terça-feira, 21 de junho de 2022

Filha-Da-Puta Por Natureza


   Você já conheceu alguém bem filha-da-puta? Uma pessoa muito mentirosa, interesseira e sem escrúpulos nas relações interpessoais? E que além de tudo ainda usava de artimanhas para seduzir os outros, demonstrando ser encantadora, inteligente e talentosa em alguma nobre profissão? Creio que sim, creio que algum dia já teve esse dissabor em sua vida! Nenhum de nós está livre de topar com esse tipo de pessoa. Um Ser que sempre se apresenta com histórias imaginárias e bem planejadas, nos induzindo a cair numa armadilha a qual encontramos grande dificuldade para sair. Essa pessoa toma o nosso pensamento, principalmente ao criar falsas expectativas naquelas duas coisas que mais buscamos, ou estamos carentes: amor e compromisso. Aos poucos, sem nos darmos conta do tamanho do risco que corremos, acabamos permitindo que esse Ser fdp entre em nossa vida. E só vamos perceber o tamanho do engodo sofrido, quando essa pessoa simplesmente desaparece por uns tempos alegando qualquer motivo que não faz sentido. Mas, isso só é feito quando essa criatura não encontra mais nenhuma serventia para o seu prazer na continuidade da relação. Esse Ser é muito astuto ao usar o medo como arma de imposição, e de sempre semear a dúvida em cada atitude. A ameaça constante ao fim do relacionamento é uma das suas características principais para alcançar novos benefícios dentro da relação, onde, obviamente, sempre se colocará como vítima ou pessoa incompreendida. Geralmente, quando nos vemos envolvidos por uma pessoa assim, demoramos a perceber a realidade desleal em que estamos caindo. No entanto, quando finalmente tomamos ciência dessa condição de infelicidade, é porque já estamos literalmente prostrados, cansados, esgotados e com toda energia sugada. Acabamos diante de um vazio imenso buscando respostas que nunca teremos. É então que paramos para perguntar: “Onde foi que eu errei?”. Lamento informar, mas, você não errou em nada. Foi apenas mais uma vítima dessa pessoa mentirosa contumaz e que tem a habilidade de enganar a todos distorcendo a verdade. Porque mentir, trapacear e buscar objetivos unicamente seus, é o ideal desse indivíduo que faz tudo parecer muito verossímil. Ele usa todo o tempo o lado emocional apelativo para que você tenha uma sensação de pena. Quando você tem pena de uma criatura assim é porque acaba de entregar a sua alma. Resgatá-la de forma íntegra será muito complicado. Tenha a certeza que ao entregar a sua alma (o que chamo de sentimentos e desejos sinceros), você caminhará pelos meandros da escuridão, enfrentando desafios que jamais imaginou que pudessem existir em sua vida. Bem... O pior disso tudo é que, invariavelmente, esse tipo de pessoa convive entre nós todo o tempo, e demoramos demais a perceber as suas verdadeiras intenções. E se, por acaso, ainda quiser insistir com alguém assim, porque você se julga um tipo de pessoa sensível que valoriza o sentimento e harmonia numa relação a dois, pode ir tirando o cavalinho da chuva, atente ao fato que essa criatura é desprovida daquilo que você tanto necessita receber para também retribuir: amor e compromisso. Exatamente por essa razão ela jamais terá dó ou pena de você, ela apenas te usará, isso sem o menor constrangimento, até quando achar que precisa dos benefícios obtidos desse contato. Esse Ser fdp não tem qualquer profundidade nos sentimentos demonstrados, e muito menos consciência genuína do que é afeto. Jamais se colocará em seu lugar num momento de dor ou perda de algum parente, jamais pedirá desculpas sinceras por qualquer fato ocorrido e nunca, nunca mesmo, vibrará por um sucesso alcançado por você na vida material ou profissional. Com o passar do tempo você poderá observar nessa pessoa um profundo desrespeito pelas regras de convívio. Ela sempre se mostrará intolerante e lhe faltará com o respeito por motivos fúteis, mas, não somente a você, também a todos que fizerem parte do seu círculo de amizades. A falta de educação é um dos marcos mais importantes desse Ser fdp na situação que relato aqui, justamente porque essa pessoa sentirá no amor que dedica a ela, a impunidade e a certeza do perdão para os atos inconsequentes. A responsabilidade ética conhecida por cada um de nós é bem diferente da que tem na mente dessa criatura. A sua ética está nas vantagens que consegue angariar com a manipulação de uma ou várias pessoas ao mesmo tempo, ou das situações que consegue conduzir. Sei que cada qual que estiver lendo este relato já terá conhecido alguém assim. Provavelmente já tenha sido vítima desse tipo de manipulação e, infelizmente, por causa disso, já não acredita quando alguém lhe oferece emoções sinceras, atitudes honestas e relações verdadeiras. Ter convivido com uma criatura desse naipe, por qualquer tempo que tenha sido, causa traumas que muitas vezes parecem incuráveis. Esse Ser tem o poder de nos induzir a equívocos que matam a nossa autoconfiança e a confiança que poderíamos ter no outro Ser humano. Jamais pense que conselhos ou punições farão com que esse Ser fdp melhore em suas condutas, isso não funciona. Muito pelo contrário, ele obterá vantagem disso elaborando novos meios para que os seus atos, a partir de então, passem