sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Falando De Merda, Vingança e Maus Hábitos



     Oi turma. Essa época de final de ano é um agito só, não é mesmo?
     Estou cá nessa correria, ajustando uma coisinha aqui e outra ali do jeito que posso.
     Putz... Ninguém aguenta mais viver nessa cidade maluca – eu não aguento mais tanta neurose no trânsito e filas para tudo! Até para ir ao banheiro tem fila - quase é necessário pegar senha em lugares públicos.
     Olha... São enormes as filas em supermercados ou em qualquer shopping Center da vida – desde os mais chiques até os mais populares, ou da Rua 25 de março (nessa rua e região, então, nem se fala).
     Vou todos os dias conformadamente tentando seguir por ruas e avenidas congestionadas ao sol de quase 30 graus na cachola; o que sempre me dá muito tempo para pensar na elaboração do tema de hoje.
   Vou contar... Um dia desses me senti como sendo um personagem do livro “Não verás país nenhum – Ignácio de Loyola Brandão”, quando é narrado o notável congestionamento que parou a cidade para sempre. Começou aos poucos com horas que viraram dias; e que depois se transformou em semanas, meses e anos de uma espera sem fim com todos parados na pista. E os motoristas, por apego aos seus veículos, passaram a viver dentro deles enquanto os parentes traziam comida e água – tudo feito na esperança que um dia o trânsito andasse e a vida voltasse ao que era antes. É claro, as avenidas viraram um depósito de ferro velho, ferrugem e esqueletos debruçados sobre os volantes dos carros. Uma história de caos e fim dos tempos em que o povo era guiado por governantes medíocres e muito distantes da realidade dos que ficam aqui embaixo (essa ficção se parece muito com os dias atuais, não é mesmo?).
      Well... O tema de hoje se baseia em alguns comentários do texto anterior. Duas palavras em especial nestes comentários despertaram a minha vontade de destrinchar um pouco mais o assunto.
      Vamos lá!
      As palavras “merda e vingança” marcam um grande simbolismo na referência que se faz no caso de relacionamento mal sucedido. Então vou abordar esse tema de duas maneiras muito peculiares, - claro que em seus sentidos mais abrangentes - e que no final trará entendimento da ideia principal que estou tentando passar a vocês.

      Não há o que temer quando se age com correção, certo? Mas tem gente que não se dá conta disso. Triste demais quando tudo é descoberto depois de ter acreditado piamente na pessoa.
       Dito assim; lá vamos nós adiante ao cerne da questão.
       Quando uma pessoa acusa alguém de vingança, ou pensa que tal relacionamento deu merda, é porque já sabe que o que fez não foi certo em algum tempo da caminhada a dois.
       A merda (no ventilador) e a vingança nunca surgem espontaneamente; elas vêm por alguma motivação, e na maioria dos casos, por um conjunto de atitudes inconsequentes – geralmente abusos e excessos de uma das partes que se sente mais independente ou segura de si; de uma forma assoberbada.
       Ao abusar da sorte mentindo, enganando e ignorando o outro se corre um sério risco, cedo ou tarde, do revés.
       Cada um sabe onde o calo aperta – como dói e qual o tamanho da dor. E quando há menosprezo pela capacidade, inteligência e sentimento do outro – isso através de atitudes rudes ou de contrassenso – cria-se a atmosfera propícia ao desabafo e até ao descontrole emocional – o que culmina na chamada vingança.
       Existem vários tipos de vingança. A pior de todas é a física: é quando o individuo persegue o outro sem dar trégua e, tomado por forte emoção, tentar agredir ou até matar.
      O outro tipo de vingança é feita com ardis psicológicos. A pessoa, aos poucos, vai isolando, excluindo e menosprezando a outra, no intuito de enfraquecer a autoestima da mesma, até que ela se sinta completamente fragilizada e presa à situação de impotência.
       Quando isso acontece a vítima (chamaremos assim para um entendimento melhor da situação) busca um tipo de esforço sobrenatural para encontrar os pontos fracos de quem a está machucando ou machucou – nunca temos uma real noção do mal que causamos ou que recebemos com os nossos atos, e tudo passa meio desapercebido no primeiro momento da situação.
