantos pontos difíceis para se apoiar e ter a verdadeira convicção para acreditar que um dia ainda seja possível irmos adiante no que temos...
     Voltando ao tal desenho, digo o seguinte: além de todas as dificuldades que chegam no dia a dia, seria preciso que eu fosse dotado de uma memória poderosa para guardar tantos detalhes, ou cada particularidade dos seus trejeitos depois de tantos anos - para desenhar, riscar, rabiscar e não deixar tudo parecendo um rascunho mal acabado.
      De volta à serra: olhando de dentro do quarto para fora, o horizonte estava escuro e vazio, bem quieto e sem surpresas. No entanto, por mais estranho que parecesse, desta vez o silêncio não apenas me impacientou, como até mesmo me tranquilizou. Essa circunstância trouxe a serenidade, que por sua vez refletiu uma nova dimensão ao meu perfil de outrora, contraposto ao fundo do céu e da lua brilhante, o que fez meus olhos cintilarem com o fogo da paixão.
      Continuei assim por um bom tempo. De repente, me dei conta de que não entendia o que pensava. Voltei ao princípio e comecei de novo, mas não cheguei a um acordo comigo mesmo. Percebi então que estava muito tenso, com várias partes do corpo em contração, em especial o pescoço e o ombro esquerdo. Eu ri de mim mesmo ao descobrir o motivo do incômodo: toda a minha atenção deixara de pertencer à lua crescente maravilhosa e se voltara para você. Talvez alguém me chamasse de louco se soubesse o que eu pensei naquele exato momento. Poderia inclusive pensar que lá dentro de mim tivesse algo extraordinário ou, quem sabe, trivial, e ao acaso, me olhando de rabo de olho, houvesse algo excepcional em meus  pensamentos para ser chamado apenas de diferente. 
      Bem... Imaginei: "- Melhor deixar essas tolices de lado e parar de fazer conjecturas, me sinto cada vez mais ridículo tentando tirar conclusões definitivas sem testar as coisas antes'. Em seguida fui eu a arriscar o olhar, mas não de rabo de olho, foi firme e com um grave desvio de cabeça para a direita. Então eu a vi. Estava com os olhos fixos em mim se mantendo por algum tempo. A distância entre nós era suficiente para que eu percebesse que o seu nariz sempre teve contornos parecidos ao meu. Voltei a olhar a lua e você me acompanhou, ficamos na mesma posição por um longo instante. 
     Em seguida você se virou e tentou percorrer o corredor das minhas ideias deixadas para trás. Apontei para a escuridão e prossegui no jogo, feito uma criança encantada com o brinquedo novo que acabou de ganhar. Você arqueou-se e iniciou um sorriso. Pareceu uma coisa tão sem importância, tão boba, e de repente, sem que eu pudesse dominar, abriu-se um fluxo para lhe receber: uma trilhazinha estreita, tímida, mas capaz de fazer disparar o coração e propor à imagem desse afortunado o olhar adiante como se jamais houvesse vida antes.
       Eu, pela segunda vez naquela noite, a vi; pensativa, séria, examinando um ponto indefinido no meu semblante, explorando o corredor das ideias imediatas e os degraus das minhas memórias. Não me movi e continuei a olhar o seu perfil sutilmente questionador e passageiro. Mas novamente passou e logo chegou novos sorrisos. Ficamos perdidos um no outro, mirando como se nada mais existisse no mundo, ou como se a nossa vida se resumisse a pedaços de marshmallows no espeto parcialmente derretidos no fogo de brasas da lareira. Se alguém me pedisse uma definição menos absurda, eu não saberia como dá-la. Mas nunca deixo de pensar que o instante de olhar a lua ao seu lado, seja qual for o significado, é um desses mistérios infinitos do Universo; o qual se iguala a dois pares de olhos fixos um no outro, tentando se conhecer melhor e, pouco a pouco, se entendendo, para depois penetrar ao fundo da retina e se entregar ao prazer. 
      O movimento das mãos e lábios molhados, era como se me dissessem, fique quieto, fique aí, não diga nada, não queira nada, não pense em nada; eu adivinharei o que você precisa; deixe os detalhes por minha conta; nem sequer viva, eu farei por você; observe e sinta meus movimentos; faça com todos os seus sentidos e por sua existência inteira, estamos sob a luz da lua encantada e aquecidos com a chama da lareira. Agora você está comigo e a paz nos acompanha, a ansiedade inicial desaparecerá lentamente sob seus olhos.
       Seguiu-se um beijo longo, quase cruelmente tentador, que fez segundos parecem horas. A minha respiração foi se amainando, os pensamentos se estabilizando, ficando mais suaves, profundos, até o limite possível de lembrar que um dia, lá atrás, por um motivo tolo, o peito estava apertado.
      De repente, ela se moveu e se colocou ao meu lado, segurou a minha mão enquanto continuávamos banhados pelo calor das últimas brasas e disse:
       “Agora está tudo bem?”
      Fiz que sim com um aceno, levantamos e demos dois ou três passos à frente e ela continuou:
      “Nós comemos, bebemos e cuidamos das nossas coisas, agora vamos encarar um novo desafio? É o destino de cada um que deve ser somado”.    
      Fez-se um longo silêncio, durante o qual nos olhamos com brilho nos olhos, mas sem uma expressão definida no rosto. Ela suspirou, largou a minha mão e retornou até a porta para observar a escuridão que a lua crescente insistia em tentar iluminar. Eu passei por ela e me postei na pequena varanda, sentei-me na mureta para me perder apurando os sentidos enquanto ouvia vários pios de coruja vindo das árvores. Tentei imaginar a vida com novas modificações, novos modos de agir, anseios e movimentos. E aos poucos fui ampliando o olhar para as pequenas coisas, aquelas mesmo! As quais sempre havia sido alertado e nunca parei para observar. Dessa forma tentei chegar às maiores e depois de volta às pequenas, juntando tudo para depois separar - esperando para o que viesse desse futuro imaginário, deveras promissor, feito por um raro momento de quando alguém sente um aperto no peito e olha ao redor com atenção, absorve todas as energias e raras experiências trazidas pelo destino.  Experiências tais e quais podem apenas ser proporcionadas aos sonhadores e corajosos que se atiram. E assim podem sentir-se completos, através da magia da lua crescente de setembro, juntamente com a sonata noturna de pios de coruja que envolvem mistério, inteligência, sabedoria e conhecimento um do outro.