despercebidos, dando a todos a sensação que ali existe outra pessoa bem diferente daquela do passado. E nesse momento, provavelmente, lá estará você de novo caindo na mesma armadilha feita com outros encantos e promessas. Diga-se de passagem, que esse Ser fdp fará tudo de novo, de outra maneira e livre de qualquer culpa ou remorso. Fará porque tem competência e inteligência acima da média que sempre o levam a mostrar-se totalmente “regenerado” e, se apresentando com afinco, como se fosse uma pessoa dedicada ao trabalho, à família e aos objetivos comuns. Mas tudo é trapaça. Um outro jogo sujo criando novas expectativas ilusórias em você e em todos que têm alguma esperança na mudança. Lamento informar outra vez, mas, não existe fórmula mágica nesse caso. Essa pessoa nasceu assim e continuará carregando esse jeito de se conduzir durante toda a vida. Será sempre uma pessoa não confiável e sem sentimentos. Alguém que nunca muda, mas progride bem nos disfarces e nas adaptações ao meio em que vive, tudo de acordo com seus objetivos de sempre levar alguma vantagem. Analise comigo esse comportamento com a história a seguir:
Rodrigo namorava Manoela. No começo ela demonstrava os mesmos interesses que ele nas coisas que gostava. Manoela conversava com Rodrigo de tudo um pouco, inclusive dos seus conflitos familiares com pais e outros parentes próximos. Dizia que o pai era um tirano e a mãe uma pessoa insuportável que falava demais, reclamando de tudo sem parar. Aos poucos, Rodrigo foi se envolvendo com as histórias de Manoela e experimentando um tipo de sentimento de solidariedade, ao mesmo tempo em que chegava uma atração sexual intensa, misturada com a vontade de dar proteção. Florescia em Rodrigo uma grande paixão que o levava a acreditar cada vez mais que Manoela era uma pessoa injustiçada dentro do lar em que vivia. Rodrigo passou a levar Manoela em restaurantes interessantes para almoçar ou jantar, muitas vezes em companhia dos seus amigos com as respectivas namoradas. Nesse meio de socialização e convivência interativa com pessoas diferentes, Manoela chegava a se comportar bem, conversava e até provava comidas pitorescas que nunca houvera sentindo o sabor antes. Rodrigo se preocupava muito com o bem-estar e conforto de Manoela, tanto que - quando iam dormir juntinhos - ele fazia questão de esticar o lençol e até puxava os cobertores para que ela se acomodasse adequadamente. Rodrigo levava café na cama pela manhã e em outros momentos perguntava se ela queria que ele fizesse alguma coisa por ela. Rodrigo era um namorado dedicado e preocupado. Abria a porta do carro para Manoela entrar e na caminhada na rua a conduzia sempre pelo lado de dentro da calçada. Eles se aproximaram muito nessa convivência de cumplicidade. Manoela não estava acostumada com gentilezas masculinas, exatamente por isso ele se sentia um verdadeiro gentleman ao fazer tudo que ela nunca tinha recebido de outro. Um belo dia foi combinado um encontro romântico, eles iriam passar a noite de sábado num motel. Estava tudo certo quando na tarde daquele dia Rodrigo ligou avisando que não poderia encontrá-la, pois sua mãe, já idosa, estava com crises respiratórias fortes e talvez precisasse ser removida até o pronto-socorro. Manoela silenciou no telefone. Não disse sim e nem não. Ao final da conversa apenas desligou sem ao menos desejar que tudo corresse bem. Manoela sumiu por uns dias, passou quase uma semana evitando contato com Rodrigo. Não atendia telefone e nem respondia e-mails que ele, insistentemente, mandava durante todo esse período. Chegando no sábado seguinte Manoela reapareceu no WhatsApp, Rodrigo questionou o seu sumiço. Ela disse que não tinha visto as ligações e estava sem acesso de internet em casa e sem crédito no celular. Rodrigo gostando muito da moça, relevou. Durante a conversa ela nada perguntou sobre a saúde da mãe de Rodrigo. Ele notou que ela ainda parecia bem contrariada, mesmo assim, sem ter sido perguntado, ele contou que tudo tinha ficado bem, que a mãe estava recuperada e eles finalmente poderiam fazer o programa combinado. Ela secamente respondeu: “Eu queria que saíssemos naquele dia, mas você preferiu ficar com a sua mãe!”. Rodrigo ficou estarrecido com a frieza de Manoela, não era essa a pessoa que ele tinha conhecido. Eles não saíram naquele dia e nem nos dias seguintes. O tempo passou e voltaram ao namoro entre altos e baixos. No íntimo, todos nós procuramos acreditar no lado bom das pessoas e cremos em suas boas intenções. No entanto, tudo é muito subjetivo quando do confiar ou não confiar. Nada impede de cometemos erros de avaliação por um tipo de natureza generosa ou desconfiada. No entanto, é importante saber que ninguém é perfeito. Todos, uma hora ou outra, cometem falhas que, de um jeito ou outro, acabam decepcionando pessoas. Mas, isso nunca será sinônimo de ser filha-da-puta. Porque ser filha-da-puta é muito mais que apenas causar decepções a alguém. É um conceito de vida que algumas pessoas adotam, usando a seu favor a boa emoção que dispomos e lhes oferecemos com sinceridade, para no final, como se estivéssemos com uma arma apontando para a própria cabeça, concluirmos que não valeu a pena tanto esforço ao acreditar em quem é filha-da-puta por natureza.         