      Geralmente o revés acontece quando a pessoa, autora dos atos de superioridade, menos espera. E pode acontecer de receber a mesma dose que usou e com os mesmos métodos, ou por acaso, outros bem mais inspirados e criativos para doer mais; e que podem causar um enorme efeito devastador na imagem desta pessoa perante aos seus próximos.
         Então, não fazer ao outro o que não se deseja que a nós seja feito, se torna a melhor de todas as lições a seguir.
Entender por que deu merda, ou o motivo de alguma vingança, é uma coisa que geralmente cabe apenas aos dois – e só eles sabem como se trataram no decorrer do relacionamento, - o que deram e o que receberam em troca – o quanto houve, ou não, de dedicação, empenho e admiração. Quem está de fora apenas se comove ou fica indignado com a situação, porém, sem reconhecer a fundo o que motivou o ato em si. Como diria uma das comentaristas no texto anterior: “É muito fácil dizer isso ou aquilo, quero ver evoluir...”.
        Ambos (nesse caso específico) são vítimas, como já foi dito. E a única chance que existe é seguir adiante sem olhar para trás. Mas, algumas conseqüências ficam e ecoam por muito tempo, mesmo que a gente não queira. É disso que sempre falo aqui.
        Nessa área de relacionamento existem tantas traições, tantas loucuras e desprazeres.
        O que acontece é que parece que algumas pessoas perderam a capacidade de amar e se entregar; ou de ter uma descarga orgástica plena.
        Muitas vezes uma pessoa deturpa essa energia sexual e sai em busca desse “algo mais” de forma errônea, usando as pessoas como objeto do seu prazer. Ela é motivada a agir assim por que em alguma época ficou traumatizada com uma desilusão amorosa no passado.
        O trauma ficou registrado e a pessoa acaba com a tendência à generalização ao dizer: “Estou fechada (o). Não quero mais me envolver, só usar. Os homens são todos iguais, ou, todas as mulheres são iguais. Homem só pensa nisso. A mulher só pensa naquilo. Os homens não prestam”.
         Ela acaba com medo de passar outra vez pela mesma sensação de trauma.
         O inconsciente começa a mandar mensagens diferentes das usuais e enxerga o que não é verdadeiro por pura defesa; ele generaliza as informações de forma torta pelo aprendizado traumático anterior.
         O trauma que não foi processado vira um problema sério no elo de interpretação e posicionamentos na troca de fluxos emocionais com o outro - o medo se torna presente a todo instante por que aquilo que mais se deseja é o que mais se teme.
          O que provoca esse medo é a carga de excitação; um misto de ansiedade e prazer.
         A pessoa que não foi acostumada desde a infância a ter uma carga alta de excitação pelas coisas, acaba se boicotando e interrompendo o fluxo desse prazer. Talvez em algum momento da sua vida a tal pessoa tenha sido severamente proibida de sentir essa plenitude. Então, carrega a culpa por se sentir plena em alguma situação, e o seu passo seguinte é boicotar quando tudo vai dar certo. A pessoa arruma mil e uma desculpas para dar fim em algo (alguém) que sinta atração, ou cria apenas um jeito simples de tudo dar errado. São reações mentais que evitam a plenitude de prazer e um possível sofrimento numa escala maior. Ela prefere ficar num nível baixo de excitação e entusiasmo por que já sabe que se subir muito a queda pode ser fatal.
      Ela está certa disso por que a primeira vez que tentou subir o mais alto que pôde foi traumatizada e a queda foi dura, e não processou o fato direito durante anos a fio - nos céus do amor, da paixão e da plenitude da felicidade se decepcionou amargamente. Viveu aquilo como se fosse o maior luto de toda a sua vida; como a criança que perdeu o brinquedo preferido e chora com uma profundidade dolorosa.
         Quando alguém roupe um namoro de entrega e paixão, logo, no primeiro momento chega um pouquinho dessa dor infantil, e na sequência a resignação com explicações mentais do tipo: “Assim foi melhor. Ou, Deus quis assim. Foi um livramento!”. Isso causa estagnação na interação e interpretação de sinais de laços emocionais com outras pessoas, o que pode durar meses e até anos.