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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Vai cuidar da sua vida.

 

  Oi gente estou aqui de volta para conversar um pouquinho mais com vocês. Sempre com a ideia e a tentativa de mostrar a todos aquilo que normalmente não vemos, por exemplo, como é a gente para a gente mesmo e para os outros e, é claro, como nós funcionamos. Uma das coisas mais aflitivas que existe é pensarmos que estamos fazendo tudo certo mas, no resultado prático final, acontece algo que nos mostra que estamos fazendo tudo errado. Aí, é quando chegam todos os porquês da vida e a conclusão sempre desaba em nada que possa ser realmente útil. Então você pergunta: Como fazer direito? Eu digo que o "como" é mesmo muito importante, é muito útil e é muito da vivência de cada um. Digo também que as pessoas não notam certas situações muito importantes que acontecem ao seu redor, momentos que pertencem às suas vidas no dia a dia, as quais, eu penso, deveriam ser tratadas com mais atenção. Mas isso já se tornou um hábito que faz parte da rotina, no entanto, nada mais é que falta de desenvolver determinadas sensibilidades, pois alguns seres só conseguem perceber as coisas quando alguém mostra a eles. Por isso que existem as escolas e as formas de ensinar que desenvolvem o intelecto das pessoas desde pequenas. Porque, apesar de sermos muito capazes, exigimos estimulação para tudo. Inclusive, a prática dessa ação, de mudar o estado de atenção para as coisas e pessoas, serve para todos os aspectos da vida, passando e burilando, pelo árduo trabalho do nosso lado emocional através dos anos, na tentativa de favorecer a evolução do nosso lado espiritual. Eu sei que você está fazendo força e querendo fazer o certo. Exatamente por isso é importante essas palavras aqui, as quais poderão ser o indicativo de uma luz que mostra um caminho ou apenas uma reflexão com a intenção de mudança nos hábitos e comportamentos, os quais incomodam quando mostrados por alguém, mas podem ser logo resolvidos se forem mudados de sintonia a tempo. Apenas pensar em qualquer dessas alternativas já será um grande progresso. É muito importante saber que partindo desse ponto chega a transformação, mas é só você que pode se transformar. Ninguém, mas ninguém mesmo, poderá salvá-la do imobilismo se você não se mexer em busca de um futuro diferente do que foi esse seu passado e é o seu presente. É um trabalho do seu "Eu" interior, do seu "Eu" arbítrio, do seu "Eu" escolha... Você pode e terá de fazer esse trabalho de opções cedo ou tarde. Pois a vida vai passando e vamos ficando velhos. Enquanto isso, a idade cobra as decisões de mudança que deixamos de tomar quando tínhamos mais disposição, mais saúde e a coragem para enfrentar um mundo novo e desconhecido. Nosso rosto vai ficando cada vez mais marcado, a pele de todo o corpo manchada e as mãos e o pescoço revelando a todos as muitas e muitas décadas que já se passaram. Só por esse preço elevado que a velhice cobra é essencial viver o agora fazendo novos planos, - do que quer que seja - e realizá-los. Não dá mais para esperar até que o corpo peça uma trégua permanente e a cabeça nem esteja boa para ter novas ideias criativas para botar a vida em funcionamento. É muito fácil viver acomodadamente, mantendo uma rotina que parece não trazer mais nenhum entusiasmo, sentido para a vida ou novidade boa, evitando situações que mexam com as raízes que fincamos dentro das nossas convicções há tanto tempo, já estabelecidas por tantos atropelos do passado, e sendo misturadas com as intermináveis obrigações do presente. É preciso entender que as escolhas que se apresentam estejam livres da influência de outra ou de outras pessoas, pois você é responsável por você e mais ninguém. Você não pode mais se colocar nessa posição de eterna obrigação em ser responsável pelos outros. Aliás, você acha que é um dever da sua parte e é um direito seu agir assim,  porque, no final das contas, os outros vão fazer aquilo que der na cabeça deles e pronto. Sendo ou não a sua vontade respeitada, você estará sempre cumprindo o papel conforme o script que você determinou para si e, é claro, sempre à espera de um reconhecimento no futuro. Essa cena em sua vida parece se repetir no decorrer dos anos, e se refere a todo tipo de relação emocional que já teve e com as pessoas que participam dela. O mais interessante com você e seus scripts tão bem planejados é quando algo sai fora do roteiro - de uma pessoa muito próxima de você - e a tal pessoa tem que ir para longe namorar alguém ou quer morar em outra cidade, - tudo em nome das novas experiências que poderá adquirir e de um padrão de vida melhor - e ela nem se importa se você vai sentir falta da presença dela ou não. Diante disso nem adianta imaginar que é possível "curar" alguém com essa história do não faça assim, não faça assado ou, então, silenciosamente, agir de uma forma que a pessoa sempre se sinta aprovada em tudo que deseja, e isso também seja bom para você a fazendo feliz. Engano seu. Isso chama-se mimo. Gente mimada não lida bem com contrariedades e não abre mão de seus desejos egoístas, mesmo que sejam em prejuízo dos outros ou de um conjunto familiar. Gente assim cria tantas situações que haja saco para enfrentar, mas que devem ser enfrentadas ou por quem é mais velho ou por quem tem mais juízo, querendo ou não, gostando ou não. Porém, isso vai desgastando e não dá sossego com cada dia uma nova exigência, um novo problema, um novo querer, já que tudo o que vem, tudo o que é conquistado ou, tudo que é dado, nunca é suficiente. Você já ouviu muitos desaforos por causa disso, não é mesmo? Já disseram pra você que você estava enrolando, que você estava isso ou que você estava aquilo, fazendo corpo mole, dando desculpas para atender as "exigências". Não, não. Não eram pedidos eram "E-XI-GÊN-CIAS".  Você já levou muito na cara e não aprendeu.... Olha...É cada situação nessa vida...  