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Fui Rejeitado. Isso Me Afeta?


Quando numa situação, por qualquer motivo ou razão, você sente a tal rejeição, podem haver duas possibilidades: ou você está muito ligada(o) nesse alguém que você gosta de paixão e admira pra c..., mas esse alguém não está nem aí com você; e essa rejeição lhe dá um mal estar danado - causando por um longo tempo um amargo na boca e uma tortura mental infinita - tanto, que até fica parecendo que não há mais solução para o caso e só o tempo poderá curar. Ou, então, por outro lado, mudando o ângulo de visão com o entendimento que a pessoa lhe quer sim, mas o que passou foi apenas um momento ruim e, obviamente, pensa até encontrar uma fórmula para que essa pessoa não a(o) rejeite mais. Com essa simples ação, agora você é alguém que tenta amadurecer enquanto ser humano para, enfim, entender melhor o que fazer com suas questões internas; essas mesmas que parecem incontroláveis e podem atrapalhar uma relação saudável com quem você gosta. Eu, sinceramente, espero que você esteja no segundo grupo, porque se você busca dentro de si uma solução para a situação de quem a(o) está rejeitando, aí sim, você poderá ter o seu valor reconhecido e, se essa pessoa gosta mesmo de você, ela virá atrás para nunca mais usar a estratégia de rejeitar por causa de bobagens ou de situações esdrúxulas que você ou ela criaram por não saberem lidar com diferenças. Eu sei que isso pode até parecer uma fórmula pronta muito simplória, mas com essas fórmulas prontas, que chegam do aprendizado de vida de cada um, o qual só se adquire durante décadas de vivência, é uma maneira de você não ser mais rejeitada(o) em sua vida. Sabe... É como ir desconstruindo e reconstruindo o seu conceito do que significa ser rejeitada(o). Na hora que você entender melhor isso nunca mais se deixará afetar por essas situações e nunca se colocará no papel inverso, o de incompreendida(o), para justificar uma ação sua de rejeitar alguém. E, com certeza, o seu modo agir e pensar será fundamental e muito importante, porque logo de saída a coisa funcionará se usar os recursos certos para não se deixar abalar e muito menos minar a confiança do outro em você, caso use dessas mesmas armas. Sabe por quê? Simples assim... A tal rejeição que você sente vindo do outro na verdade é um processo interno somente seu! E se acaso ele também sentir vindo de você, será só por conta dele. Então, não adianta querer mandar no desejo do outro, ou na vontade do outro, inventando artifícios para chamar atenção e fazer-se de vítima do amor, porque isso resultará, no final das contas, em muito pouca coisa ou em nada de lado a lado. Mas, quando você parar para pensar e se conscientizar que a sensação de rejeição nada mais é um fenômeno interno, os ponteiros vão se acertar. Sempre chegará a hora de parar e perguntar por que persiste o hábito horrível de transferência de culpa, em vez de olhar para dentro de si e tentar resolver antes de colocar tudo para fora em forma de agressão injusta ou indiferença. Eu não estou com isso querendo dizer que de fato o outro pode não ter culpa ao ter provocado uma situação limite, ou de simplesmente não lhe querer mais por ter acabado a admiração, o gostar, enfim.... E essa mesma situação podendo acontecer com você em relação a ele. Mas, sendo de um lado ou do outro, a pergunta é: por quê chegou a tal ponto? Chegou ao limite quando você passa a viver e sentir tudo como uma rejeição, já que só na sua cabeça a tal situação precisa ser vivida desta forma para justificar alguma estupidez ou falta de paciência, já que você não tem poder sobre o outro lhe querer, ou em deixar de lhe querer, seja pelo amor ou a falta dele. Essa sensação de impotência diante dos fatos incomoda pacas e dá um nervoso danado. Mas saiba que existe um filtro de como tudo isso entra em você. Na hora que souber lidar com esse filtro é que entenderá como ele faz bem e aí, sim, jamais tornará a sofrer da dor da rejeição e, de certa, também não fará alguém sofrer por seus atos. É certo que podemos até ter deixado de ser tão queridas(os) como antes, mas nunca rejeitadas(os), afinal, se o outro não quiser mesmo ceder, é por ter os motivos dele que nem sempre são claros para você. Pense nas vezes em que você não quis determinadas pessoas em sua vida, ou nas vezes que deixou de querer pessoas que até pareciam legais e muito amorosas com você. Nessas situações, muitas vezes, talvez nem teve nada a ver com outro, tinha, única e exclusivamente, a ver com você e o seu momento que não era bom consigo mesma(o). O fato é que o passar dos anos fez você mudar, o seu rosto mudou, o seu corpo mudou, os seus valores mudaram. Quem poderá dizer o por que você não ficou com uma pessoa ou por que foi uma escolha silenciosa dela não ficar mais com você? Acho em diversas situações ninguém tem essa resposta de forma convincente. Na verdade o que quer que seja pode ser tudo, menos manter-se indefinidamente na posição vitimista de rejeição para todos saberem e compartilharem e
sentirem um pouco de dózinha de você. Então comece entendendo e aplicando, quando necessário, o seu conceito de altivez, esse mesmo, que a duras penas foi desenvolvido pela vida no interior da sua mente e do seu coração, para nunca mais se sentir desvalorizada(o) quando o outro não lhe quiser. Certo? Eita nóis... Olha aí a hora boa de você começar a repensar porque o seu valor sempre foi dado pelos outros e nunca por si mesma(o). Querer ou não, ser querida(o) ou não, tanto faz... Quando o outro diz: "Olha, vou desistir de você. Não tenho mais interesse. Você pensa muito diferente de mim. Não concordo com sua visão de mundo!". Se diante dessa situação você sente como se perdesse o chão e o seu valor, não se engane, o seu valor existe em si mesma(o).O outro não lhe querer não muda nada no seu valor, olha só que bela contradição temos aqui: Nem mesmo se o outro lhe quisesse faria de você alguém mais valiosa(o). É preciso aprender que o seu sentimento não é capaz de criar sentimento no outro, não é porque você deseja alguém que a pessoa vai lhe desejar automaticamente. Geralmente temos a fantasia que se eu amo eu vou ser amado. Mas se eu não for amado como imagino é porque estou sendo rejeitado. Isso me afeta? Será verdade mesmo que algo muda em mim? Será que você sempre quis, com a mesma intensidade de sentimento, o tempo todo, todas as pessoas que fizeram parte da sua vida amorosa no decorrer dos anos? Creio que seja óbvio que não. Pois, algumas pessoas podem querer outras por determinado tempo e esse tempo chega uma hora que se esgota, outras pessoas nem o mínimo de tempo têm ao lado de alguém. E isso não precisa ser um problema, nem precisa ser encarado como rejeição. Tudo faz parte da vida e de suas escolhas feitas dentro daquele momento de conveniência, do gostar, de sentir confiança e atração. Lendo tudo isso você poderá dizer: "Ah tá... Mas aqui no seu blog tem um texto recente que diz como se portar em encontros para passar boa impressão e não ser rejeitado e assim seduzir as pessoas". Acontece que os argumentos que eu coloco naquele texto só farão sentido e serão efetivos se o outro estiver na mesma vibe que você. O que estou tentando dizer aqui é que temos que fugir dessas pequenas armadilhas que criamos para nós mesmos.... Essa coisa de: "Me dê logo a resposta, porque eu tô sentindo muita dor. Aquela pessoa não me quer e me rejeitou. Não aguento isso, quero transformar a situação, quero desfazer o mal-feito. Preciso da fórmula para voltar tudo como era antes!". Saiba que somos absolutamente donos de tudo que pensamos e sentimos. Porque tudo o que se sente é uma interpretação interna do mundo externo, é tudo aquilo que o mundo nos envia e temos que filtrar. Caberá a você decidir se deixa ou não entrar, e assim encontrar as respostas para suas necessidades e frustrações imediatas. É preciso entender logo, antes que o seu tempo esgote, quem é você, quais são suas necessidades emocionais e capacidade de dar e receber amor e qual é a profundidade da sua essência amorosa. E, prioritariamente, quais são os seus valores e objetivos na vida perante a circunstância de ter alguém para compartilhar tudo o que vier. Ou será que, na realidade, você prefere não se modernizar, se adequar e crescer enquanto uma potência amorosa? É isso mesmo?... Então... Se a sua visão for de acreditar que tudo deve andar para frente, nunca mais permita que a realidade e atos dos outros entrem em você como uma rejeição, e nem rejeite alguém apenas por rejeitar, porque, aqueles fatos chatos que aconteceram, aquele desentendimento, aquela rusga, aquele tom agressivo cheio de insuportáveis contrariedades, poderão ser administrados e corrigidos simplesmente como um desencontro, um mero conflito momentâneo de personalidade que passa logo. E dessa forma a vida sempre segue. Uma hora alguém desencontra de você e outra hora você desencontra desse alguém. E nesse desencontro de ambos é o momento que se encontram mais ainda. E é por essas coisas que eu sempre digo: "Por esse novo olhar que chega de dentro para fora, ao receber o que é oferecido, faço dessa minha nova realidade a capacidade de ter o direito de jamais sentir rejeição ou rejeitar, já que o outro me entrega o que quiser entregar e eu recebo como quiser receber, e vice-versa. Pois, mesmo diante dessa circunstância aparentemente incontrolável de um momento ruim, vivo feliz. Assim vou tentando cada vez mais amadurecer como um ser humano melhor, tanto para mim e para os outros e, essencialmente, como sendo o único dono de mim mesmo.

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sábado, 26 de março de 2022

Pensando em marcianos...

