quarta-feira, 16 de abril de 2025
A Luz Fraca Do Abajur
terça-feira, 15 de abril de 2025
Cansado e Velho
Minha história gira em torno de mim mesmo, — uma vida quase nas portas do delírio na mente de muitos —, com o intuito único de continuar um passatempo que começou no ano 2008. Essas escritas vieram sob forma de semanário no blog, e cada nova escrita trazia um pouco da minha vivência e de como se deu a experiência no contato com outras pessoas. O objetivo inicial era claro, mas no decorrer dos dias a minha percepção da realidade foi se alterando, até chegar em um ponto que só consegui relatar sobre as questões nas quais estavam a existência humana mais cruel e degradante. Talvez meus relatos possam parecer desoladores e intrigantes, mas o processo pelo qual passei, aprimorando esse método, foi uma espécie de despertar da consciência, seguindo-se sob a forma de, inicialmente, existir um sentido e, posteriormente, não existir sentido algum. No início busquei cumprir aquilo que eu mesmo me determinei; depois, a existência, no geral, passou pelos meus olhos carregando uma insignificância extrema, coisa que retratarei no desenrolar e ao final desse texto, mas não foi e não será de uma forma tão esperançosa e com final feliz como muitos desejariam. A partir de então, não será necessário ser um grande observador ou estudioso das palavras em filosofia para conseguir absorver a essência do que vai aqui. Basta ter um pouco de afeição pelos dizeres e se omitir por um instante da realidade comum na qual praticamente todos estão inseridos, e assim compreender que às vezes os planos podem não ser da forma como desejamos ou planejamos com antecedência. Sem que eu queira impor qualquer espécie de verdade, até porque repudio qualquer pensamento que determine o que é certo e errado, faço com liberdade particular, dentro do meu saber, uma análise profunda de tudo que diz respeito ao mundo e ao convívio humano ao qual pertenci e pertenço, e chego à conclusão que é possível enxergar que não existe pré-determinação, não existe um caminho pré-definido, não existe um destino certo, muito menos existe um propósito planejado com antecedência que funcione cem porcento (e, para muitos, isso pode ser um drama, uma encruzilhada cruel; o que também justifica a causa de muitos hábitos, atitudes, agressões verbais e crenças). Com isso tento afirmar que existo antes de a essência que aparento e que me julgam possa ter se formado. Quero dizer que nasci, para depois ser formado ao que me tornei como ser humano. “O homem nada mais é senão aquilo que faz de si próprio”! Fica claro o pensamento de que cada um é totalmente responsável por aquilo que é, pelas escolhas que faz e pelas consequências que as escolhas lhe trarão. É óbvio! Pode parecer um argumento duro, forte, um peso para se carregar quando se pára para pensar que o mundo é da forma que é devido às atitudes das pessoas com os outros, em sua maioria fundamentada na ambição demasiada, no egoísmo exacerbado, no desejo interminável de obter cada vez mais prazer, na inveja desavergonhada e no individualismo temperado com indiferença. Baseado em tudo isso, com o passar dos anos alguma coisa me aconteceu e pude cada vez mais continuar duvidando de boas intenções. Veio como uma praga, não como uma certeza de morte nem como uma esperança de vida, apenas uma doença que vem pelo ar. A sensação se instalou pouco a pouco, eu me senti bem esquisito, incomodado, nada, além disso, no primeiro momento. Mas cresceu. Aí, quando olho novamente o passado, retrocedo na minha história e percebo que sempre segui uma vida roteirizada, previsível, sem inovações e, ao que muitos criticavam e ainda criticam: sem nenhuma espécie de saída. Nasci, cresci, ingressei nos estudos, trabalhei, constituí uma família e desconstrui e assim vou morrer. Nesse meio-tempo, ouvi e continuarei ouvindo muitos conselhos, sendo a maioria aqueles que me incentivavam a trabalhar duro na adolescência e fase adulta para que tivesse uma velhice tranquila, sem depender de ninguém, aproveitando o que resta para que, na hora do último adeus, tivesse um velório belo e simbólico para as pessoas lembrarem depois como uma cerimônia bonita. Não que isso seja repulsivo, mas, como agiriam essas mesmas pessoas se descobrissem que a vida vai muito além desse roteiro já estabelecido? Imagino que não existe um propósito maior que não seja o próprio viver, por que há quem se importe tanto em seguir esse roteiro que já vem prontinho e é necessário estar na escuridão e amordaçado para colocar em prática?