Eu vejo pessoas verdadeiramente atormentadas tentando driblar daqui e dali, mas ao final acabam mesmo por ceder à chantagem por puro cansaço. Porque os mesmos lemas sempre prevalecem: "Você é namorada e tem fazer isso para o seu namorado. Você é esposa e tem fazer aquilo para seu marido. Você é mãe de filho pródigo e tem que dar o que seu filho pede, mesmo que ele não precise daquilo ou não tenha equilíbrio emocional para tal. Ou você, no seu íntimo, perceba que aquilo não fará bem, já que ele precisa aprender a conquistar as coisas através do próprio suor". Mas não adianta... Essas ações são tão obsessivas para as pessoas que, quando as praticam, nem percebem se aquilo que estão fazendo vai realmente gerar o melhor para o outro e igualmente para si mesmas. Fazem apenas pelo condicionamento da obrigação ou da pressão. Ou, na maioria dos casos que cedem, agem apenas como um desencargo de consciência para amealhar a admiração tão desejada daquele que usa esse tipo de artifício da chantagem emocional para viver só "de boa". Isso, inconscientemente, vira um inferno. Aí, você, percebendo o joguinho, fica chata pra cacete, reclama... Tudo vira mágoa e tristeza, praticamente um comecinho de depressão, com um buraco no peito se abrindo pela falta de reconhecimento da verdadeira dedicação da sua vida inteira, uma entrega feita com o mais puro e verdadeiro amor de todos . Mas você precisa fazer a opção de mudança e se libertar, pois se não o fizer virá depois o peso na consciência com sua vida definhando, suas forças se esgotando e sua saúde capengando. Apesar de hoje em dia você tocar a vida e fazer todas as coisas como se fossem normais a mágoa e a tristeza consigo mesma só aumenta quando percebe que mais de 10 ou 20 anos já se passaram e não aconteceu nada conforme o seu script. É claro que você esconde, tentando demonstrar que não é bem assim, mas está tudo aí dentro influenciando o seu bem-estar e a sua postura no mundo, incluindo suas relações afetivas com o sexo oposto e o seu romantismo que parece que murchou. Você sabe que perdeu o gosto por muita coisa por causa disso, com esse negócio de cuidar dos outros, de gente já crescida, como se fossem criancinhas indefesas, colocando sua vida e necessidades afetivas em segundo, terceiro ou décimo plano. Você lembra antes como você era diferente? Você era mais alegre, gostava de namorar, de passear, de viver aventuras inusitadas que faziam a adrenalina subir e o coração batendo num ritmo tão acelerado a ponto de querer sair fora do peito. Acabou, né? Sabe como é o nome dessa doença que você sente agora? Velhice! Não, não. Não é velhice em relação a  idade, é por esse tipo de conduta de abdicar da própria vida, ou de planos mais ousados de futuro ao lado de alguém, em nome de uma comodidade com a desculpa de ter uma missão a cumprir que deve ser levada até o fim. Lembre-se que ao final dessa missão pode ser tarde demais para um ou para outro e o tempo perdido não se recupera mais. Essa faixa energética que você escolheu para viver machuca os planos de um novo alguém em sua vida, afeta os desejos e sentimentos e, principalmente, ataca o seu corpo que já aos poucos dá sinais de doenças crônicas. São essas dores nas costas que a incomodam, não são? É dor aqui e dor ali, esquecimento de coisas passadas ou recentes, olha só... Que coisa, hein?... Infelizmente, isso vai somando e somando mais, podendo um dia acabar num câncer ou Alzheimer. Tudo porque você está há anos e anos expondo o seu corpo e a sua mente à situações negativas trazidas pelos problemas e inseguranças dos outros. Você não é de ferro e nem imortal, não abdique de viver a sua própria vida e suas próprias necessidades. Aprenda a viver o agora realizando coisas boas exclusivamente para você e, também, para aquele que você escolher como o seu par amoroso que poderá dividir a vida com você até os últimos dias. Olha... Preste atenção: pare de imitar a sua mãe. Ela já viveu os melhores momentos que teve e pôde viver muito intensamente, e já cumpriu a missão dela com você. Mas você não precisa ser como ela. Os tempos são outros. A forma de cuidar, educar e proteger hoje são diferentes. O mundo evoluiu e o de hoje não é o de 40 ou 50 anos atrás. Será que você não enxerga isso para ser boa consigo mesma? Não vê que você faz o melhor pelos outros e não faz para si? É o fim da picada, viu! Pelo amor de Deus, cadê a compaixão consigo mesma? Se você não tem compaixão por si mesma ninguém terá por você. E não adianta ficar bravinha e sair batendo o pé no chão, resmungando pelos cantos da casa, lamentando que ninguém reconhece os seus esforços. Pare de ser mendiga em busca de reconhecimento, só porque você vive em função de satisfazer as vontades e escolhas dos outros. Como você rasteja e se submete, não é mesmo? Até faz pirraça, dá bronca e fica de mal. Só falta pedir para dar o dedinho para completar o ritual. Que horror! Como é infantil... Depois reclama que sua vida afetiva é uma porcaria, que você vive sempre na dúvida e na incerteza se vale mesmo a pena ter um relacionamento sério com um homem que você gosta. Está muito fácil de perceber e resolver, mas você reluta, não quer, é algo mais forte que move você e seus pensamentos, não é mesmo? É a missão. A sua missão. Aquela que foi dada por Deus e deve prevalecer sempre. É... Parece que essa sua energia está uma porcaria porque você deu tudo para os outros e você continua se negando a receber o que poderia ser bom ou diferente. Diante disso, você vai dormir esgotada e o seu sub-consciente fustiga a noite toda e você acorda pior do que quando foi dormir, aí, você briga e se afasta de todos que gostam de você, falo aqueles que se aproximam sem usar da chantagem emocional para obter vantagem, é claro, que querem apenas dar e receber amor e carinho, mas você nem nota. Geralmente o que causa isso, esse seu desânimo com a vida, esse seu sono e cansaço, é o vampirismo. Toda a sua vitalidade está sendo sugada sem que perceba. Ainda não notou como você fica quando está próxima das pessoas de casa? Esse fenômeno sempre é pior com as pessoas da sua casa ou do trabalho. Pare, observe e sinta as energias que emanam de você e para você. Engraçado isso, né? Porém é trágico para quem não se dá conta e não tenta mudar. Mas você