       
        Estava aqui imaginando como a vida é estranha. O quanto somos injustos ou indiferentes às nossas próprias reações diante da modernidade.
A principal e mais antiga forma de expressão e comunicação é a palavra, a fala. Em seguida vem o contato físico, o olho no olho, o toque e o aperto de mãos. Essas são relações de afeto que cumprem uma função muito importante para o convívio do ser humano.
Na palavra escrita muitas vezes nos cobrimos de máscaras e dissimulações e nos tornamos personagens.
Infelizmente por mais sinceros que sejamos sempre caímos no mesmo erro de esconder os sentimentos ou abrir demais chegando praticamente ao limite do chamado "sincerocídio". Talvez sejam estas ações as piores farsas ou verdades sem filtro usadas pelo ser humano. Agir assim não parece exceção, pois afeta a todos os tipos de personalidade; desde os apaixonados até os covardes quando erguem escudos e apontam lanças para se defenderem antes de serem atacados. Também afeta os sem senso de iniciativa e os traumatizados emocionais; que geralmente acabam relegados a um quarto, isolado-se do mundo ou vivendo uma vida de farsa na internet.
     Ás vezes eu não entendo a razão de tanto isolamento influenciado pelas mudanças no estilo moderno de vida, com a escolha de algumas pessoas em viverem trancafiadas e seguras no próprio mundinho. Discordo desta atitude, pois somos seres sociais de presença física. 
     As minhas idéias são baseadas nessa vivência coletiva e em atitudes de divisão, colaboração e confraternização. Eu acho muito saudável essa socialização real.
      Agora... Na vida virtual é onde mais dispomos de tempo, fica praticamente impossível tratar assuntos sérios com profundidade falando dos mesmos prazeres e hábitos e desejos. A vida virtual parece inconstante, frágil e relegada sempre a uma realidade oposta ao “EU’ real de todos nós.
      O "isolamento" no mundo virtual parece uma decorrência da imposição social, dos novos costumes e dos temores da família ao mundo lá fora. São hábitos que acabam sendo impostos como regra de comportamento quando o celular é tão urgente e indispensável que torna-se praticamente um pedaço do corpo físico do indivíduo.
      Claro... É muito mais fácil teclar digitando carinhas, emogis e mãozinhas de positivo, tal qual outros recursos que anulam as palavras escritas, apenas para transmitir mensagens e sensações dúbias à interpretação. É óbvio, tudo será entendido de acordo com o nível de humor de quem as recebe. Falar tudo diretamente com a pessoa, demonstrando o que sente por ela, ao vivo e a cores, é coisa rara de se ver hoje em dia. Também por que, ao teclar / digitar, raramente você demonstrará sua emoção verdadeira. 
    A internet favorece muito o aspecto da individualidade, sempre em contraste com a cumplicidade e participação pessoal.
     Houve um tempo em que se poderia ir à casa de alguém, nem era necessário avisar, muito menos marcar hora, ia chegando, sendo muito bem recebido com um sorriso e um convite espontâneo: “Entra, senta aí no sofá, fique a vontade”. Hoje tudo tem de ser marcado, tem que consultar o outro antes, confirmar se não tem compromisso, tem que ver a previsão do tempo, - se for mulher, namorada ou amiga - melhor saber com antecedência os dias da TPM para não levar uma porta na cara ou outro ato de hostilidade, tipo: “Quem é você? Não te convidei para vir aqui hoje.".
 Tem gente que é mesmo muito mal educada, mas isso é assunto para outro texto.
    Nós mudamos ou o mundo mudou? 
     A educação e a cultura da informatização mudaram as pessoas? O excesso de informações colocou todos em um confinamento eterno? Viramos bonecos numa cadeira giratória criando pneuzinhos na cintura provocados pela auto-escravidão virtual? 
      Humm... Acredito que, em boa medida, muito disso influencia na falta de atitude com a dita socialização, pois sabemos que é muito cômodo "teclar / digitar" com alguém sem precisar se expor. É melhor que ir até a casa da pessoa, afinal você terá de escolher uma roupa, tirar o carro da garagem, chamar Uber ou pegar ônibus. Numa cidade grande perderá tempo no deslocamento de ida e na volta, correrá risco de ser assaltado ou de ficar preso num congestionamento ou enchente. É muito mais fácil "teclar / digitar" com uma latinha de coca-cola ou um copo de chá ao lado e, mais, o biscoitinho ao alcance das mãos com os farelos se espalhando na poltrona. É claro que, depois de um tempo, chega a dor nas pernas de tanto ficar sentado,  mas é melhor doer por isso do que por uma caminhada cansativa ao ar livre debaixo de Sol só para ficar em forma. 
         E, finalmente, assim vamos ficando cada vez mais trancafiados em nosso mundinho, vendo a vida passar pela tela do celular ou notebook, achando com toda convicção que vivemos uma vida de qualidade.
Tem gente por aí que nem se lembra do quanto é gostoso sentir os raios do Sol na pele ou então nem lembra mais que flores aparecem na primavera.
         Reconheço e faço aqui o “mea-culpa”, pois também tenho alguns destes hábitos. Estou procurando mudar, mas a vida só muda quando a própria pessoa muda - estou tentando o máximo para que isso aconteça. Porém, sabemos que ainda não é o melhor, mas o pior é quando a “ficha cai" e vem o pensamento: Será que vale mesmo a pena mudar agora nessa idade que estou? 
      Geralmente já será tarde demais e, então, entrará na conta 10 quilos a mais de gordura na barriga e 10 anos a menos da vida social. Sinal dos tempos!
     Bem... Percebo que a minha vida quase 100% virtual continua sem interação física - mas hoje, mexendo nos apps de streaming, encontrei um filme muito antigo onde marcianos andavam juntos. Imaginei positivamente que jamais ficarei sozinho, pois, pelo menos, podem aparecer por aqui esses tais marcianos...

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segunda-feira, 21 de março de 2022

Domingo à Tarde

   Foi num domingo à tarde que pensei em você de um jeito carinhoso – a mente modelou a sua própria maneira o mapa dos meus sentidos. Ao olhar pela janela da sala notei que não havia uma nuvem sequer no céu. Então fiz desse momento um dia de mudança da alma e do ritmo antigo de sonhar com você.