segunda-feira, 14 de abril de 2025
Eterna Solidão
Há agora alguma doçura em sua postura soberba, talvez até uma magia estritamente sedutora. O seu sorriso é um sorriso sem dentes, algo meramente contido e reprimido pelo entusiasmo do que virá. Você ainda vive a excitação, - mais ou menos inconformada do momento mais sublime na entrega da noite passada, - e reflete agora que não foi lá grande coisa, tendo em vista a expectativa criada - pois, talvez, quisesse viajar até as nuvens ou qualquer lugar onde mais nada importasse além de um sonho de felicidade. Mesmo assim abre bem os olhos para não perder de vista feridas do passado, as quais, infelizmente, você nunca teve coragem de se desembaraçar. Relembrar é como se a morte estivesse presente. Mas você é forte, não treme e nem fraqueja com o coração sangrando.
Nesse seu olhar vivo ainda há o silêncio daquela morte sentimental prematura. Parece que nada sobreviveu além do rancor que existe na visão a respeito do mundo e das paixões eternas. Há muito tempo se mantém assim, mesmo quando o seu único desejo aparente seja o da busca incansável pelo esquecimento do que passou. A sua atitude causa em si mesma repulsa e não há uma explicação lógica que possa salvar sua mente da dor. Você ainda sente a realidade meio entorpecida e geme como se fosse uma criança inocente num sonho profundo - a noção do certo e errado não é perfeita, pois o seu prazer foi maculado pela degradação feita naquela entrega sem mistério ou delicadeza; ação tida como ordinária, apenas pelo prazer momentâneo e depois da dor sem fim. Existe dentro de si a imagem de algo que a distancia do pensamento e a aproxima da lembrança da última fatalidade no dia em que chorou em desespero. Em sua desgraça permanente sente o efeito do remédio que criou para acalmar a própria mente que nunca se cansa de pedir justiça, - em seus lampejos brilham focos de saudade quando uma mão praticamente estranha pousa sobre seu ventre amplo e desnudo - revela-se assim todo o mistério e delicadeza de um corpo exteriormente são, no qual as memórias vão se tornando remotas a cada dia, mas continua passado na mesma rotina.
E tudo recomeça do zero.
O seu mundo inteiro parece estar pronto para ser mudado do mal para o bem e do bem para mal instantaneamente, mesmo que seja por alguns segundos num desejo único, primitivo e selvagem; porque ninguém está olhando e você pode fazer o que quiser na sua eterna solidão.
domingo, 13 de abril de 2025
Hiato do tempo
Nesse hiato do tempo há imaginação. Ao meu redor tudo se materializa de um jeito diferente. Sinto como se estivesse num palco enorme, recebendo um raio de luz branca que ofusca a visão. Diante de mim há uma multidão de rostos deformados que murmuram. São pessoas e mais pessoas falando ao mesmo tempo coisas que eu não consigo entender. Então eu imagino e crio suas imagens perfeitas, ao mesmo tempo em que me pergunto: “Como pode toda essa gente ter tanto a dizer uns aos outros e nada têm a me dizer de bom? Então... Há apenas a luz branca que continua cintilando de forma intermitente nos meus olhos durante muito e muito tempo. E não adianta tentar fugir do seu foco, pois para cada lado que eu viro, lá está o flash contínuo dentro do meu cérebro. De repente, do nada, chega o momento em que tudo se apaga e só resta a escuridão. Mas se alguma réstia de luz sobrou daquele foco, manteve-se oculta, tristonha e muda. Apenas o pulsar do meu peito denuncia que eu ainda sou um ser vivo e capaz de encontrar o caminho para fugir do que transforma a minha mente criativa numa mente transtornada e oprimida. Mas eu ainda não consigo totalmente - e até certo ponto eu me contento que seja assim - porque talvez uma réstia de luz seja melhor que nenhuma. Tenho apenas que aceitar e seguir o destino traçado.