continua assim mesmo, vai na velha toada. O outro sempre em primeiro lugar e nunca você. Como será reposta a sua energia que foi sugada? Acho que vai ficar sem ela e com as consequências que isso acarretará enquanto estiver nessa faixa que escolheu viver. Gerencie melhor seus sentimentos, suas observações, suas ações e liberte seu corpo, assim como a sua alma, para viver melhor, saia da mesmice e dessa obrigação escrava que impôs para si mesma. Repito aqui, de acordo com a minha visão, o que não se deve fazer: "sempre tentar resolver a vida dos outros ou esperar que outros resolvam a vida deles para você resolver a sua". Entendeu estrupício! Coisinha complicada é você. Arffff! Vai... Vai cuidar da sua vida. Mexa-se! Livre-se das más recordações e daquelas ações feitas por você ou pelos outros que poluem a sua mente e envenenam o seu coração. Liberte a si mesma e libere os outros das amarras para que vivam as próprias experiências com responsabilidade. A vida de cada um é única e pode ser vivida uma só vez. Não viva a vida dos outros pelos outros e nem deixe que controlem ou vivam a sua. Busque novas maneiras de encarar as pessoas e a realidade delas como sendo um novo aprendizado, pois o pássaro só aprende a voar quando ele sai do ninho e salta da beira do abismo em direção ao horizonte, que antes temido, passou a ser um destino lindo, inexplorado e maravilhoso.    



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O Que Falar, Como Olhar e Como Se Portar

   


Olha... A quantidade de gente que deixa comentários aqui, principalmente falando o quanto se identifica com as questões colocadas, é realmente surpreendente para mim. Isso me deixa lisonjeado e muito contente. Bem... O texto de hoje é daquele tipo "papo reto". Vou falar de alguns maus hábitos que quase sempre cometemos e que podem afastar ou irritar muito a pessoa que está ao nosso lado. Se você realmente se identificar com alguns pontos citados aqui ou, mesmo que diga que isso nunca aconteceu com você, peço, por gentileza, deixe seu comentário, conte um pouco do seu pensamento, dê sua opinião e clique em "seguir", pois isso ajuda muito a divulgar esses escritos nos mecanismos de busca da internet.

Vamos lá... Existem muitas coisas que as pessoas fazem, sem se dar conta, e podem causar grande incomodo ao outro num encontro ou numa conversa. Por exemplo: Se você disser que um dia gostaria de fazer uma viagem de férias para Europa, porque nunca saiu do Brasil, a tal pessoa dirá que já foi tantas vezes para a Europa que até já enjoou, inclusive, esteve na Praça de São Pedro no Vaticano recebendo a benção do Papa. Postou a foto no Instagram e recebeu milhares de views. Mas, para ela, isso já é passado e num futuro próximo, a tal pessoa, pretende conhecer a Índia ou as pirâmides do Egito, onde seus pais já estiveram quando eram jovens. Ou que, em breve, irá se mudar para Nova Zelândia porque tem um parente que foi pra lá e está se dando muito bem. Afinal de contas, o salário lá é ótimo, a qualidade de vida é mais que ótima, as casas são baratas para comprar e o nível de segurança nem se compara com o Brasil. Até já começou o curso intensivo de Inglês cinco vezes por semana - é pra já chegar falando. Mas, se o parente tivesse ido morar na Grécia também seria bom, porque aí o cursinho intensivo seria de Grego. Enfim... Dado esses exemplos, pense e analise se o que você irá contar a seu respeito para alguém, alguém que você está querendo conquistar ou já está em sua vida, é realmente uma característica sua. Ou é algo que você está dizendo apenas para impressionar, exibindo suas vantagens obtidas na vida. Ou, numa última hipótese, não está dando a miníma ou, o menor valor, pelo interesse da pessoa em ficar com você, já que faz tantos planos para ir morar em outro continente. Então... Se for só para se exibir segure o seu impulso, até porque, se você realmente é uma pessoa boa em alguma coisa, o verdadeiro valor será dado por quem está lhe escutando e observando. Aos poucos a pessoa irá reconhecer naturalmente os seus valores, sem a necessidade que faça um relatório completo das situações pelas quais já passou ou deseja passar. Imagino que essa dica demonstra que não é legal querer impressionar o outro contando vantagens daquilo que já foi, ou é, ou será. Coisas que só prestam para causar incertezas e inseguranças dentro de um atual ou futuro relacionamento. Certo? Outra coisa chata, e essa me irrita bastante quando acontece, é aquela situação do (des)focar daquela pessoa com quem você está conversando ou tentando obter a atenção. Sabe aquela pessoa que sempre parece estar ligada em outra coisa e nunca em você? Aquele tipo que você dá toda a atenção quando ela fala, se focando nela, olhando nos olhos, se envolvendo no tema da conversa e demonstrando interesse? Pois é... Mas quando é a sua vez a pessoa fica olhando o celular, ou uma vitrine, um carro passando, muda de assunto repentinamente sem dar a miníma importância ao foi falado e, aí, chega num ponto que você precisa repetir tudo, ou em parte, do que foi dito? Ufaaa!... Isso realmente é mesmo muito horrível. É a típica demonstração que a pessoa não está interessada em você, pois, quando há realmente interesse há a troca, isso faz parte da arte da boa educação e também da sedução. Essa coisa de olhar celular toda hora, virar a cabeça para os lados examinando as pessoas que passam ou, pior, demonstrar total distração e desatenção, diminuem muito as chances da pessoa nutrir alguma admiração por você que faz isso todo o tempo. Afinal de contas, quando você está falando você quer atenção, não é mesmo? Por isso, focar o olhar de parte a parte é muito importante. Um conselho: tente sempre manter o olhar no outro e nunca em objetos ou passantes. Quando você mantém o olhar fixo nos olhos da pessoa, você transmite intensidade, impacto e demonstra interesse. Porém, tome muito cuidado com o excesso, jamais fique olhando daquele jeito como se estivesse hipnotizado(a), e nem com aquela cara de intelectual com diploma da universidade Harvard. Eu até entendo que às vezes estamos prestando tanta atenção em