     A franqueza e a força que havia nisso fez a vida me oferecer a oportunidade que eu jamais rejeitaria, justamente por perceber o quanto você se afastou de mim nos últimos anos. O pensar me trouxe uma sensação maravilhosa – e fiz de conta que nada de mais importante estivesse acontecendo.
     No momento em que o relógio da sala quase parou, eu nem sequer percebi que os ponteiros giraram ao contrário entre o sonho e a realidade em que tudo se divide com a mais fina linha – balancei, pelo temor de ser flagrado dizendo coisas que poderia me arrepender depois – proporções compreensíveis e tão intensas de rupturas e traumatismos característicos de uma pessoa imperfeita.
    Ufa! É tão difícil entender o valor que uma pessoa dá a sua própria vida...
    Ainda existe a mesma linha imaginária de antes que nos separou por tanto tempo quando estávamos tão próximos e, eu, em desespero, procurava tocar seu corpo à meia-luz. Quando eu chegava mais perto com o peso de todas as minhas culpas, você abria seus braços e me recebia com carinho, estremecendo um pouco, trincando os dentes e fazendo o filme da minha vida passar na tela gigante, o que me partia de cima a baixo. Logo em seguida eu ficava leve como uma pluma que plaina na brisa suave como num filme antigo hollywoodiano que, de um jeito ou outro, sempre deixa uma imagem mais forte.
    Alguns dizem que essas cenas têm um valor que pode ser determinado por aqueles que ficaram para trás, outros acreditam que sejam determinadas pela fé ou saudade ou, quem sabe, por um amor inesquecível. Outros dizem que a vida não tem nenhum significado e o importante é viver um dia após o outro sem muitas preocupações.
      Meus pensamentos passam assim.... Como se eu estivesse num oceano em fúria que leva tudo para longe, menos o que é essencial nesse instante para minha existência; a força.
      Se eu acredito? Eu acredito sim! Todo e qualquer valor pode ser determinado pelas pessoas que um dia tiveram proximidade e admiração uma pela outra no decorrer dos anos. Em determinados momentos reconhecendo que a diferença é a coisa mais fascinante do mundo. Ela não serve para cultivar inimigos ou estar a todo momento pronto para o combate. Ela serve sim para o entendimento próprio e respeito ao próximo.
     Voltado a nós: por algum tempo, poderíamos novamente deitar lado a lado como um presente dos céus. Pelo canto do olho eu teria a oportunidade de vislumbrar seus contornos perfeitos. Isso seria maravilhoso porque pareceria interminável. Então eu ainda poderia afirmar que nós aproveitamos nossos dias juntos de um jeito que a maioria das pessoas só consegue aproveitar durante uma vida inteira. Eu sei que quando tudo ameaçou acabar, seus olhos estavam fechados, mas seu coração ainda permanecia aberto para um novo mundo como nunca antes houvera imaginado.
     Pois é... assim se foram os nossos anos. Parece que tudo passou muito rápido: segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira e cada final de semana nos unindo no mesmo sonho - o que nos fazia completamente calmos e totalmente loucos - uma união indivisível por horas a fio em que você tomava a minha mão e segurava firme para caminharmos em meio à multidão nos corredores dos shoppings ou numa praia deserta a noite. E lá dentro da gente as estrelas piscando no mesmo céu azul que avisto daqui. Mas com a diferença que nós podíamos desfrutar juntinhos. Parece-me que não há como negar a criatividade, a admiração, o amor e todo o restante das coisas que nos tornavam únicos numa só iniciativa de qualquer ação para o bem comum. Se houvesse uma seta nos indicando o caminho para enxergar com precisão, talvez tudo teria sido mais fácil sem ficarmos zangados ou ignorar que realmente éramos importantes um para o outro.
     Você percebe agora que nesse sonho real de caminhada em corredores, avenidas, areia, terra batida e estradas movimentadas que o nosso destino pertencia metade a nós e outra metade a Deus? Que se quiséssemos poderíamos submergir desse destino e depois sair flutuando enquanto os nossos corpos não mais nos pertenciam ou então apenas nos esconder afundando? Garanto que nessa hora nossos corpos teriam um peso antinatural, uma respiração quase parada, porém, tão profunda e uníssona que ambos chegaríamos ao limite de um ponto acima da linha do infinito. De lá nos ligaríamos a uma corrente magnética que poderia eternamente irradiar uma luz hipnótica que curaria nossas mentes e corpos sofridos de saudade - livrando da ira e louvando a paixão.
       Na imobilidade renovo minha energia enquanto a vida fica intacta na imaginação. Assim vem a musicalidade que profana o silêncio nesse ato puro de criação. Tudo isso é um estímulo enquanto tento me defender de alguma forma tendo a lembrança como recompensa por acreditar em tudo que vai além da simples observação.
      Sei que existem sentimentos que insistem no direito de continuar justificando o meu direito de estar aqui construindo narrativas convincentes, porque é bem mais fácil viver assim – é um alívio constante! Há um sentimento que se prende a mim e me leva por esses caminhos, tanto quanto você se agarrou a mim por um tempo quando tentávamos ser bons um com o outro, e algum medo se apresentava de forma sutil.
      No entanto, de um momento para outro, quando começou o processo de reconhecimento de sentimentos e ações indesejáveis, todas as sombras negras vieram à superfície num simples clique. Não houve a possibilidade de prosseguir no instante em que a vida se estendia momento a momento rumo ao estranho ao infinito de desacertos - isso parece mais real para mim do que aquilo que eu suponha que fosse para você naquele instante de insensatez.
     Tudo o que eu pensei e tudo o que desejei existe de outro jeito - e não poderá acontecer outra coisa fora desse contexto enquanto eu for o que sou e pensar em você assim - quando não pode ser mais real, mas parece estar sempre na imaginação...
      Em um mundo tão cheio de mágia envolvente eu vivo sob os frutos de uma simples ação, um simples chamado do seu nome que flutua pelo vento até chegar aos sentidos primordiais.
     O meu pensamento se torna a ação quase inerte na prática espiritual que desencadeia outra e assim sucessivamente. Tudo faz parte de um grande sistema de energia e dos meus desejos num mundo de alegria possível, - sem a dor anterior excessivamente comum - quando me fixo na realidade que permite trazer você até a mim nessa terna imaginação.
   Meu poderoso pensar flui e se transforma. Flutua pelo universo na busca a fim de reconhecer cada pequeno sentimento de tudo aquilo que (juntos) um dia julgamos errado ou até ruim.
     Tomei consciência do salto libertador a que isso levou. Agora sinto-me livre do mal que me assolou quando ambos desapareceram do espaço físico por um tempo. Eu pareço ter absoluta liberdade para fazer as pazes e romper esse ciclo sem julgamentos ou conotações negativas, para finalmente me libertar daquilo que manteve a ambos encurralados.
     Sentado na poltrona, olho pela janela e sonho que você também sonha meus sonhos e ainda segue meus passo enquanto vai recordando cada lição recompensadora ou dolorosa que aprendemos juntos. A cada dia o tempo passa mais depressa tomando conta da esperança última esperança que resta antes que se perca - ainda há uma pequena percepção dos detalhes que sonhamos naquele idealizado. 
     O Sol brilha no meu devaneio distante enquanto você está sentada nas pedras numa praia paradisíaca observando tartarugas marinhas emergindo e submergindo num domingo à tarde.
     Talvez nesse segundo de lembrança distante de ambos não exista mais fronteira entre nós, nem a linha imaginária. Assim, finalmente livres no pensamento, acho que podemos nos reconhecer em alguma imagem feliz que ainda não foi apagada. Ou, quem sabe, apenas aprender o significado de tudo isso no pensamento que mapeia os sentidos de cada um - o que talvez inclua a não realização dos anseios da alma e o aumento da decepção no ser idealizado totalmente falho, revelado na representação fiel de uma última conversa recheada de verdades sinceras num domingo à tarde.

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quinta-feira, 3 de março de 2022

Hiato do tempo

 


     Nesse hiato do tempo há imaginação. Ao meu redor tudo se materializa de um jeito diferente. Sinto como se estivesse num palco enorme, recebendo um raio de luz branca que ofusca a visão. Diante de mim há uma multidão de rostos deformados que murmuram. São pessoas e mais pessoas falando ao mesmo tempo coisas que eu não consigo entender. Então eu imagino e crio suas imagens perfeitas, ao mesmo tempo em que me pergunto: “Como pode toda essa gente ter tanto a dizer uns aos outros e nada têm a me dizer de bom? Então... Há apenas a luz branca que continua cintilando de forma intermitente nos meus olhos durante muito e muito tempo. E não adianta tentar  fugir do seu foco, pois para cada lado que eu viro, lá está o flash contínuo dentro do meu cérebro. De repente, do nada, chega o momento em que tudo se apaga e só resta a escuridão. Mas se alguma réstia de luz sobrou daquele foco, manteve-se oculta, tristonha e muda. Apenas o pulsar do meu peito denuncia que eu ainda sou um ser vivo e capaz de encontrar o caminho para fugir do que transforma a minha mente criativa numa mente transtornada e oprimida. Mas eu ainda não consigo totalmente - e até certo ponto eu me contento que seja assim - porque talvez uma réstia de luz seja  melhor que nenhuma. Tenho apenas que aceitar e seguir o destino traçado.