Ah... Quando eu penso sobre isso é porque de certa forma tenho essa visão a respeito da vida e gosto, acreditando que isso faz por onde situações improváveis aconteçam. E se pareço um desmiolado ao passar a impressão que sou louco, lamento, louco seria se dissesse que qualquer um é pessoa louca - a questão é apenas o que há a fazer por pura ambição ou reafirmação. Sei que há por aí pessoas que não interpretam direito e às vezes tiram uma frase do contexto levando à uma conclusão precipitada. Apenas digo que a atitude é que torna uma pessoa louca ao olhar dos outros, e o desequilíbrio está nas ações impostas por tal pessoa e não pelo relato em forma de fantasia do que sofre. É uma pena quando está tudo calmo e só restam as cinzas de uma chama que tenta erguer-se vindo debaixo das brasas. É um tipo de indolência recheada com ameaça de renascimento. Diante dessa ameaça tão explícita da chama num hiato do tempo resolvo apenas metalizar, assim vejo melhor as imagens sequenciadas. Fico alarmado por tamanha facilidade e saio do estado de tranquilidade e indiferença para a brutalidade e coação, o que imediatamente muda o meu estado de humor. Ah, se alguém estivesse aqui compartilhando da mesma sensação talvez nada disso aconteceria assim. Qualquer pessoa... Até mesmo você poderia. Mas como pude perceber parece que todos que foram cúmplices agora são omissos ou estão envolvidos por um tipo de poder de persuasão e mentira - que parece verdade - ao que mundo lá fora tem a oferecer. Estou contaminado interiormente pelo vírus da ambição latente dos que desejam de mim apenas o que de bom posso oferecer. Sou apenas uma pessoa comum com uma fera ferida escondida. Hoje eu sei que tudo isso toma uma dimensão que não posso mais conter. São situações extremamente complexas que merecem habilidade para me liberar do cárcere e da tortura. “Será que alguém teria coragem de fazer o que eu faço e sentir o que sinto?
Percebo que o tempo voa, mas demora muito a passar os momentos em que estou atolado com excessos e pessimismos. Há momentos nos quais me sinto como se a psique houvesse sido infectada pelo carma da desesperança. E quando isso acontece a vida passa tão lentamente como se desafiasse os meus sentidos na retidão do pensamento à beira da insanidade, tudo acontecendo num infinito hiato do tempo.
sábado, 12 de abril de 2025
Vai cuidar da sua vida.
Oi gente estou aqui de volta para conversar um pouquinho mais com vocês. Sempre com a ideia e a tentativa de mostrar a todos aquilo que normalmente não vemos, por exemplo, como é a gente para a gente mesmo e para os outros e, é claro, como nós funcionamos. Uma das coisas mais aflitivas que existe é pensarmos que estamos fazendo tudo certo mas, no resultado prático final, acontece algo que nos mostra que estamos fazendo tudo errado. Aí, é quando chegam todos os porquês da vida e a conclusão sempre desaba em nada que possa ser realmente útil. Então você pergunta: Como fazer direito? Eu digo que o "como" é mesmo muito importante, é muito útil e é muito da vivência de cada um. Digo também que as pessoas não notam certas situações muito importantes que acontecem ao seu redor, momentos que pertencem às suas vidas no dia a dia, as quais, eu penso, deveriam ser tratadas com mais atenção. Mas isso já se tornou um hábito que faz parte da rotina, no entanto, nada mais é que falta de desenvolver determinadas sensibilidades, pois alguns seres só conseguem perceber as coisas quando alguém mostra a eles. Por isso que existem as escolas e as formas de ensinar que desenvolvem o intelecto das pessoas desde pequenas. Porque, apesar de sermos muito capazes, exigimos estimulação para tudo. Inclusive, a prática dessa ação, de mudar o estado de atenção para as coisas e pessoas, serve para todos os aspectos da vida, passando e burilando, pelo árduo trabalho do nosso lado emocional através dos anos, na tentativa de favorecer a evolução do nosso lado espiritual. Eu sei que você está fazendo força e querendo fazer o certo. Exatamente por isso é importante essas palavras aqui, as quais poderão ser o indicativo de uma luz que mostra um caminho ou apenas uma reflexão com a intenção de mudança nos hábitos e comportamentos, os quais incomodam quando mostrados por alguém, mas podem ser logo resolvidos se forem mudados de sintonia a tempo. Apenas pensar em qualquer dessas alternativas já será um grande progresso. É muito importante saber que partindo desse ponto chega a transformação, mas é