nossos próprios pensamentos, e já elaborando o que diremos a seguir, que não é fácil ficar olhando para o outro com o devido interesse durante muito tempo, mas também não é legal que seja sempre de uma forma fria e mecânica. É importante entender que manter a sua atenção visual, de uma forma natural e sem forçar, mas sempre voltada para pessoa, é o melhor a se fazer. Afinal não dizem que os olhos são as janelas da alma? É a mais pura verdade. Nada nos é mais íntimo do que os nossos olhos, porque os nossos olhos, na verdade, são uma extensão dos nossos desejos. Existe coisa mais fantástica do que você deixar que alguém que você quer por perto perceba os seus desejos mais íntimos? Os seus desejos, saindo através do olhar, são exatamente o que o outro deseja ver e sentir. Eles, os seus desejos, estão aí dentro, vão e vêm e se projetam. Os seus olhos vão indo para frente ou para cima e para baixo, sutilmente, fitando o do outro. Eles piscam, se fecham e vão se abrindo juntos como flores que desabrocham com o brilho do Sol. Olha só como isso é bonito. Dê oportunidade para que sempre aconteça. Olhar nos olhos de alguém é muito mais que abrir o caminho para perceber os desejos da pessoa por você. É acima de tudo um ato de carinho e interesse por quem está diante do brilho do seu olhar. Então pense nisso na próxima vez que for conversar com alguém, esse alguém por quem você demonstra tanto interesse em conquistar ou, até mesmo, aquela pessoa que já esteja fazendo parte da sua vida. A outra questão que eu gostaria de tocar também se refere ao olhar, mas numa abordagem um pouco diferente. Nunca adote aquele tipo de postura de olhar baixo, típico da pessoa pessimista ou da pessoa que não consegue lidar com uma contrariedade diante de certa expectativa criada. Essa atitude passa uma noção de tristeza, e ninguém gosta de estar com gente triste num momento de simples conversa, ou de conquista e sedução, nem mesmo num encontro como amigo(a) para dividir uma pizza no shopping. Essa postura da pessoa depressiva, triste e decepcionada, que geralmente se mantém com os braços cruzados, com a cabeça meio pendendo para lado, a coluna encurvada, a mãozinha segurando o queixo como a estátua do pensador e dizendo com aquela vozinha pra dentro: "sim, é... é sim.. é tão bom es-tar aqui con-ver-san-do com vo-cê", realmente desanima qualquer um a ponto da pessoa querer se levantar e ir embora. É preciso ter uma postura mais altiva, braços soltos e peito aberto. Pois quando abrimos o peito estamos abrindo a nossa emoção para quem está diante de nós. Quando nos abrimos de fato nos tornamos pessoas mais sedutoras. Ás vezes, quando estamos sentados diante de alguém, seja numa cadeira ou poltrona, a tendência é mesmo ir escorregando, meio que arriando o corpo, os ombros caindo, esquecendo a postura correta. Porém, a postura é muito importante diante de quem você quer impressionar. Então, por isso, corrija-se e mantenha-se firme e nunca largado(a) ou com os cotovelos em cima da mesa mantendo as mãos cruzadas segurando o queixo. Manter-se interessante faz muita diferença na impressão que quer passar ao seu par. O último ponto que desejo tocar é ainda na voz. Evite falar com uma voz que não ousa. É preciso ousar ao tentar passar uma opinião ou um desejo ao seu par. Assim como na questão do olhar e da postura, a sua voz também faz grande diferença na hora de se fazer entender com clareza. Lembre-se que o tom da sua voz pode atrapalhar muito na questão do entendimento daquilo que você deseja expressar, ou da sedução. Veja bem: não é a questão da voz ser fina ou grossa, bonita ou feia, é a questão da intensidade. Pois, tem gente que fala para dentro ou fala gritando, isso é uma coisa muito aflitiva para quem está ouvindo. No entanto, para quem tem um tino maior de observação, verá que naquele jeito de falar da pessoa demonstra muita coisa da personalidade dela - Impaciente, tímida, insegura ou agressiva. Assim, às vezes, é preciso incentivar ou chamar a atenção para que pessoa fale um pouco mais alto ou mais baixo. Pessoas assim, ao tentar se comunicar, nunca ousam ou quando ousam é aos gritos. Na maioria das situações a pessoa não percebe quando começa a comer e embolar as palavras e até mesmo falar gritando. Por incrível que pareça, pode mesmo perder o raciocínio lógico diante da timidez ou da empolgação, por achar que não tem o direito de se expor falando para dentro, ou, que tem direito demais, quando grita para se impor ou realçar suas verdades. Para mim isso nada mais é que o reflexo da falta de confiança no que está dizendo, ou, quem sabe, pode ser só mesmo a timidez que muda o comportamento diante de cada situação em que a pessoa se sinta acuada. No entanto, quem quer se expressar de forma que outro entenda e preste atenção precisa ter verdade, clareza, vitalidade e demonstrar desejo. Não me refiro ao desejo sexual, digo o desejo pela vida, pois o tempo passa muito rápido e logo estamos velhos, doentes e cansados. É preciso viver o agora, porque a vida é muito sedutora e muitas vezes fechamos a porta para ela e também, com um tipo de comportamento inadequado, para pessoas que poderiam compartilhar desses bons momentos conosco. Através da boa comunicação, e demais aspectos citados aqui, essa vida poderá ser melhor vivida ou continuar seguindo na mesmice de anos. É uma escolha. Então, diante da regrinha de manter o foco numa conversa o ideal é: Não falar bobagens ou situações que ameassem o interesse do outro em você, - pois ninguém gosta de se sentir ameaçado dentro de uma relação - olhar nos olhos com a postura altiva e determinada e a voz num tom que não seja quase inaudível ou alta demais. Seguindo assim você estará transmitindo com clareza a mensagem do que deseja. Isso fará a pessoa acreditar em você e no que você quer dizer. Por isso ela vai prestar mais atenção em suas qualidades. Certamente, a partir de então, você será uma pessoa muito interessante para quem estiver ao seu lado. Mas, se ainda assim, você não se considera capaz e acha que nunca conseguirá, então pratique em casa, fique diante do espelho ou então use gravador