Ah... Quando eu penso sobre isso é porque de certa forma tenho essa visão a respeito da vida e gosto, acreditando que isso faz por onde situações improváveis aconteçam. E se pareço um desmiolado ao passar a impressão que sou louco, lamento, louco seria se dissesse que qualquer um é pessoa louca - a questão é apenas o que há a fazer por pura ambição ou reafirmação. Sei que há por aí pessoas que não interpretam direito e às vezes tiram uma frase do contexto levando à uma conclusão precipitada. Apenas digo que a atitude é que torna uma pessoa louca ao olhar dos outros, e o desequilíbrio está nas ações impostas por tal pessoa e não pelo relato em forma de fantasia do que sofre. É uma pena quando está tudo calmo e só restam as cinzas de uma chama que tenta erguer-se vindo debaixo das brasas. É um tipo de indolência recheada com ameaça de renascimento. Diante dessa ameaça tão explícita da chama num hiato do tempo resolvo apenas metalizar, assim vejo melhor as imagens sequenciadas. Fico alarmado por tamanha facilidade e saio do estado de tranquilidade e indiferença para a brutalidade e coação, o que imediatamente muda o meu estado de humor. Ah, se alguém estivesse aqui compartilhando da mesma sensação talvez nada disso aconteceria assim. Qualquer pessoa... Até mesmo você poderia. Mas como pude perceber parece que todos que foram cúmplices agora são omissos ou estão envolvidos por um tipo de poder de persuasão e mentira - que parece verdade - ao que mundo lá fora tem a oferecer. Estou contaminado interiormente pelo vírus da ambição latente dos que desejam de mim apenas o que de bom posso oferecer. Sou apenas uma pessoa comum com uma fera ferida escondida. Hoje eu sei que tudo isso toma uma dimensão que não posso mais conter. São situações extremamente complexas que merecem habilidade para me liberar do cárcere e da tortura. “Será que alguém teria coragem de fazer o que eu faço e sentir o que sinto?

Percebo que o tempo voa, mas demora muito a passar os momentos em que estou atolado com excessos e pessimismos. Há momentos nos quais me sinto como se a psique houvesse sido infectada pelo carma da desesperança. E quando isso acontece a vida passa tão lentamente como se desafiasse os meus sentidos na retidão do pensamento à beira da insanidade, tudo acontecendo num infinito hiato do tempo. 


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domingo, 24 de outubro de 2021

Incongruências e Fantasias

           Estou sozinho em casa e me sinto completamente doidão. 
       Tive uma visão rápida pelo canto do olho que desapareceu quando fixei o olhar.    
       Não adianta tentar explicar, pois talvez você não entenda que eu preciso me libertar das incongruência e fantasias criadas pela vida - acho que nesse estado estou emocional demais. São as vibrações cósmicas e sonoras que me tornam reflexivo - ainda que eu me sinta completamente podre por dentro, bem mais inchado que um cadáver esquecido na praia. Estou totalmente fora do meu juízo. Talvez fosse melhor caminhar antes de chegar ao caos ou encontrar o rumo certo para findar a dor. Mas, se eu continuar assim, nesse estado letárgico permanente, com certeza, meu fim será completo de tantos outros: trágico e solitário. 
       Olha... Posso afirmar: Já nem sei mais se tenho limite, pois eu vejo luzes de todas as cores e figuras disformes deslizando pelas paredes. Como posso buscar a harmonia convivendo assim? Alguém bate à porta, são mãos gélidas que tentam me alcançar. Eu me sinto isolado e preciso me levantar, mas não consigo.
         Do nada, uma fumaça roda pelo ambiente, sobe do chão ao teto num vai e vem misturada ao cheiro de mofo persistente. Assim reflito sobre as situações que me perseguem pela vida. Uma delas é o encontro com personalidades que eu nunca desejaria ter encontrado e, se eu soubesse, cruzaria a rua ao observar ao longe cada aproximação.
       Talvez, por eu estar assim, você diga que tem muita gente problemática por aí, gente que é de difícil convivência. Assim sempre haverá uma nova lição a cada dia que cada qual tem que aprender por si mesmo!
       E novamente você, completamente estática, diria diante da cena: Oh,my God! Existe cada figurinha estranha neste mundão de Deus!
      Talvez em outros tempos eu já tenha sido aquele tipo de pessoa introvertida, meio calada, que só ouvia e nem se importaria com esse tipo de observação; mas de vez quando poderia soltar pérolas que você riria até chorar. Depois acho que mudei e virei o tipo falante, exibido e egocêntrico. Quem nunca topou com aquela pessoa nervosinha que gosta de achar defeito nos outros e nunca admite estar errada? Eu fui assim também! Um dia me tornei aquele ser indecifrável com a mistura de vários tipos dependendo da fase da lua ou da vida. Será que é assim que você me enxerga agora?
       Como é terrível lidar com gente como eu ou como você! Há o lado bom de poder ser um enorme exercício de tolerância aos próprios limites - ainda mais se for algum tipo que sofre à beira de um colapso nervoso quando se sente sob pressão ou é provocado à exaustão. Isso parece mais sincero ou genuíno para você? Estranho...Tento de verdade compreender o que nos motivou a comportamentos desta natureza um com o outro. 
Muitas vezes me coloco em seu lugar, mas apenas em alguns casos quando julgo conveniente, é claro!
    O fato de não conseguir entender a necessidade que algumas pessoas têm de chamar tanto a atenção pelo lado ruim da conduta eu prefiro retornar ao meu mundinho. Penso como reagir, dar o troco, ignorar ou perdoar sem punição - ainda que esteja praticamente amarrado em outra dimensão do tempo / espaço.
       O bom senso diria que impor limites seria uma regra a ter seguido antes, mas isso nem sempre traria o efeito desejado, porque há quem se sinta ofendido ou injustiçado ao ser alertado do comportamento ridículo por não saber lidar com contrariedades. Isso já aconteceu comigo e acontece agora. Então tento fazer tudo de um jeito diferente para dar tempo de refletir sobre todas as situações inoportunas.
Novamente chega a questão de como eu deveria pensar e uma simples conversa séria parece não bastar.
      Percebo então que os exemplos de situações concretas e dos desajustes não é coisa fácil de lidar - é uma tarefa muito árdua quando se tenta o tempo todo demonstrar o quanto o comportamento influencia negativamente no ambiente e na vida da gente e também na dos outros.
      Onde foi que minha fértil imaginação se perdeu quando me fez tão doidão ao ponto de não enxergar isso? Seria essa febre que me consome por dentro sem parar?
      Será que eu fui premiado com rancores e frustrações por ser conivente e impotente? Essa seria uma vitória perante seus olhos?
         Que droga! Parei de pensar bem no momento mais crucial da nossa história a dois. Acabou a música em minha cabeça quando o sonho se foi e eu me tornei assim. Teria sido bem antes que pudesse repetir o mesmo refrão mais uma vez, tentando me libertar dessas incongruências e fantasias da vida em repetição. Isso se tornou tão triste...