só você que pode se transformar. Ninguém, mas ninguém mesmo, poderá salvá-la do imobilismo se você não se mexer em busca de um futuro diferente do que foi esse seu passado e é o seu presente. É um trabalho do seu "Eu" interior, do seu "Eu" arbítrio, do seu "Eu" escolha... Você pode e terá de fazer esse trabalho de opções cedo ou tarde. Pois a vida vai passando e vamos ficando velhos. Enquanto isso, a idade cobra as decisões de mudança que deixamos de tomar quando tínhamos mais disposição, mais saúde e a coragem para enfrentar um mundo novo e desconhecido. Nosso rosto vai ficando cada vez mais marcado, a pele de todo o corpo manchada e as mãos e o pescoço revelando a todos as muitas e muitas décadas que já se passaram. Só por esse preço elevado que a velhice cobra é essencial viver o agora fazendo novos planos, - do que quer que seja - e realizá-los. Não dá mais para esperar até que o corpo peça uma trégua permanente e a cabeça nem esteja boa para ter novas ideias criativas para botar a vida em funcionamento. É muito fácil viver acomodadamente, mantendo uma rotina que parece não trazer mais nenhum entusiasmo, sentido para a vida ou novidade boa, evitando situações que mexam com as raízes que fincamos dentro das nossas convicções há tanto tempo, já estabelecidas por tantos atropelos do passado, e sendo misturadas com as intermináveis obrigações do presente. É preciso entender que as escolhas que se apresentam estejam livres da influência de outra ou de outras pessoas, pois você é responsável por você e mais ninguém. Você não pode mais se colocar nessa posição de eterna obrigação em ser responsável pelos outros. Aliás, você acha que é um dever da sua parte e é um direito seu agir assim, porque, no final das contas, os outros vão fazer aquilo que der na cabeça deles e pronto. Sendo ou não a sua vontade respeitada, você estará sempre cumprindo o papel conforme o script que você determinou para si e, é claro, sempre à espera de um reconhecimento no futuro. Essa cena em sua vida parece se repetir no decorrer dos anos, e se refere a todo tipo de relação emocional que já teve e com as pessoas que participam dela. O mais interessante com você e seus scripts tão bem planejados é quando algo sai fora do roteiro - de uma pessoa muito próxima de você - e a tal pessoa tem que ir para longe namorar alguém ou quer morar em outra cidade, - tudo em nome das novas experiências que poderá adquirir e de um padrão de vida melhor - e ela nem se importa se você vai sentir falta da presença dela ou não. Diante disso nem adianta imaginar que é possível "curar" alguém com essa história do não faça assim, não faça assado ou, então, silenciosamente, agir de uma forma que a pessoa sempre se sinta aprovada em tudo que deseja, e isso também seja bom para você a fazendo feliz. Engano seu. Isso chama-se mimo. Gente mimada não lida bem com contrariedades e não abre mão de seus desejos egoístas, mesmo que sejam em prejuízo dos outros ou de um conjunto familiar. Gente assim cria tantas situações que haja saco para enfrentar, mas que devem ser enfrentadas ou por quem é mais velho ou por quem tem mais juízo, querendo ou não, gostando ou não. Porém, isso vai desgastando e não dá sossego com cada dia uma nova exigência, um novo problema, um novo querer, já que tudo o que vem, tudo o que é conquistado ou, tudo que é dado, nunca é suficiente. Você já ouviu muitos desaforos por causa disso, não é mesmo? Já disseram pra você que você estava enrolando, que você estava isso ou que você estava aquilo, fazendo corpo mole, dando desculpas para atender as "exigências". Não, não. Não eram pedidos eram "E-XI-GÊN-CIAS". Você já levou muito na cara e não aprendeu.... Olha...É cada situação nessa vida... Eu vejo pessoas verdadeiramente atormentadas tentando driblar daqui e dali, mas ao final acabam mesmo por ceder à chantagem por puro cansaço. Porque os mesmos lemas sempre prevalecem: "Você é namorada e tem fazer isso para o seu namorado. Você é esposa e tem fazer aquilo para seu marido. Você é mãe de filho pródigo e tem que dar o que seu filho pede, mesmo que ele não precise daquilo ou não tenha equilíbrio emocional para tal. Ou você, no seu íntimo, perceba que aquilo não fará bem, já que ele precisa aprender a conquistar as coisas através do próprio suor". Mas não adianta... Essas ações são tão obsessivas para as pessoas que, quando as praticam, nem percebem se aquilo que estão fazendo vai realmente gerar o melhor para o outro e igualmente