         Nesse mês de dezembro temos uma época muito apropriada para averiguar e descartar tudo o que ficou parado na vida.
         É tempo de se livrar daquelas coisinhas que foram varridas para debaixo do tapete da consciência e que podem virar, no futuro próximo, um problema de pele, uma depressão, um infarto (o coração literalmente partido) ou um trauma psicológico para toda a vida.
         É tempo de limpeza de todas as dores, traumas, cobras e lagartos escondidos.
         É preciso ter coragem para mexer em certas questões que ainda maltratam. As experiências emocionais bem ou mal sucedidas interferem na qualidade de vida.
         Tem gente que não entende que certas reações emocionais de assuntos mal resolvidos podem matar no decorrer do tempo.
         O nosso principal cérebro emocional é o intestino.
         Quando estamos na iminência que algo bom ou ruim vai acontecer, sentimos um frio na barriga. O intestino percebe situações de cunho emocional antes que o cérebro registre o que está acontecendo. As células do intestino têm a mesma natureza sensitiva das células cerebrais.
         Quando o intestino está parado por má alimentação, metabolismo lento ou a falta de exercícios forma-se um bolo fecal que pode alcançar até uns 12 metros de comprimento. São 10 quilos, ou mais, de massa fecal venenosa parada e que pode conter substancias cancerígenas, cadavéricas e botulínicas; causadoras de problemas variados de pele, ou de ordem respiratória, e até de apetite sexual – o sangue que corre nas veias está sujo, gorduroso, lento, e dificulta a estimulação das zonas erógenas de todo o corpo.
        Certas substâncias como, por exemplo, as moléculas do chocolate parafinado de má qualidade, podem demorar até 8 meses para serem eliminadas. O nível de gordura e toxidade dessas delícias é muito alto; vira uma gosma que gruda nas paredes do intestino formando uma borra, e você percebe que não consegue mais defecar direito.
        É preciso limpar o intestino para evitar o envelhecimento precoce. Estudar métodos eficazes para isso não custa nada. É primordial à manutenção da boa saúde.
        Saiba que todo teor emocional mal resolvido, juntamente com a alimentação mal processada, faz parar o intestino; o que gera cansaço, mudança de humor e até do famoso senso crítico.
        Quando você se alimenta com comidas sem energia ou daquelas que provocam putrefação, vai impregnando o organismo de uma forma que acaba emperrando a “máquina”.
         A alimentação e a excreção são os carros chefes da boa saúde. Quando isso não existe na dose certa, o organismo se vinga da gente de uma forma muito dolorosa, sofrida e cruel. E muitas vezes sem salvação.
         Tem gente que se preocupa em colocar gasolina podium ou V-power no carro, mas se alimenta com as maiores porcarias disponíveis na grande indústria dos fast foods, tipo: esse McDonald´s da vida com suas batatas fritas, muito ketchup, mostarda, refrigerante e outros venenos acrescidos ao pacote.
        O alimento cura. Ele é o antídoto certo ou o veneno lento e fatal. A escolha é sua.
         É preciso aprender comer para viver bem e se relacionar melhor ainda com as pessoas.
        A alimentação muitas vezes é o principal motivador da mudança da personalidade de uma pessoa azeda, carrancuda e pouco tolerante.
       Todas as pessoas que estão com depressão severa, colesterol alto, relacionamento interpessoal ruim e dificuldade de raciocínio lógico, devem pensar nisso direitinho e tentar mudar na essência os seus maus hábitos. O hábito faz o monge. Não é assim o ditado?
        Pois bem, saibam que o mau hábito faz o enfermo - seja por alimentação inadequada ou na forma de tratar as pessoas.
      Diante disso é melhor pensar em tudo que pode virar merda e ser excretada, e se ela for para o bem, então, que seja bem-vinda.
       Espero ter atendido a expectativa ao falar de merda e vingança no sentido figurado e literal das duas palavras.
       E viva a vida!

Fico por aqui. Desejo a todos um feliz natal.

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