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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Você Também É Uma Bruxa!!!

 Quem visse de perto aquela mulher, com os seus irreveláveis anos de estrada, dificilmente imaginaria que em outras épocas, - tempo de menos esclarecimento popular – ela teria sido queimada viva numa enorme fogueira em praça pública.
  Uma vez, há muito tempo, ela me disse: “Sou bruxa mesmo, mas e daí?” Garantia em tom jocoso os seus atributos pouco ortodoxos de sentir energias e receber algo parecido com premonições. No mesmo instante me lembrei daquelas bruxas que me faziam morrer de medo nos filmes de televisão, - ainda em preto e branco - isso já por volta dos meus sete ou oito anos de idade. Eram as bruxas pretensamente do mal, vestidas com roupas pretas, chapéu pontiagudo  e com uma ou duas verrugas no nariz afilado. Elas afirmavam aos quatro ventos que adoravam sexta-feira 13, especialmente em agosto, e também 31 de outubro.
     Nunca me esqueço daquela risada horrorosa e estridente que assustava os bichos da floresta (cruz credo!), Mas, para aliviar, no final de tarde tinha aquela bruxinha do bem que eu gostava de assistir, - por que a achava muito engraçada e bonitinha - a Samantha, daquele seriado A"feiticeira". Lembram? Bom... De qualquer forma, naquele tempo assim como hoje em dia, tudo parece historinha para criança. Acontece que depois cresci e aprendi a observar melhor as pessoas, acabei descobrindo que existem bruxas de verdade. Descobri que elas estão por aí em qualquer canto ou esquina da nossa vida. São muito mais numerosas do que se possa imaginar, elas se parecem com qualquer um de nós e não voam em vassouras. Muito pelo contrário, elas viajam em carros, ônibus e motocicletas; lotam metrô ou fazem uma longa caminhada no parque pela manhã e podem até ter curso universitário com várias especializações. Trabalham diariamente em escritórios, galerias de arte ou ateliês; escrevem livros ou deixam suas opiniões em blogs; fazem conferências e dão aulas de massoterapia - vira-e-mexe, se misturam como mestres ou aprendizes nos cursos de artesanato e nutrição. Administram grandes ou pequenos negócios e, depois da jornada de trabalho, vão ao terapeuta holístico – desenvolvem técnicas de trabalhos naturais em busca do auto-equilíbrio corpóreo / psico / social. Trabalham a correção e a harmonização de seus próprios recursos físicos, emocionais e energéticos, a fim de transformar tudo em autoconhecimento.
    A grande diferença entre elas e os mortais comuns - (nós) - é que as bruxas têm hábitos um tanto esquisitos. Algumas até remexem caldeirões e fazem poções mágicas às escondidas - no melhor estilo de qualquer filme do Harry Potter. Conhecem a cabala e vivem murmurando palavras estranhas em noite de lua negra. São até capazes de inventar feitiços que curam os amados ou que amaldiçoam os desafetos. Usam palavras que transformam qualquer pequeno objeto num grande amuleto que atrai amor e dinheiro (putz... estou precisando de um desses!). Estes são os tipos de algumas bruxas que já conheci de pertinho. Eu disse de pertinho? Sim! Bem de pertinho mesmo! E garanto uma coisa: para os dois lados dessa vida - do bem e do mal.
   Essas pessoas demonstravam a sensibilidade desenvolvida, com o dom que os leigos chamam de “sexto sentido”. Foi assim que depois de muita pesquisa descobri que tive uma geração de bruxas em família.
    Minha mãe me contava que durante a época da caça às bruxas, os objetos tradicionais usados pelas feiticeiras, como o bastão de pitonisa e as varetas mágicas, foram banidos para não despertar suspeitas - espaço ocupado por instrumentos de cozinha do cotidiano, e com toda certeza não despertariam o olhar curioso, como, por exemplo, a colher de pau. Era apenas mais uma estória que a mãe contava para o filho pequeno, mesmo assim entendi por que bruxas adotam grandes colheres de pau para mexer no caldeirão. Ela, (a minha mãe) descendente de italianos misturados com um povo cigano que não sei falar o nome, aprendeu a feitiçaria com os requintes das mitologias grega e celta. Por uma dessas coincidências do destino, ela acabou sendo a caçula da dinastia das bruxas e não passou o “bastão” adiante porque não teve filhas e nem sobrinhas. Mas, no fundo, o seu desejo era ter 7 filhas. Ela me contou que logo aos 5 anos já era uma bruxinha muito malvada: sabia de cor as palavras para enfeitiçar. Foi crescendo e aprendeu entrar em sintonia com a natureza e seus elementos, – terra, fogo, ar e água – rapidamente conseguia transformar os frutos da terra em seus aliados – conversava dia e noite com as plantas e acariciava árvores. Aos 10 anos, já sabia fazer um tipo de elixir contra inveja e dor de cabeça. Que maravilha! Uma bela surpresa com grande orgulho para a bruxa velha e caolha que só falava italiano; a minha avó. Ela ainda deu detalhes que na sua infância, dos 5 aos 10 anos, ouvia vozes estranhas, ruídos inexplicáveis pela casa e tinha visões de sombras passando pela parede. Foi assim que começou a se interessar pela bruxaria e coisas estranhas ao olhar comum. Afirmou durante anos, e praticamente todos os dias, que bruxaria não é um privilégio das mulheres, e eu, como seu único filho, deveria seguir os ensinamentos. Mas eu sempre fui muito dispersivo para certas coisas - achava bobagem aquelas alquimias estranhas feitas no fogão a lenha. Para ser bem sincero, morria de dó dos gatos pretos presos naquelas gaiolas individuais lá no fundo do quintal, e fazia questão de passar bem longe dos livros de filosofia Rosa Cruz pendurados na velha estante da sala - alinhados e misturados com os de física Quântica, que eu nem imagina o que deveria ser. Depois de anos descobri do que se tratava toda aquela literatura, bem diferente do tempo em que eu mal sabia o alfabeto e via aqueles livros como grandes volumes encostados um ao outro. Era muito estranho, pois eu pensava que eles voavam já que eram livros de magia – mas a mudança de lugar era por conta de tantas consultas noturnas feitas por ela.