para si mesmas. Fazem apenas pelo condicionamento da obrigação ou da pressão. Ou, na maioria dos casos que cedem, agem apenas como um desencargo de consciência para amealhar a admiração tão desejada daquele que usa esse tipo de artifício da chantagem emocional para viver só "de boa". Isso, inconscientemente, vira um inferno. Aí, você, percebendo o joguinho, fica chata pra cacete, reclama... Tudo vira mágoa e tristeza, praticamente um comecinho de depressão, com um buraco no peito se abrindo pela falta de reconhecimento da verdadeira dedicação da sua vida inteira, uma entrega feita com o mais puro e verdadeiro amor de todos . Mas você precisa fazer a opção de mudança e se libertar, pois se não o fizer virá depois o peso na consciência com sua vida definhando, suas forças se esgotando e sua saúde capengando. Apesar de hoje em dia você tocar a vida e fazer todas as coisas como se fossem normais a mágoa e a tristeza consigo mesma só aumenta quando percebe que mais de 10 ou 20 anos já se passaram e não aconteceu nada conforme o seu script. É claro que você esconde, tentando demonstrar que não é bem assim, mas está tudo aí dentro influenciando o seu bem-estar e a sua postura no mundo, incluindo suas relações afetivas com o sexo oposto e o seu romantismo que parece que murchou. Você sabe que perdeu o gosto por muita coisa por causa disso, com esse negócio de cuidar dos outros, de gente já crescida, como se fossem criancinhas indefesas, colocando sua vida e necessidades afetivas em segundo, terceiro ou décimo plano. Você lembra antes como você era diferente? Você era mais alegre, gostava de namorar, de passear, de viver aventuras inusitadas que faziam a adrenalina subir e o coração batendo num ritmo tão acelerado a ponto de querer sair fora do peito. Acabou, né? Sabe como é o nome dessa doença que você sente agora? Velhice! Não, não. Não é velhice em relação a idade, é por esse tipo de conduta de abdicar da própria vida, ou de planos mais ousados de futuro ao lado de alguém, em nome de uma comodidade com a desculpa de ter uma missão a cumprir que deve ser levada até o fim. Lembre-se que ao final dessa missão pode ser tarde demais para um ou para outro e o tempo perdido não se recupera mais. Essa faixa energética que você escolheu para viver machuca os planos de um novo alguém em sua vida, afeta os desejos e sentimentos e, principalmente, ataca o seu corpo que já aos poucos dá sinais de doenças crônicas. São essas dores nas costas que a incomodam, não são? É dor aqui e dor ali, esquecimento de coisas passadas ou recentes, olha só... Que coisa, hein?... Infelizmente, isso vai somando e somando mais, podendo um dia acabar num câncer ou Alzheimer. Tudo porque você está há anos e anos expondo o seu corpo e a sua mente à situações negativas trazidas pelos problemas e inseguranças dos outros. Você não é de ferro e nem imortal, não abdique de viver a sua própria vida e suas próprias necessidades. Aprenda a viver o agora realizando coisas boas exclusivamente para você e, também, para aquele que você escolher como o seu par amoroso que poderá dividir a vida com você até os últimos dias. Olha... Preste atenção: pare de imitar a sua mãe. Ela já viveu os melhores momentos que teve e pôde viver muito intensamente, e já cumpriu a missão dela com você. Mas você não precisa ser como ela. Os tempos são outros. A forma de cuidar, educar e proteger hoje são diferentes. O mundo evoluiu e o de hoje não é o de 40 ou 50 anos atrás. Será que você não enxerga isso para ser boa consigo mesma? Não vê que você faz o melhor pelos outros e não faz para si? É o fim da picada, viu! Pelo amor de Deus, cadê a compaixão consigo mesma? Se você não tem compaixão por si mesma ninguém terá por você. E não adianta ficar bravinha e sair batendo o pé no chão, resmungando pelos cantos da casa, lamentando que ninguém reconhece os seus esforços. Pare de ser mendiga em busca de reconhecimento, só porque você vive em função de satisfazer as vontades e escolhas dos outros. Como você rasteja e se submete, não é mesmo? Até faz pirraça, dá bronca e fica de mal. Só falta pedir para dar o dedinho para completar o ritual. Que horror! Como é infantil... Depois reclama que sua vida afetiva é uma porcaria, que você vive sempre na dúvida e na incerteza se vale mesmo a pena ter um relacionamento sério com um homem que você gosta. Está muito fácil de perceber e resolver, mas você reluta, não quer, é algo mais forte que move você e seus pensamentos, não