de voz do telefone celular e se escute. Desenvolva mais a sua voz, mude os tons e a altura de como coloca as palavras. Eu sei que muita gente diz que detesta ouvir a própria voz gravada e que às vezes nem reconhece a voz numa gravação. Se esse for seu caso não se preocupe com isso. É assim mesmo. Toda pessoa quando fala escuta a própria voz ressoando dentro da caixa craniana, então ela não ouve a própria voz como o outro ouve. É por isso que quando gravamos a voz pode até causar estranheza. Com essas dicas aprenda a brilhar e se colocar mais assertivamente, principalmente no aspecto de um encontro pessoalmente. Assim será uma pessoa mais admirável, melhor entendida e melhor aceita, aumentando em muito a possibilidade de conexão com o outro. E quanto mais intensos e aprimorados forem os seus atos e aprendizados, maiores serão as chances de você conquistar definitivamente aquela pessoa que você tanto busca ou que já tem ao seu lado. Pense nisso.

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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

O Amor Possível

        Pois é gente, novamente estou aqui para conversar com vocês, trazendo um pouco das minhas observações a respeito da vida, das relações humanas, dos amores e das nossas frustrações. Porque, afinal de contas, a busca de respostas é uma coisa que acompanha a todos. E todo mundo quer respostas em busca da compreensão de como a vida funciona, ou de como a gente funciona nas várias situações quando somos colocados à prova. No fundo nós sempre queremos acertar de verdade, mas acertar na plenitude não é algo tão simples. A gente antes precisa entender os limites de como é e como fazer o que se pretende ou a quem queremos nos dirigir ou mesmo atingir. Então... sendo assim... Olha... É com você que estou falando... Eu vou falar uma frase, por favor, preste bem atenção e leia nas entrelinhas ou no sentido literal das palavras, isso se quiser e puder, só para ver se um pedacinho dela cabe na sua vida: "Não importa qual é a dor ou qual é o problema a causa é sempre o seu orgulho". Você acha que entendeu a profundidade disso e o recadinho que estou lhe passando? Hummm.... Eu acho que você não entendeu nada. Primeiro, porque tudo o que a gente aprendeu sobre o orgulho não é essa representação de coisa má que todo mundo apregoa por aí. Nós não enxergamos que orgulho é sempre ilusão dentro de um estado meio letárgico causado, unicamente, por algo que age na nossa mente como se fosse uma droga viciante. Aí, diante das situações ou de imagens que idealizamos a respeito de esperar atos corretos dos outros, tudo mediante a nossa medida do que isso possa ser, nós acabamos botando uma crença naquilo - com aquela famigerada ação de demonstrar orgulho mantendo sempre um pé atrás na tentativa de se resguardar de futuras frustrações. Então, nessa postura imponente, você pensa: "Ahhh, isso é uma maravilha. Estou me protegendo e, como vantagem, ainda dando umas pisadinhas no outro e armando uma confusão imensa na cabeça dele com a minha reação intempestiva...". Aham....A sua certeza é de que esteja voando a favor do vento, de uma maneira tão forte e com a mesma segurança dos pés no chão, mas você não percebe que na verdade você está voando contra o vento. Então, de repente, do nada, bate forte aquela ventania e vem a queda. A queda feita com a decepção consigo mesma parece ter sido a pior dor que já sentiu, e ela foi fatal para seus sentimentos e emoções, não foi?. Mas não pense que você facilitou a queda ao reconhecer que errou quando não prestou atenção nos sinais que enviava, digo, a respeito daquela sua postura sútil de transmitir um tipo de insegurança ao outro de  que iria partir para longe a qualquer momento. Nãããããooooo! Apesar de já estar esborrachada no chão você ainda não aceita a queda e nem reconhece que houve um engano seu, afinal, você quer ter sempre a sensação de estar segura e com o vento a favor para a total liberdade de voar e ter horizontes para alcançar, tudo planejadinho e de acordo com sua vontade e o pensamento absoluto das razões e motivos que nunca deverão ser confrontados. Mas agora você já está no chão duro. Ele é frio e inóspito. Não tem o aconchego do seu par que a ama de verdade e nem uma almofadinha para se apoiar. Porém, antes desse orgulho aflorar, você foi entorpecida pelo amor que você nunca acreditou que existiria, ou, será que é apenas por isso que você chama jocosamente de "gostar"? "...se eu te procuro e ofereço presentinhos é porque eu gosto muito de você...". Você está sempre nessa mesma linha de expressão, como se acaso dizer que ama alguém fosse uma enorme complicação, comprometimento ou uma imensa mentira. É... Tudo isso é mesmo muito curioso... Já estou até sentindo a sua reação quando ler esse texto com aquele ar de contestação. "Eu não sou nada disso e não acontece nada parecido comigo! Você é que ainda não entendeu nadinha. Chão? Ah tá bom... Vai pensando... Eu tô é muito de boa aqui e bem segura com o ventinho a meu favor...". Então... Você vive no seu ventinho a favor dentro de um sonho que tem o delírio de achar que o monstro é o outro. Entendeu?Ainda não? Vou explicar... Ele é o monstro porque ele a machucou, ele a feriu, ele não transmitia confiança, ele a excluía de outras partes da vida dele, ele isso, ele aquilo... Então você voou para longe dele. Será que ele é mesmo um monstro ou foi a sua própria ilusão que a machucou? Você diz e lamenta que se entregou como podia, mesmo com o peso do pensamento da incerteza a acompanhando em cada nova situação, achando sempre que as coisas "deveriam" ser diferentes ou "poderiam" mudar a qualquer momento, mas, se mantinha calada e com certo ar de contrariedade para não deixar transparecer totalmente a sua insegurança, a qual vinha sempre acompanhada de desilusão com a atitude dele que não mudava. Esse foi o primeiro ensaio para desenvolver aquela tal postura do orgulho e soberba - com a não aceitação que o erro seria seu e não do outro. E por isso continuou naquela escalada infinita de palavras, como se fosse uma competição de argumentações com a intenção de