Os anos passaram e foram várias as noites que a via debruçada sobre a mesa tentando decifrar a cabala para desvendar o mistério das coisas que a perturbavam. Com base nesses conhecimentos ela preparava talismãs para algumas pessoas que começaram a pagar pelos serviços. As essências de florais viraram uma febre para alguns clientes especiais que pagavam caro por um frasquinho com meia dúzia de gotinhas. A conta bancária cresceu e a vida melhorou – até comprou um carrão zero quilômetros vermelho-ferrari. Também tinha um tipo de reunião que ela fazia semanalmente com mais 12 bruxas em roupas de cerimônia. Eram organizadas gravuras do sol e da lua sobre a mesa comprida; traduções da energia masculina e feminina para o ritual. Enfileiradas apareciam adagas e, na sequência, vários pentagramas, um cálice, uma espada e pedras brilhantes; símbolos bem tradicionais da magia - que nada mais eram que os veículos da energia concentrada pela força do pensamento. No final faziam orações mentalizando soluções para os problemas individuais e exteriores – como os prejuízos causados pelo homem ao meio ambiente. Pareciam muito unidas e determinadas defensoras da natureza quando saiam juntas à rua. Odiavam, com olhos arregalados, quando algum leigo fazia chacota chamando cada uma de bruxa; ou a todas de seguidoras de satã. Poucos passos à frente o infeliz camarada poderia dar uma topada ou cair num buraco, e elas se esbaldariam de tanto rir com o acontecimento. Mas se na queda ele quebrasse o pé ou a perna, imediatamente elas prestariam os primeiros socorros, como qualquer pessoa normal a acudir o coitado.
    A moral da história é que existem muitas bruxas que já flertaram com as práticas de satanismo, antes ou depois, de abraçar a bruxaria / magia ou a crença Wicca (inclusive a minha mãe, mas não garanto que fosse nessa vida).
    Um dia as bruxas acabam ensinando aos incautos, que tudo o que se faz de mal aos outros volta em dobro. Usam como filosofia de vida a forma cósmica da força do pensamento e orações transformadas numa energia que transcende o entendimento – e isso independentemente do que se creia.
    Para entender melhor acontecimentos como esses, é preciso estudar mais, observar e vivenciar – de preferência por alguns anos. Assim se acaba tomando a Bruxaria como uma arte que é tão necessária à vida quanto outras com a mesma dedicação. No presente, os hábitos danosos aos outros devem ser mudados, os pensamentos em constantes transmutações devem ser filtrados. Deve-se sempre estar disposto a enfrentar tempestades emocionais e sociais, ou mesmo – e a pior de todas – as tempestades internas que ainda não se compreende. Eu sei que é difícil entregar-se totalmente quando não se conhece algo, porém, é necessária a entrega com árdua dedicação para vivenciar a magia na plenitude. E para reforçar o relato, vou relembrar um acontecimento com uma das bruxas que conheci em algum lugar do passado. Ela era minha amiga e tinha trinta e poucos anos, acrescente-se o nariz comprido e olhar profundo: Por todo lugar onde andamos ninguém, de fato, percebia que ela era bruxa e, a mim, posso dizer: ela não causava mal algum, já que parecia alguém que vivia da Magia no dia a dia. Eu notei que ela observava diferente algumas pessoas, estudava ponto a ponto e concluía pela experiência prática em visualizar. Por meio de um simples diálogo conseguia distinguir vários fatores sobre a pessoa: se era mentirosa, se estava sofrendo, se era boa. (tinha uma amiga nossa que ela não gostava por intuição, mas não sabia dizer por que). Well... Ela costumava caminhar observando tudo e todos a sua volta. Seu instinto também era treinado através de diversas práticas que eu desconhecia - muito fortalecida por sua autoconfiança. Através do instinto de bruxa conseguia distinguir inúmeros fatos, captar conhecimentos, ter sonhos premonitórios - sentindo o perigo através deles -, e perceber se o que fazia ou enxergava eram confiáveis ou não, via imenso prazer em conversas que rendiam pontos de vista diferentes dos seus. Era curiosa, porém muitas vezes reservada. (Minha mãe me explicou que é muito comum a bruxa ter poucos amigos. Não por ser pessoa tímida ou algo assim, mas por gostar de apalpar durante muito tempo o terreno que pisa, muito antes de ter plena confiança. E se você não for uma pessoa que respeita pontos de vista diferentes ou não sabe guardar segredos, dificilmente conseguirá ser amigo de uma bruxa; ela nunca lhe contará sobre suas experiências mágicas). Comecei a entender melhor a minha amiga e o seu tipo de bruxaria. Em dado momento percebi que ela era uma bruxa um pouco insegura quanto ao que fazia. Tinha muito medo de errar ao fazer o bem (eu percebia isso, principalmente quando ela conversava com as pessoas que não conhecia a fundo). O fato de começar a entender tantos mistérios da Magia vinha somado ao desta bruxa ser extremamente curiosa, fazendo sempre as perguntas curtas e certeiras. Queria saber os mínimos detalhes, muitas vezes insignificantes, dos acontecimentos que nos rodeavam, queria entender melhor tudo conforme praticava a sua magia cheia de intuições. A vida poderia parecer mágica diante dos seus olhos, mas em outros momentos um fardo difícil de carregar. Só por isso ela vivia lendo, analisando, praticando, observando, re-analisando, praticando novamente até acertar, anotando tudo desde o início, tentando entender coisas complicadas e outras nem tanto. Mas um dia ela mudou o foco e mudou de lado repentinamente – foi para as trevas dos desejos. Em pouco tempo veio o retorno do universo, por más ações, e ela teve a chance de refletir o quanto poderia ter sido mais proveitoso usar os seus conhecimentos para o bem. Assim ultrapassou o impasse com tantas dúvidas que afligia a sua vida nessa terra , assumiu de vez ao que veio e que ainda não tinha entendido. Por fim, teve a atitude radical que tanto necessitava - a qual nunca mais voltou atrás: sintonizou-se nos canais mais puros para o controle da mente: yoga, duendes, cristais, regressão às vidas passadas e outros ensinamentos. Descobriu que a magia boa estava no seu corpo, em seus movimentos e acima de tudo na força do pensamento para os melhores pedidos serem atendidos - tudo acontecendo bem diferente do fenômeno que a perseguia a vida toda em sonhos: o corpo derretendo aos poucos nas fogueiras da inquisição (fato verídico acontecido com ela por duas vezes em séculos diferentes). Se eu a encontrasse de novo a ouviria dizer o que a minha mãe uma vez falou com todas as letras: “A magia nada mais é que a canalização de energia para um determinado ponto. Enfeitiçar não é privilégio só das bruxas: qualquer um pode ter esse poder que vai da sedução à vingança, da bondade à maldade. Eis aí o maior de todos os seus dilemas: escolha como será na hora que desprender tal energia de si, e saiba que mais cedo ou mais tarde ela voltará bem mais ampliada do que quando saiu”.
    Bom, diante de tudo isso, concluí o seguinte: com os acontecimentos dentro da minha própria família e na vida da amiga bruxa que trilhou o caminho do bem e do mal - e aparentemente se regenerou - ainda fico a pensar num velho ditado espanhol: “No Creo en las brujas, pero que las hay, las hay”.  



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Cansado e Velho

Minha história gira em torno de mim mesmo, — uma vida quase nas portas do delírio na mente de muitos —, com o intuito único de conti...