é mesmo? É a missão. A sua missão. Aquela que foi dada por Deus e deve prevalecer sempre. É... Parece que essa sua energia está uma porcaria porque você deu tudo para os outros e você continua se negando a receber o que poderia ser bom ou diferente. Diante disso, você vai dormir esgotada e o seu sub-consciente fustiga a noite toda e você acorda pior do que quando foi dormir, aí, você briga e se afasta de todos que gostam de você, falo aqueles que se aproximam sem usar da chantagem emocional para obter vantagem, é claro, que querem apenas dar e receber amor e carinho, mas você nem nota. Geralmente o que causa isso, esse seu desânimo com a vida, esse seu sono e cansaço, é o vampirismo. Toda a sua vitalidade está sendo sugada sem que perceba. Ainda não notou como você fica quando está próxima das pessoas de casa? Esse fenômeno sempre é pior com as pessoas da sua casa ou do trabalho. Pare, observe e sinta as energias que emanam de você e para você. Engraçado isso, né? Porém é trágico para quem não se dá conta e não tenta mudar. Mas você continua assim mesmo, vai na velha toada. O outro sempre em primeiro lugar e nunca você. Como será reposta a sua energia que foi sugada? Acho que vai ficar sem ela e com as consequências que isso acarretará enquanto estiver nessa faixa que escolheu viver. Gerencie melhor seus sentimentos, suas observações, suas ações e liberte seu corpo, assim como a sua alma, para viver melhor, saia da mesmice e dessa obrigação escrava que impôs para si mesma. Repito aqui, de acordo com a minha visão, o que não se deve fazer: "sempre tentar resolver a vida dos outros ou esperar que outros resolvam a vida deles para você resolver a sua". Entendeu estrupício! Coisinha complicada é você. Arffff! Vai... Vai cuidar da sua vida. Mexa-se! Livre-se das más recordações e daquelas ações feitas por você ou pelos outros que poluem a sua mente e envenenam o seu coração. Liberte a si mesma e libere os outros das amarras para que vivam as próprias experiências com responsabilidade. A vida de cada um é única e pode ser vivida uma só vez. Não viva a vida dos outros pelos outros e nem deixe que controlem ou vivam a sua. Busque novas maneiras de encarar as pessoas e a realidade delas como sendo um novo aprendizado, pois o pássaro só aprende a voar quando ele sai do ninho e salta da beira do abismo em direção ao horizonte, que antes temido, passou a ser um destino lindo, inexplorado e maravilhoso.
quinta-feira, 10 de abril de 2025
Pios De Coruja
Então me pus a imaginar como seria se eu soubesse desenhar e alguém me pedisse um retrato seu. A resposta viria rápidamente: não conseguiria nem que fosse com traços simples. No máximo ficaria limitado a um risco, a uma simples tentativa de intenções de traçar no papel a sua imagem que me cativa. E esse pseudo-desenho que nunca existiria seria como uma espécie de arrependimento, uma declaração de que ainda não a conheci o suficiente para poder desenhar uma imagem fiel aos seus traços físicos magníficos.
Parece bem simples quando dito assim. Mas ainda há tantos pontos difíceis para se apoiar e ter a verdadeira convicção para acreditar que um dia ainda seja possível irmos adiante no que temos...
Bem... Imaginei: "- Melhor deixar essas tolices de lado e parar de fazer conjecturas, me sinto cada vez mais ridículo tentando tirar conclusões definitivas sem testar as coisas antes'. Em seguida fui eu a arriscar o olhar, mas não de rabo de olho, foi firme e com um grave desvio de cabeça para a direita. Então eu a vi. Estava com os olhos fixos em mim se mantendo por algum tempo. A distância entre nós era suficiente para que eu percebesse que o seu nariz sempre teve contornos parecidos ao meu. Voltei a olhar a lua e você me acompanhou, ficamos na mesma posição por um longo instante.
Em seguida você se virou e tentou percorrer o corredor das minhas ideias deixadas para trás. Apontei para a escuridão e prossegui no jogo, feito uma criança encantada com o brinquedo novo que acabou de ganhar. Você arqueou-se e iniciou um sorriso. Pareceu uma coisa tão sem importância, tão boba, e de repente, sem que eu pudesse dominar, abriu-se um fluxo para lhe receber: uma trilhazinha estreita, tímida, mas capaz de fazer disparar o coração e propor à imagem desse afortunado o olhar adiante como se jamais houvesse vida antes.
quarta-feira, 9 de abril de 2025
Pequena Prosa Filosófica Em Tempos Difíceis
Finalmente!!!! O ciclo está se completando e tudo ficando às claras.