provar que só você tem razão, pois, afinal, só ele pode ser a causa de tudo, só ele é o culpado e pronto! E, após muitas acusações, ainda assim, dizendo que é romântica, sonhadora e acredita no amor, por isso e só por isso, merecia algo melhor. Essa coisa de usar a fantasia do orgulho para ficar se enganando a faz ficar de mal com a vida. O seu lado agressivo é testado e reprimido por você minuto a minuto e, principalmente, deixando também muito mal com aquele que a ama de paixão e nada tem a ver com essas inseguranças arraigadas em sua mente. Aí você esbraveja e grita: "Não quero mais! Nem quero saber dos seus argumentos, pois nenhum deles me convence". Saiba que tudo isso, de agir assim tão radicalmente e com agressividade, vai marcar a sua vida. Pode acabar abalando até a sua saúde e o seu psicológico. Será que é só por causa desse seu orgulho ferido que você não consegue se controlar ou existe alguma outra razão desconhecida? Mas, sendo uma coisa ou outra, será que você toma jeito? Não creio... De jeito nenhum, já que a culpa é sempre do outro. Eu sei muito bem que essa não é uma conversa fácil de ter com você, não mesmo. Mas, claro que eu sinto que se você está machucada, você não vai querer olhar as coisas que poderiam machucar mais, você quer apenas se livrar daquilo ou de quem você acha que machuca ou não atende os requisitos do que você considera justo. Olha.... Toma jeito heim.... Pare com essa alucinação. Com essa coisa de se colocar no lugar de vítima, só por ter essa ilusão de se achar uma pessoa boa que não é boba, pois se julga muito esperta e inteligente e tal... Isso não faz de você uma pessoa melhor para imaginar que suas falhas, se é que elas existem, não afeta os outros. Se alguém tentar mostrar como você realmente é não sei não se você aceitaria com naturalidade ou iria se ofender como sendo uma injusta agressão. Mas, mesmo assim, quando aparece alguém com coragem de mostrar seus erros, incluindo suas avaliações tortas de que o outro teria de gostar e se submeter ao que você acha certo, além de também pensar como você pensa a respeito de tudo, então você se indignaria, faria um escândalo, se sentiria humilhada e faria pose de vítima até nas palavras escritas. Caracas.... Como as pessoas dão desculpas quando a gente as pega no erro de avaliação que fazem de como é a gente, sendo que elas nem tem ideia de como é nossa vida na realidade, não é mesmo? No seu caso, tal ação não desmerece suas virtudes e suas qualidades, mas continuar agindo assim é errado. Você precisa se conscientizar que não sabe tudo e que ainda tem muita dificuldade de aprender, lembrar e memorizar, pois fica o tempo todo implicando com familiares, buscando defeitos no namorado e naquela gente do serviço, quando deveria apenas observar mais, analisar melhor e tolerar as diferenças de comportamento e pensamento dos outros... Pare de ser besta imaginando que as coisas têm que ser como você gosta ou deseja, e que se não forem, então, não vale a pena... Que coisa mais chata! Você não consegue viver o amor possível? Uma relação possível se faz reconhecendo que o outro também tem limitações, inseguranças e uma maneira própria de enxergar a vida que é um pouco diferente da sua. Isso é ofensa? Creio que não. Digo outra coisa para pensar e refletir: quando a pessoa desce do salto alto do orgulho nasce a relação humana verdadeira: o afeto, o bem-querer, a simpatia, aí, enfim, o amor possível chega tranquilo dentro das circunstâncias de vida de cada um. Eis então que nessa exata ocasião é a hora que se tem a chance da mente aberta e o coração leve para dessa forma aproveitar e, ao mesmo tempo, desfrutar com prazer os bons momentos com aquela pessoa especial. Até mesmo para pedir desculpas, dizer que aquilo que aconteceu foi chato, mas foi num momento de cabeça quente e não irá se repetir novamente... Aí sim, aproveitando essa bela oportunidade para falar uma série de coisas boas e dar boas risadas juntos da situação passada. Mas você não aceita nada disso, né? Como você é esnobe e tornou-se um ser delirante que deixa o orgulho ir corroendo por dentro o tempo todo no seu imaginário. Arffff.... Quem vai pagar o preço é só você, pois, como já sabe, todo ato de rejeição traz consigo consequências, principalmente quando não houve espaço para o diálogo e resolução do caso. Lembre-se que para ver a ilha é preciso se afastar um pouco dela e olhar de longe. Entenda isso como uma oportunidade de crescimento. Ninguém é certo e ninguém é errado, existem possibilidades e vários jeitos e ângulos de ver a mesma coisa. Então se movimente e dê um passo adiante sem ficar olhando para trás, apenas vá em busca da solução que o seu coração tanto pede e você se recusa a ouvir por orgulho. Eu entendo que você esteja P da vida porque acha que "se iludiu", ou, pior, deixou que alguém a iludisse por muito tempo, mas como dizem: "Só fazem com gente aquilo que a gente permite", mas no fundo, bem no fundinho mesmo, você reconhece que a realidade que você supunha existir não era bem assim e, diante do seu ledo engano, o sentimento de confiança deveria novamente ressurgir e prevalecer, já que cada qual tem uma individualidade e dentro dela existem diferenças para tudo que você se nega a enxergar; as diferenças devem ser aceitas e respeitadas. Mas, parece que o que você tem feito ultimamente se tornou mesmo uma fixação. Na verdade, nunca se esforçou em busca do diálogo para revolver as dificuldades de comunicação da melhor forma possível. Essa sim, a melhor solução para atender aos anseios e necessidades, sem orgulho ou preconceito, e sem ficar batendo na mesma tecla. Por essas e por outras dificultou viver intensamente o amor possível com tranquilidade. Bem... Nós já sabemos que o sofrimento vem da ignorância de quem ignora. Porém, quem presta atenção e aprende com o erro sempre faz a coisa melhor que antes. Nem todo erro de interpretação pode ser mantido por um longo tempo como sendo certo dentro de uma relação, principalmente quando existe o amor verdadeiro que deveria ser vivido pura e simplesmente como o amor possível e não um amor estilo corda-bamba.