O que era extremamente previsível para alguns segue por direções opostas.
Aqui e agora, por um lado, representa todo o sofrimento e por outro a glória de se manter vivo. É o grande processo do encontro de um sonho de uma vida melhor com o choque de realidade - a vida de cada um retratada em uma notícia nova com discurso antigo no jornal. Ou em uma frase perdida que lateja na mente dos inconformados.
Das profundezas escuras da mente chega toda a riqueza de detalhes desses anseios. E por mais que haja uma inaptidão ao encarar a cruel realidade, essa de carne e osso em que vivemos dia após dia, sempre irá prevalecer o lindo mistério em busca de um mundo diferente. Um mundo de terra firme onde todo o encanto se refaz, em vez de ser sequestrado e torturado até definhar pouco a pouco. Talvez não seja fácil relembrar momentos bons do passado ou fazer as pazes com esse presente machucado. No entanto a grandeza do desafio parece a melhor hipótese para seguir com pensamento positivo. Isso por saber que todo aquele que busca uma causa justa, a qual se devota ou se sacrifica literalmente, recebe a recompensa em vida ou reconhecimento depois dela. É isso que cria o êxtase do qual os covardes nunca participam. Pois a tendência a se integrar consumando o ciclo dessa virtude é para poucos. Pois tudo que nasce morre e tudo que se cria acaba, mas alguns não percebem essa seqüência natural exige nobreza de espírito.
Ao ligar todos esses elos; vemos com surpresa todas evidências que demonstram que o nosso pensamento pertence ao cosmos e derivam pela atmosfera agindo em uma sutil comunhão, quando grande parte da população que se sente afetada por injustiças pensa igual. Os mais profundos sentimentos mudam todo o tempo através dessa “simbiose” entre a imaginação do que seria certo e o desejo do que é objetivo na realidade. Vemos nisso um elemento fortemente teatral que desafia a mente e rege o espírito quando nos defrontamos com opiniões muito parecidas com as nossas, mas que não tem um elo que leve até uma ação em conjunto de fato. No entanto o bicho-de-sete-cabeças pode ser muito simples de lidar saindo da inércia.
Mais cedo ou mais tarde cada um terá que pagar por violações, sejam à natureza, ao outro ser humano como sendo um igual, aos animais indefesos e, acima de tudo, aos aprisionados e torturados que pensam diferente.
Pois é... o ritmo da vida atual anda contra cada um de nós e a favor de quem têm o poder de determinar leis e mudanças. Por essa vida e pela luta contra quem as determina é que nos submetemos. Gritamos fortemente os desejos que alimentamos nesse incrível mundo invisível dos mandos e desmandos de quem recebeu a confiança de milhões para tal. Sobrevivemos através do esforço que cada um de nós demonstra e dos segredos que cada um deles esconde. Talvez seja isso o que nos torna inteiros, levando nosso olhar além da escuridão que nos encobre pouco a pouco. Assim estamos e permanecemos no lugar mais difícil para ficar: a inércia.
Talvez, o estado de coisas atual, seja uma descoberta improvável para muitos que tinham fé. Pois cada um é fiel ao propósito de apenas pertencer a si mesmo e fazer por si, achando que desse modo faz o melhor pelos outros. Alguns, inclusive, conseguem renunciar a tudo que não seja sua própria autenticidade, sem qualquer constrangimento ao prejuízo alheio.
E de outro modo, milhões que um dia acreditaram e mantiveram a fé em busca de algo melhor, sonharam com dias melhores - com toda a sinceridade de quem vive, sofre e compartilha dificuldades, e acredita - como se apenas sonhar fizesse surgir do nada um salvador no lugar de um tirano.
Essa é a história do povo brasileiro e seus mandatários. O povo que vive acreditando em seus sonhos de tempos melhores. Uma jornada que sempre foi de fé, luta, sentimentos contraditórios e conquistas. Com momentos do passado que fizeram parte da construção da liberdade que atualmente está em risco.
Coração Puro
Um dia, novamente nos encontraremos para um passeio, com o pensamento tranquilo e o coração puro. Nós caminhamos por muita...

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Karla ainda deu uma rápida olhada nas últimas linhas da mensagem , com um demorado ar de incredulidade, apagou a tela do celular e en...
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