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Pequena Prosa Filosófica Em Tempos Difíceis

   
Finalmente!!!! O ciclo está se completando e tudo ficando às claras. 
    O que era extremamente previsível para alguns segue por direções opostas. 
   Aqui e agora, por um lado, representa todo o sofrimento e por outro a glória de se manter vivo. É o grande processo do encontro de um sonho de uma vida melhor com o choque de realidade - a vida de cada um retratada em uma notícia nova com discurso antigo no jornal. Ou em uma frase perdida que lateja na mente dos inconformados.
         Todos os anseios, necessidades, impotência, desilusões e desejos estão representados nessa trama nada fictícia. Dela poderia surgir a divina fonte de sabedoria em busca de reconhecimento através de sacrifícios e da força do pensamento daquilo que é justo. 
       Das profundezas escuras da mente chega toda a riqueza de detalhes desses anseios. E por mais que haja uma inaptidão ao encarar a cruel realidade, essa de carne e osso em que vivemos dia após dia, sempre irá prevalecer o lindo mistério em busca de um mundo diferente. Um mundo de terra firme onde todo o encanto se refaz, em vez de ser sequestrado e torturado até definhar pouco a pouco. Talvez não seja fácil relembrar momentos bons do passado ou fazer as pazes com esse presente machucado. No entanto a grandeza do desafio parece a melhor hipótese para seguir com pensamento positivo. Isso  por saber que todo aquele que busca uma causa justa, a qual se devota ou se sacrifica literalmente, recebe a recompensa em vida ou reconhecimento depois dela. É isso que cria o êxtase do qual os covardes nunca participam. Pois a tendência a se integrar consumando o ciclo dessa virtude é para poucos. Pois tudo que nasce morre e tudo que se cria acaba, mas alguns não percebem essa seqüência natural exige nobreza de espírito. 
     Ao ligar todos esses elos; vemos com surpresa todas evidências que demonstram que o nosso pensamento pertence ao cosmos e derivam pela atmosfera agindo em uma sutil comunhão, quando grande parte da população que se sente afetada por injustiças pensa igual. Os mais profundos sentimentos mudam todo o tempo através dessa “simbiose” entre a imaginação do que seria certo e o desejo do que é objetivo na realidade. Vemos nisso um elemento fortemente teatral que desafia a mente e rege o espírito quando nos defrontamos com opiniões muito parecidas com as nossas, mas que não tem um elo que leve até uma ação em conjunto de fato. No entanto o bicho-de-sete-cabeças pode ser muito simples de lidar saindo da inércia. 
      Mais cedo ou mais tarde cada um terá que pagar por violações, sejam à natureza, ao outro ser humano como sendo um igual,  aos animais indefesos e, acima de tudo, aos aprisionados e torturados que pensam diferente. 
     Pois é... o ritmo da vida atual anda contra cada um de nós e a favor de quem têm o poder de determinar leis e mudanças. Por essa vida e pela luta contra quem as determina é que nos submetemos. Gritamos fortemente os desejos que alimentamos nesse incrível mundo invisível dos mandos e desmandos de quem recebeu a confiança de milhões para tal. Sobrevivemos através do esforço que cada um de nós demonstra e dos segredos que cada um deles esconde. Talvez seja isso  o que nos torna inteiros, levando nosso olhar além da escuridão que nos encobre pouco a pouco. Assim estamos e permanecemos no lugar mais difícil para ficar: a inércia. 
      Talvez, o estado de coisas atual, seja uma descoberta improvável para muitos que tinham fé. Pois cada um é fiel ao propósito de apenas pertencer a si mesmo e fazer por si, achando que desse modo faz o melhor pelos outros. Alguns, inclusive, conseguem renunciar a tudo que não seja sua própria autenticidade, sem qualquer constrangimento ao prejuízo alheio.
     E de outro modo, milhões que um dia acreditaram e mantiveram a fé em busca de algo melhor, sonharam com dias melhores - com toda a sinceridade de quem vive, sofre e compartilha dificuldades, e acredita - como se apenas sonhar fizesse surgir do nada um salvador no lugar de um tirano. 
       Essa é a história do povo brasileiro e seus mandatários. O povo que vive acreditando em seus sonhos de tempos melhores. Uma jornada que sempre foi de fé, luta, sentimentos contraditórios e conquistas. Com momentos do passado que fizeram parte da construção da liberdade que atualmente está em risco.
     Talvez em meio a essa prosa filosófica em tempos difíceis apareça um momento de lucidez em alguém, ou em toda a nação, para mudar o estado de inércia desse povo.


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Cansado e Velho

Minha história gira em torno de mim mesmo, — uma vida quase nas portas do delírio na mente de muitos —, com o intuito único de conti...